O Sereno Recolhimento na Pedra
Sentado numa pedra, recolhido e sorridente. Sócrates, numa fresca manhã primaveril, a colher os raios primos de Fhebo, depara com um som estranho, perdidamente ritimado:
TRANSEUNTE : ... Despenca oh céus em raios!
Quando sobe a terra em ventos
Eu, no meio aqui, me espremo
A buscar a louca trilha do tempo...
... Será somente tempestade
Ou pormenor do advento?!
SÓCRATES : - Que é isso , meu jovem, que repleto de caos discorre vagamente?
TRANSEUNTE :
- É algo confuso, sobre o que não sei dizer.Que furta a calma e leva-me o sono. Tão pouco entendo! Contudo, vou assim dizendo, e perguntando, e em meio a isso vou cantando.
Pois a canção me aquieta a alma.
TRANSEUNTE :
- Canta comigo, senhor?!
SÓCRATES :
_ Já canto! ( ... em silêncio ).
- E felicito a teu canto. Pois, não sabendo entender, caímos em tempos iguas... Somos marujos em Naus "errantes", de velas pequenas acerca da costa. E teu canto, é um pequeno remo a golpear ventos alísios.
SÓCRATES : - Minha criança... Seja bem vinda a este mundo de idéias!