O dia em que raptaram o Papa
De João Bethencourt
Teatro Clara Nunes
Rua Marquês de São Vicente, 52
Gávea – Rio de Janeiro
Direção de Tadeu Aguiar 
 
"O dia em que raptaram o papa", comédia de João Bethencourt, teatrólogo brasileiro que já nos deixou é uma peça antiga que volta, acredito, por conta da vinda do Papa Francisco à JMJ 2013.
 A peça se baseia em uma história que se passa em Nova York. O papa Alberto IV está fazendo uma viagem aos Estados Unidos. Deve falar na ONU, mas tem dois dias de folga e quando saía de um compromisso, se perde dos guardas de segurança. Não sabendo para onde ir, toma um taxi como se fosse um anônimo. O motorista do taxi é um judeu excêntrico e meio pirado. Reconhece o papa e o sequestra. Leva-o para casa e o tranca na dispensa. Escreve um bilhete pedindo resgate. O resgate não é dinheiro. É a decisão da ONU e de todos os países do mundo de fazerem um dia de paz, no qual não se mate ninguém. 24 horas sem violência no mundo inteiro. Quando ele conta isso ao papa, esse se torna cúmplice do sequestro e diz que tudo no Vaticano e em torno dele é tão chato que ele está achando ótimo ficar na cozinha de uma casa pobre, descascar batata para o almoço e conversar com os dois filhos de Samuel. Quem não gosta disso é o rabino que avisado por Sara, esposa de Samuel, denuncia e chama o cardeal de Nova York. Um funcionário afetado e afeminado que vai lá com a polícia e soldados. O papa declara que não foi sequestrado. Apenas estava visitando um velho amigo. E que tinha colaborado com o engano para que se realizasse o dia da paz. O problema é que no minuto seguinte às 24 horas do acordo, se retomaram todas as guerras. Era o mundo que voltava ao seu normal. 
Acho que o papa Francisco gostaria de ver essa peça.