ORGULHO
ORGULHO
Entrou no inferno vestida de penas de pavão
Trazia a altivez, acreditava-se em glória.
Criatura poderosa, mas não tinha coração
Fraternalmente era doente e não percebia
Gostava das reverências e aperto de mãos
Soberba ao trafegar pelas ruas de miséria
Esquecia-se que ali estavam seus irmãos
Trazia a altivez, acreditava-se em glória.
Quando morreu não havia na face fidalguia
Tão privilegiada cheia de brio, mera ilusão
Nem mesmo amigos disputando a alça do caixão
Foi enterrada em cova funda, o corpo já fedia
Entrou no inferno vestida de penas de pavão