O violinista no telhado

Talvez o objetivo não fosse mostrar a história como foi. Tirando a cena final, como em outras peças, filmes e minisséries de TV, o drama da época histórica não tenho sido o foco.

Assim como em “A vida é bela” , quando muito se falou sobre mostrar a comédia no drama que foi o holocausto, também a Guerra Fria não tenha sido retratada com verossimilhança em fatos anteriores em O violinista.

Afora isso, se já era fã de musicais e do ator, agora é que me conquistaram de vez.

O musical “O violinista no telhado” deixa seu recado com graça, leveza e muito profissionalismo. Figurino adequado. A classe social mais pobre do século XX, em uma Rússia assustada e insegura.

Como em todo musical a trilha sonora, os efeitos de som e iluminação são muito importantes e não deixaram a desejar. Iluminação excelente, equipe de técnicos ótimos!

Dizia Paula Autran que um ator/atriz somente os são completamente se cantam, dançam, interpretam. José Mayer foi excelente em todos os quesitos. E o mesmo digo dos outros.

O lado humorístico da peça também merece um ponto a mais. Majestosos atores: o mendigo, a casamenteira, os pretendentes das filhas e os melhores: a dança cossaca me impressionou.

A atriz principal, Gonda, esposa de Tev, é uma cantora. Vi em reportagens que ela já participou de inúmeros musicais. É maravilhosa!

Chamou-me a atenção o menino (o violinista) e sua dança no final da peça.

Até a finalização e os agradecimentos ao público foram diferentes de tudo o que vi, ensaiado e perfeito.

Resta dizer, incontestável atuações e figurinos impecáveis.