" Vislumbre do fim "
Olhos que nunca mais voltaram a ser os mesmos
Sonhos queimados em chamas flamejantes
Horas roubadas por um relógio impiedoso
Vislumbro o fim, mas não me atrevo a mudá-lo.
O mundo desaba calmo sobre minha cabeça
Seu peso imponente quebrando meus ossos estilhaçados
Silêncio, presa na dor fatigante do momento.
Fitando a morte que se levanta sobre mim.
Rastro de vida desenhado a giz em marca torta
Sombras da morte rabiscadas num pedaço de papel rasgado
Eis o instante crucial da vida, a hora da morte.
A cada passo mais longe da vida, mais perto do nada.
Vislumbro inerte o cheiro dos passos mortiços que me levam.