CARTOLA, O MUNDO É UM MOINHO
Durval Carvalhal
Ontem, Sábado, 29 de julho, fui ao Teatro Castro Alves assistir ao musical “CARTOLA, O MUNDO É UM MOINHO”. Cheguei um pouquinho tarde, quase nada, e perdi os primeiros instantes. Foi um espetáculo inesquecível, para a alegria da casa cheia. Foi uma explosão de humor, de alegria, de interpretação, de emoção e de boa música.
Angenor de Oliveira, o famosíssimo Cartola, pouco letrado, um beberrão, nasceu com o dom de brincar com as palavras, harmonizando-as para produzir pérolas poético-musicais. A noite ficou mais brilhante e divertida com a aparição da grande estrela baiana, Lazzo Matumbi, que arrancou aplausos efusivos, ao cantar duas canções de Cartola.
A primeira, no fim da primeira parte, emocionando a plateia com a poética O SOL NASCER. A segunda, no início da segunda parte, emocionando, com sua voz potente e afinada, ao entoar a inesquecível AS ROSAS NÃO FALAM. Foram três horas emocionantes de narrativa empolgante, de interpretações supimpas, de histórias curiosas, dentro de um cenário sofisticado, alegrando uma gente atenta e entusiasmada.
No penúltimo momento, o comovente casamento oficial de Cartola com dona Zica; ambos cantando docemente, com sofisticado arranjo, como delicada preparação para a apoteose da noite: A mangueira, em bela performance, com o famoso casal desfilando em trio.
Em qualquer cidade, não percam a oportunidade de saborear a alegria, o humor escrachado, a história bem contada do mito, no grandioso espetáculo CARTOLA, O MUNDO É UM MOINHO.
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As rosas não falam: https://www.youtube.com/watch?v=VofYXCJyeTY