Do que não se diz


Na parede o teu retrato
Guardo em confinamento
Em silêncio te maltrato
Meu olhar em alagamento

Pra teu olhar sempre atento
Silente eu  grito:_ ingrato!
Na parede o teu retrato
Guardo em confinamento.

Na gaveta, o velho prato
E um poema desatento
Na quietude o destrato
Me olha sem acanhamento
Na parede o teu retrato.
FATIMA MOTA
Enviado por FATIMA MOTA em 01/04/2009
Reeditado em 01/04/2009
Código do texto: T1517003
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