" Vislumbre do fim "

Olhos que nunca mais voltaram a ser os mesmos

Sonhos queimados em chamas flamejantes

Horas roubadas por um relógio impiedoso

Vislumbro o fim, mas não me atrevo a mudá-lo.

O mundo desaba calmo sobre minha cabeça

Seu peso imponente quebrando meus ossos estilhaçados

Silêncio, presa na dor fatigante do momento.

Fitando a morte que se levanta sobre mim.

Rastro de vida desenhado a giz em marca torta

Sombras da morte rabiscadas num pedaço de papel rasgado

Eis o instante crucial da vida, a hora da morte.

A cada passo mais longe da vida, mais perto do nada.

Vislumbro inerte o cheiro dos passos mortiços que me levam.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 01/03/2009
Código do texto: T1463441