"Marx: Vida & Obra" de Leandro Konder

Primeiramente, apesar do título Resenha o escrito abaixo não segue exatamente o modelo de uma análise crítica ou similar, mas sim, contém percepções e referências da e na obra.

Estão presentes na obra, mesmo que só por menção (em ordem cronológica): Homero, Shakespeare, Wyttenbach (professor), Eduardo Gans (professor), Bruno Bauer, Hegel, Spinoza, Kant, Leibniz, Aristóteles, Epicuro, Friedrich Köppen, Arnold Ruge, Pierre Joseph Proudhon, Rousseau, Montesquieu, Maquiavel, Feuerbach, Adam Smith, David Ricardo, James Mill, Friedrich Engels, Mikhail Bakunin, Egbert Bauer, Henri Chambre, Augusto Blanqui, Wilhem Wolff, Fernando Lassalle, Cervantes, Calderón, Ésquilo, Wilhelm Liebknetch, Dante, Balzac, Paul Lafargue, Otto Meissner, Giddy, Lecomte, Max Stirner, Augusto Bebel, Wilhelm Bracke, Laplace, Leibniz, Descartes, Plekhanov, Mehring, Vladimir Ilitch Ulianov, Georg Lukács, Antonio Gramsci, Heidegger, Jean-Paul Sartre, Jean Lacroix entre outros.

O livro é dotado de pequenas subdivisões que vão desde assuntos pessoais a questões sobre comunismo e capitalismo, passando por personalidades. Tudo debatido por Marx.

Marx viveu uma vida pobre, sempre à beira da miserabilidade, muito por conta de seus ideais. Várias tragédias se abateram sobre ele, por conta de sua conduta e por fatalidades, perdeu alguns filhos ainda muito novos. Um em especial, Edgar, apelidado Mush com nove de idade em 1955, um dos maiores abalos em sua vida.

Do alto de sua ignorância e limitada inteligência sua mãe Henriette Marx, dizia que ao invés de se preocupar em escrever sobre o capital, ele devia ter se dedicado a ganhá-lo. Lendo o livreto se compreende bem esta visão da Sra. Marx.

Ao ler a narrativa contida no livro, finalmente, pode-se até dizer que se sabe ao menos o que é o marxismo e como foi constituída a ideologia do revolucionário alemão. Ou seja, quando houver uma discussão sobre os pensamentos de Marx, o escrito decerto te dará uma visão mais ampla ao invés de ficar naquela mera noção. É essa sensação que se tem ao ler o volume.

Num método dinâmico e leve, diria muito leve em face da complexidade dos assuntos abordados, Konder traz muita informação condensada sobre o filósofo em pouco mais de 150 páginas. Os textos ora romanceados, ora explicativos conseguem prender o leitor diante de um tema considerado enfadonho. Apesar de ser um livro curto, existem muitas informações importantes para o reconhecimento do pensar do grande gênio Marx.

Que um dia eu me destine a ler O capital, obra máxima do cientista social e que então possa, depois dessa leitura, ter bases para entender muito mais sobre o que se passava na cabeça do grande pensador que até hoje, passados mais de um século de sua morte (14 de março de 1883) continua a ser amplamente discutido.

Ao final, o livro destaca as principais obras de Marx e relações para pesquisa.

Algumas referências: Introdução à crítica da filosofia do direito de Hegel; Manifesto comunista; As lutas de classe na França de 1848 a 1850; O 18 brumário de Luís Bonaparte; Introdução geral à crítica da economia política; Fundamentos da economia política; Contribuição à crítica da economia política; O capital; Teorias sobre a mais-valia; Trabalho assalariado; Salário, preço e lucro; Crítica ao programa de Gotha.