O Sereno Recolhimento na Pedra

Sentado numa pedra, recolhido e sorridente. Sócrates, numa fresca manhã primaveril, a colher os raios primos de Fhebo, depara com um som estranho, perdidamente ritimado:

TRANSEUNTE : ... Despenca oh céus em raios!

Quando sobe a terra em ventos

Eu, no meio aqui, me espremo

A buscar a louca trilha do tempo...

... Será somente tempestade

Ou pormenor do advento?!

SÓCRATES : - Que é isso , meu jovem, que repleto de caos discorre vagamente?

TRANSEUNTE :

- É algo confuso, sobre o que não sei dizer.Que furta a calma e leva-me o sono. Tão pouco entendo! Contudo, vou assim dizendo, e perguntando, e em meio a isso vou cantando.

Pois a canção me aquieta a alma.

TRANSEUNTE :

- Canta comigo, senhor?!

SÓCRATES :

_ Já canto! ( ... em silêncio ).

- E felicito a teu canto. Pois, não sabendo entender, caímos em tempos iguas... Somos marujos em Naus "errantes", de velas pequenas acerca da costa. E teu canto, é um pequeno remo a golpear ventos alísios.

SÓCRATES : - Minha criança... Seja bem vinda a este mundo de idéias!

lançarott
Enviado por lançarott em 26/07/2008
Reeditado em 26/08/2008
Código do texto: T1099219