QUE FAÇO AGORA?
Que faço agora? A minha consciência
está desperta, sabe o seu papel
ou, simplesmente, a adormecida essência,
não vai ligar, se o mundo é tão cruel...
O caçador, em busca de um troféu,
a compaixão perdeu, também clemência;
não tem limites, mas não se acha réu.
Que faço agora? A minha consciência
dita que eu aja com maior decência;
pede uma ação, talvez um escarcéu,
porque perdeu agora a inocência:
está desperta, sabe o seu papel.
Elos de vida, formando um anel,
que a equilibrar, constrói uma ambiência,
darão lugar à dor, morte a granel...
Em sua ausência, a adormecida essência,
acostumada apenas à aparência,
não descerá degrau do pataréu
e, para ter avanços na ciência,
não vai ligar, se o mundo é tão cruel...
Se esgota o mar, tortura num batel,
se caça as presas, sem qualquer clemência,
e se organiza em forma de cartel,
a destruir as formas de existência,
que faço agora?
(Rondel Redoublé)
Que faço agora? A minha consciência
está desperta, sabe o seu papel
ou, simplesmente, a adormecida essência,
não vai ligar, se o mundo é tão cruel...
O caçador, em busca de um troféu,
a compaixão perdeu, também clemência;
não tem limites, mas não se acha réu.
Que faço agora? A minha consciência
dita que eu aja com maior decência;
pede uma ação, talvez um escarcéu,
porque perdeu agora a inocência:
está desperta, sabe o seu papel.
Elos de vida, formando um anel,
que a equilibrar, constrói uma ambiência,
darão lugar à dor, morte a granel...
Em sua ausência, a adormecida essência,
acostumada apenas à aparência,
não descerá degrau do pataréu
e, para ter avanços na ciência,
não vai ligar, se o mundo é tão cruel...
Se esgota o mar, tortura num batel,
se caça as presas, sem qualquer clemência,
e se organiza em forma de cartel,
a destruir as formas de existência,
que faço agora?
(Rondel Redoublé)