A DESCOBERTA DAS AMÉRICAS
ESSA SEMANA DE CULTURA NA VEIA TEVE EM JOINVILLE GRANDES ESPETÁCULOS, DESDE OS DEZ(10) ANOS DE BALLET BOLSHOI DE MOSCOU NO BRASIL NOS DIAS 15/16/17 NO CENTREVENTOS CAU HANSEN A ESSE MONOLOGO ENCENADO POR UM ATOR DO MAIS ALTO QUILATE CÊNICO QUE JÁ PUDE VER O NADA MAIS NADA MENOS QUE JULIO ADRIÃO E A PEÇA É ASSINADA POR DARIO FO, NO DIA 19 DE MARÇO NO TEATRO JUAREZ MACHADO ÀS 20H30, UMA PEÇA DIGNA DE APLAUSOS DE PÉ, DURAÇÃO DA PEÇA É DE 1H40MIN, O ARTISTA EM SI É A PRÓPRIA PEÇA, COM AS SUAS MIMICAS E MOVIMENTOS DESDE DO CABELO ATÉ A SOLA DO PÉ VIBRAM JUNTOS COM UM PODER CÊNICO TEATRAL NUNCA VISTO POR ESSE QUE VOS ESCREVE, UMA TRAJETÓRIA PERFEITA, EU FIZ UMA PASSEIO COM AS CENAS DESDE VENEZA, PASSANDO PELA ESPANHA, EM MARES ÀS VEZES CALMO, ÀS VEZES REVOLTO MAS ASSIM NAVEGA JOHAM, QUE FOI DE MARINHEIRO A TOMADOR DE CONTA DOS ANIMAIS, CATEQUIZADOR, CONTADOR DE HISTÓRIA, CIRURGIÃO, QUASE UM NAUFRAGO, APORTOU EM PRAIAS INÓSPITA, INSINOU A NAVEGAR EM CIMA DE PORCOS A ANDAR À CAVALO E, TAMBÉM A DOMA-LO, TROTOU PELO PALCO DO TEATRO, IMITOU VÁRIOS ANIMAIS, DISTRIBUIU CARTA DE APRESENTAÇÃO, FOI ABSOLVIDO DE SER CANIBALIZADO PELO ÍNDIOS POR QUE AMARELOU, TRANSOU COM VÁRIAS ÍNDIAS, BANHOU EM CACHOEIRA, FUMOU A FOLHA DE CINCO PONTAS, ROLOU COM AS INDIAS DENTRO DA FOLHA GIGANTE SE ENROLOU FEITO PAQUECA COMO O PRÓPRIO ARTISTA JULIO ADRIÃO DIZ, ELE É O CENÁRIO, UMA POTÊNCIA CONSEGUE SER BARCO, ÁGUA DO MAR, O MARULHO, A FLECHA, O CAVALO, O ÍNDIO , O PAJÉ, O NAMORADO DAS ÍNDIAS, O PORCO NADANDO EM ALTO MAR, COSTURA QUARENTA E SEIS INDIOS DEPOIS DE LUTAR BRAVAMENTE PARA DEFENDER O SEU TERRITÓRIO, E TODOS FICAM FERIDOS UM CORTE DIAGONAL QUE VAI DA AXILA DIREITA A VIRILHA ESQUERDA E ELE COSTURA COM UMA FACA AMOLADA, FAZENDO TODA A CENA PERCEPTIVEL SEM NEHUM CENÁRIO ( SEU CORPO NA TOTALIDADE É O PRÓPRIO CENÁRIO), VERDADEIRAMENTE UM ESPETÁCULO, EU DIGO QUE FIQUEI SEM FOLÊGO AO VER A EFICIÊNCIA DE JULIO ADRIÃO EM CENA, ANTES DO ESPETÁCULO ELE PEDE PARA DESLIGAR O AR CONDICIONADO FIQUEI ASSIM UM POUCO SEM SABER, PORÉM DURANTE A CENA ENTENDE-SE POR QUE ELE PEDE PARA DESLIGAR O AR CONDICIONADO, ELE SUA A CAMISA E JOGA AO LADO DO PALCO E A SEGUIR PERCEBE-SE NITIDAMENTE TODO O SEU CORPO MOLHADO DA CABEÇA AOS PÉS, VERDADE O AR CONDICIONADO NÃO IRIA LHE FAZER BEM E O SEU SUOR É O CENÁRIO, ELE MESMO FAZENDO TODAS AS CENAS EXPLORANDO A SUA VERSATILIDADE E, TUDO QUE O SEU CORPO PODE PRODUZIR DE CENÁRIO, A CENA QUE MAIS ME CHAMOU ATENÇÃO FOI QUANDO OS QUARENTA E SEIS(46) ÍNDIOS DEITADOS NO CHÃO ELE PRIMEIRO COSTUROU O PAJÉ E DEPOIS DE COSTURAR O PAJÉ A MISSÃO DELE FOI COSTURAR MAIS QUARENTA E CINCO ÍNDIOS, A PREOCUPAÇÃO DELE ERA SE A LINHA ACABASSE E REALMENTE A LINHA ERA POUCA E NA NESSA CENA ELE COMO UM BOM CIRURGIÃO IMPROVISOU, AS INVÉS DE COSTURAR COMO VINHA COSTURANDO ELE DAVA UM PONTO E ENROLAVA UMA PARTE FOI AONDE DEU PARA COSTURAR TODOS OS ÍNDOS, ENFIM, ELE FINALIZA ARMANDO UMA REDE QUE É O ÚNICO INSTRUMENTO QUE USA NO PALCO ARMA A REDE DE UMA PONTA A OUTRA DO PALCO DEITA-SE A REDE E CANTANDO UMA CANÇÃO DE MINAR AS LUZES VÃO SE ESMAECENDO, E ALI ALI DORME O SONO DOS JUSTOS. RECOMENDO A PEÇA À TODOS. A DESCOBERTA DAS AMÉRICAS PRÊMIO SHELL, UM MONOLOGO IMPERDÍVEL. VÁ AO TEATRO.