A RESPOSTA CELESTIAL (DO LIVRO JESUS NO LAR)

A RESPOSTA CELESTIAL

Baseado no livro Jesus no Lar

Adaptação: Glória Cris

Cenário: Um pano preto de fundo, com nuvens cinza, umas com chuva caíndo. Um riacho com uma ponte rústica sobre ele, um casebre com a porta no primeiro plano, muitas árvores de fundo.

Personagens: NARRADOR

HOMEM RÍSPIDO

CAMPONESES (vários, inclusive mulheres)

Música instrumental, a escolher

Narrador: Um velho, antigo instrutor dos mandamentos divinos,

estava em missão da verdade celestial, indo de uma

aldeia a outra, tendo como companhia apenas o seu

cachorro. Sem saber direito a distância que iria

percorrer, se viu muito cansado ao cair da noite.

Velho - Mestre querido dê-me forças para realizar minha tarefa

dada por ti!

Meu corpo está cansado e sem forças para continuar,

ajuda-me a encontrar um abrigo seguro, nessa noite

escura e chuvosa. Assim seja!

Vamos meu amigo (mímica como se tivesse um cachorro)

segue para buscar um bom lugar para passar essa

noite... Veja uma cova aconchegante, lá dentro vamos

nos abrigar e esperar o amanhã chegar.

Caminha em direção ao público e volta com movimento

de espantar moscas diante do seu rosto. Fuja Totó, essas

moscas vão nos devorar!

Vamos continuar na estrada há de aparecer um abrigo

mais a frente...Ali Totó!

Aquele terreno branco deve ter um lugarzinho para nos

abrigar... mas o quê é isso? A ponte caiu!!! É muito azar!!!

Vamos Totó! Não devemos desistir, (segue caminhando),

Aquela árvore enorme vai nos abrigar por essa noite,

corre Totó! o vento está forte, só falta essa árvore cair!

(dá um pulo para trás e se assusta), Nossa!!! Que coisa!

Já estou perdendo a paciência, isso já é demais!

(Caminha...) Um casebre!!!

(bate à porta, aparece um homem ríspido) - Senhor por

favor deixe-me

pousar em sua casa essa noite escura e que em breve

cairá uma chuva.

Homem - Nem pensar, aqui nós não damos abrigo a ninguém a

noite, trate de seguir e não me aborreça. (faz que bateu a

porta no rosto do velho).

Velho - Senhor o que faço nesse momento de abandono e solidão?

Nada dá certo, até meu cachorro acabou de fugir agora a

pouco, quando ouviu o barulho do trovão, sei que estás

comigo, não vou mais me aborrecer com os contra tempos

do caminho, me fortalece para esperar o amanhecer, vou

me encolher nesse cantinho da estrada e esperar...

Narrador - O pobre velho passou a noite ao relento e sozinho, ouviu

ao longe uma gritaria, palavões, não identificou de onde

vinha, tratou de ficar em silencio até o dia raiar, ao ver

um grupo de camponeses que passava para o trabalho,

perguntou:

Velho - Senhores! Será que alguém pode me dizer o que foi aquela gritaria de madrugada?

Homem - Foi uma quadrilha que invadiu o casebre, lá atrás, e

mataram todos que estavam dentro da casa para roubar

tudo que tinham.

Velho - Nossa! Eu pedi pouso lá...E aquele terreno branco, tem

algum lugar para um abrigo?

homem 2 - Que nada! aquilo é um pântano terrível!

Velho - A árvore imensa na beira da estrada?

Mulher - Senhor, ali é um covil de lobos.

Velho - Não me diga! Muito obrigada pelas informações! Tenham

um bom dia de trabalho. (os camponeses seguem e o velho

retorna diante da cova), quero ver o que tem aqui, finge que

olha no fundo, meu Deus! São cobras venenosas. Agora

percebo que não fui abandonado de ti, muito pelo contrario,

quero implorar seu perdão e agradecer o grande amparo

que recebi nessa noite, agora sei que estou no caminho

certo, sinto sua presença a me proteger. Preciso continuar

minha missão.

Narrador - O pai ouve sempre as nossas rogativas, mas é preciso

discernimento para compreender as suas respostas e

aproveitá-las.

FIM