Às vezes...
Às vezes dobrava meus sonhos
em quatro e desistia de imaginar.
Surgiam sonetos medonhos ...
Não dava para neles continuar.
Nem prestavam velhos rascunhos,
procurar desdobrar e ninar.
Às vezes dobrava meus sonhos
em quatro e desistia de imaginar.
As brisas falidas nos caminhos
eram escapes, ventos em espiral,
fantasmas, sombras de carinhos
nas mãos, alma, a poesia sem sal.
Às vezes dobrava meus sonhos.
29/04/09