Às vezes...

Às vezes dobrava meus sonhos

em quatro e desistia de imaginar.

Surgiam sonetos medonhos ...

Não dava para neles continuar.

Nem prestavam velhos rascunhos,

procurar desdobrar e ninar.

Às vezes dobrava meus sonhos

em quatro e desistia de imaginar.

As brisas falidas nos caminhos

eram escapes, ventos em espiral,

fantasmas, sombras de carinhos

nas mãos, alma, a poesia sem sal.

Às vezes dobrava meus sonhos.

29/04/09

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 29/04/2009
Código do texto: T1566479