A idade da ameixa
Com a direção de Guilherme Leme, Ílvio Amaral e Maurício Canguçu interpretam o papel de várias mulheres de uma mesma família. Texto traduzido do russo para o português,do autor Aristides Vargas, o texto procura resgatar memórias de duas irmãs, que durante a infância, vão conhecendo e desvendando o mistério daquelas mulheres que se misturam, talvez, a nossas próprias histórias ou de alguém que conhecemos.
Em um cenário simples, os atores transbordam emoções na apresentação e fazem uso de pouco recurso, como apenas um xale para alterar o figurino.
Entre narração e interpretação, o desenrolar da estória vai surgindo através de flashes, pequenas lembranças da infância de Celina , vó Maria , tia Jacinta, tia Francisca, Branquinha e outras mulheres.
Além de conflitos familiares, o texto aborda questões como traição, felicidade, independência feminina, para uma sociedade de valores tradicionais e conservadores.
Mas nenhum foco da peça é mais marcante do que o tempo, analisado aqui sob o ponto de vista da vida da ameixa, fruto presente no famoso vinho da família e na árvore, que existia na casa antiga.