Espiã
A lua lá de cima... Mesmo tão distante...
Sorri satisfeita, ao perceber sentimentos
Envergonhada, se esconde qual amante
Para, indiscreta, espionar meus pensamentos.
Vigilante noturna, em eterna supremacia
Reina, absoluta, enamorando o firmamento
A lua lá de cima... Mesmo tão distante...
Sorri satisfeita, ao perceber sentimentos.
De vez em quando aparece e tímida espia arfante
Rasga as nuvens em vãos que brilham acalentos
A confidente dos amantes, está logo adiante
Para quem segredo todos meus intentos.
A lua lá de cima... Mesmo tão distante.
Fátima Mota/Denise Severgnini