"Eu preciso de um Hulk"
Vendo esta peça que vislumbrei primorosa, e antagonista ao um momento comum, percebi o quanto estamos carentes de novos talentos, e novos rumos na arte.
Observando cada cena, dependurada no varal, senti tanta alegria, e tanta emoção, a cada desenrolar de momentos lúdicos, onde ;crianças, adultos, jovens, maduros, todos juntos ;numa representação Atemporal, deram chance a poesia= criação e fizeram a diferença institucionalizada.
A última cena então, com palco vazio, o artigo "Ser humano" sob efeitos especiais, e numa eloquência transcendental, fazia cada espectador esperar mais criatividade...
O personagem Suserano e vassalo do nada via crucis - que em monólogo lia o texto em prosa "Manifesto do nada - via crucis" tinha uma carga de emoção mui acolhedora, metade aristocrata/metade povo esse personagem tornou a platéia silenciosa e reflexiva.
E o "Hulk" que adentra o recinto depois de uma solicitação sem par, ilumina com o poema "Eu preciso de um Hulk" os olhares e pensares mais conformistas com o caos culltural e social onde estamos emergidos...vale a pena assistir esta peça, esteja ela onde estiver, em breve, ela será encenada no Rio de Janeiro, e então outras platéias poderão conhecer : O artista escapista, o suserano e vassalo do nada via crucis, Che Guevara, Noel Rosa, a árvore que queria voar, A caveirinha orgulhosa, Hulk, A supervisora, Neverland, e isso tudo sob músicas como: Coração de estudante, Pierrôt Apaixonado, Com que roupa (Noel Rosa), Beat it ( Michael Jackson), Índios (Renato Russo), Edith Piaff e muito mais.....A peça que terá mais de sessenta e oito cenas, doze a cada apresentação , já é febre em Petrópolis, cuja primeira apresentação já foi no teatro Afonso Arinos, e isso foi só o começo...paz.
E aceitamos convites para nos apresentarmos pelo Brasil.
Valéria Guerra Reiter - escritora e teatróloga da peça e do livro]
"Eu preciso de um Hulk".