SINFONIA SONHO

Sinfonia sonho

Onde mesmo eu estava: na plateia ou no palco?
Fui jogado, arremessado na sinfonia; naquela sinfonia, nessa sinfonia universal, onde não somos únicos, mas, múltiplos. Sim, esse teatro no qual vivemos, tem falas: vozes que ecoam por todos os lugares. E, não estamos dissociados, isolados, afinal, somos fruto desse novelo infindável; redemoinho que transita submerso em: medos, egos, dores, alegrias, ingenuidade, responsabilidade e acasos. Todos, submetidos aos choques bruscos, capazes de mudar direções; direções de crianças que nem tiveram a oportunidade de experimentar um pouco mais... Foram impossibilitadas de viver, ou provar as outras facetas do tempo, do amor, das relações, das descobertas...
A vida é sempre esse espetáculo: um sincronismo impossível de discernimentos coerentes...
Em “Sinfonia sonho”, existem diversas janelas. São ganchos, encruzilhadas, cruzamentos, seres advindos de nascentes singulares para se mesclarem e acontecerem na construção/destruição/mutação, nas manchas que ficam pelo decorrer...
Um espetáculo amplo, possível, assimilável, vivo – é isso: vivo!

Embora saibamos que o resultado final deste excelente trabalho, seja fruto de todo o grupo, merecem destaque as interpretações das personagens: Célia e Kevin, perante o mergulho dos atores.

Aplausos.

Por: Valdon Nez – escritor.

 
Valdon Nez
Enviado por Valdon Nez em 23/04/2012
Reeditado em 21/08/2012
Código do texto: T3628823
Classificação de conteúdo: seguro