TIRANDO O BULLYING DE CENA

OBS: ESTE ESCRITO É UMA PEÇA TEATRAL QUE FIZ PARA SER APRESENTADA NA ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ MARIA BELLO (ESCOLA ONDE CONCLUÍ O ENSINO FUNDAMENTAL).

ESTA PEÇA É BASEADA EM UMA HISTÓRIA REAL!

Lilian é uma menina que veio do interior de Pernambuco para morar com sua tia Bárbara. Ela é muito dedicada aos estudos, porém muito desprezada pelos alunos da sua classe.

A sua vida é muito difícil, pois suas condições são muito baixas, e seu pai muito rígido, não permitia que ela obtivesse ajuda alguma da escola onde ela estudava ou de qualquer outro lugar ou pessoa.

Apesar de sofrer bastante, Lilian, tinha uma única felicidade: seus lindos cabelos louros e longos, que quando ela descia a ladeira de sua casa, o vento levava...

Ela só possui uma única e melhor amiga e vai todos os dias para escola com ela:

- Lilian!

- Estou indo, Ana. Espero só um minuto!

Quando elas chegaram no colégio, como eram de turmas diferentes, Ana foi para sua turma e Lilian para dela.

Início de aula era sempre muito doloroso para Lilian, pois quando começava a chamada, começava a tristeza:

- Lilian?

- (Ela abaixa a cabeça) Présente!

Nesta hora, todos começaram a rir e isto a deixa ainda mais triste.

Os dias se passavam e ela chegava em casa cada dia mais triste e sua prima Mariana, certo dia lhe disse:

- Tenho reparado que você chega em casa muito triste, o que está acontecendo?

- Nada, prima! Eu estou bem, porém um pouco cansada. Agora me dê licença, vou estudar!

Lilian foi andando em direção à cozinha onde ela janta e depois passa quase toda noite estudando.

De madrugada Bárbara acordou para tomar um copo d’água e encontrou Lilian estudando.

- Lilian, vai dormir, menina! Isso não é mais hora de estudar.

- Vou sim, tia, daqui a pouco!

- Olha lá, hein!

Dia seguinte. Ela, no fim do intervalo, foi surpreendida por duas meninas que a odiava:

- (sorriso maléfico) Olha quem está aqui! – e diz olhando para cara da amiga - Vamos nos divertir um pouquinho?

Seguraram-na e a levaram para trás da escola. Ali, sem ninguém ver, amarraram as mãos nos pés dela e a maltrataram demais.

Lilian ficou assim o resto da tarde e só saiu quando a escola estava fechando, pois todo o fim de tarde, quando todos já foram embora, Carlos vai inspecionar o colégio para ver se pode fechar a escola, e foi assim que encontrou Lilian. Imediatamente indagou:

- (desespero) Quem fez isso com você, menina? Como isso pôde acontecer?

E desamarrou a menina que chorava muito.

- Fale quem fez isso com você?

- É... Nada... Ninguém...

- Como ninguém? Não fique com medo, Lilian! Fale quem foi, vai ser melhor para todos.

- Não ligue! Foi uma brincadeira entre amigos...

- Como amigos? Você está com o rosto inchado de tanto chorar!

- É que eu estava... Estava... Com muita dor de cabeça. Só isso!

- Eu sei que isso é mentira. Você não quer mesmo falar quem fez esta crueldade com você?

- Eu já falei que foi só uma brincadeira.

Lilian entrou em casa chorando e com os olhos vermelhos.

Foi direto para o quarto para que ninguém a visse naquele estado, e porque só lá podia conversar em paz consigo mesma.

- Eu não posso desistir, não posso!

Lilian passou dias terríveis, pois as meninas faziam isso com ela quase todos os dias e com o passar do tempo, Lilian foi engordando, pois para tentar liquidar todo aquele sofrimento, só comia.

Isto se tornou mais um motivo de zoações, para infelicidade de Lilian.

A amiga foi chamá-la para conversar:

- Oi amiga, como você está?

- Não nada bem, Ana. Eu não sinto mais vontade de ir à escola.

- Mas por quê?

- Porque me zoam o tempo todo e agora que eu engordei, vão me zoar mais ainda!

- Lilian não ligue para essas pessoas, porque elas querem que você faça isso mesmo, deixe de ir à escola. Eles sentem inveja de você, por isso fazem isto!

- Inveja de quê?

- (Espanto) De quê? Você nunca se deu conta o quanto você é inteligente?

- Eu? Você só pode estar brincando!

- Não estou não! E tem mais, acho que você deve parar de ligar para essas pessoas e pensar no seu futuro e no que você quer da sua vida!

- Está bem! Obrigada por tudo!

Elas se abraçaram e Ana se despediu de Lilian dizendo:

- Até amanhã!

As zoações aconteciam frequentemente e todos os conselhos que Ana tinha dado a Lilian foram por água abaixo, pois um mês depois Lilian emagreceu tudo que havia engordado e ficou internada com anorexia, à beira da morte.

Ana foi visitá-la no hospital:

- Amiga, você precisa sair desta. Uma vida inteira te espera lá fora!

-É... Demorei muito para perceber isso, mas graças a Deus e a você consegui enxergar o melhor caminho a tempo. Mais uma vez, obrigada por tudo, Ana. Você é o meu anjinho da guarda!

Ana abraçou Lilian e disse:

- Nós seremos amigas eternamente, Lilian. Nem o tempo vai nos separar!

E sempre que Lilian pensava em desistir, uma coisa a motivava: Ter uma vida melhor!

E no final da peça o narrador (a) diz: Gente, lembrem-se sempre de uma coisa: As dificuldades são presentes que Deus nos dá para que possamos lutar pela sobrevivência. Se nós conseguirmos vencer esses obstáculos nos tornaremos pessoas gratas e que valorizam cada conquista.

OBS: Eu autorizo a utilização desse conteúdo, desde que me dê a devida autoria.

Obrigada!

Poemas de Gaveta
Enviado por Poemas de Gaveta em 13/01/2012
Reeditado em 08/04/2013
Código do texto: T3438961
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