NOS TEMPOS DO CÓLERA, O AMOR
O escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez, prêmio Nobel de literatura, cresceu ouvindo sua avó contando histórias, muitas delas com requintes de fantasia e toques do realismo fantástico. Praticamente todos os seus livros têm resquícios e traços visíveis desses contos de fadas que ela lhe passava na infância. Cem anos de solidão talvez seja o mais marcante nesse sentido, e nele viajamos através das veredas dos sonhos e da extraordinária fantasia misturadas à crueldade das coisas palpáveis, em que os Buendía, família retratada por ele, são cognominados de "estirpe de solitários"; O outono do patriarca, em cujas páginas encontramos textos quase intermináveis sem pontos parágrafos, o que tira o fôlego do leitor e o leva a recomeçar a leitura muitas vezes, também envereda por essa seara porém de modo mais singelo. Mas O amor nos tempos do cólera, cuja publicação aconteceu em 1985, é um romance sobre o amor numa época turbulenta em razão da epidemia de cólera, embora não seja esse cenário a razão de ser da história. Muito acima desse sentimento, pelo menos para o pai de Fermina, Lorenzo, deveriam estar as condições sociais e financeiras do pretendente à mão de sua filha, e nisso certamente Florentino perdia feio. Sem o conhecimento paterno, Fermina e Florentino trocaram apaixonadas cartas de amor por dois anos, até que por fim ele a pediu em casamento e o pai dela descobriu tudo.Como era de se esperar, a união dos enamorados não foi permitida. Na reviravolta da trama, Fermina termina casando sem amor com um jovem de família de boas condições que terminara os estudos na Europa e o acontecimentos vão se sucedendo até que, 53 anos depois... O romance entre Florentino e Fermina já ganhou versão cinematográfica, tendo os direitos para essa produção sido vendidos pelo escritor à produtora Stone Village Pictures, alcançando o valor recebido por ele a cifra de três milhões de dólares. Ainda não vi o filme, contudo estou ciente de que geralmente as versões para o cinema de sucessos literários nem sempre correspondem à grandeza do texto nem à idéia desejada pelo autor.
O escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez, prêmio Nobel de literatura, cresceu ouvindo sua avó contando histórias, muitas delas com requintes de fantasia e toques do realismo fantástico. Praticamente todos os seus livros têm resquícios e traços visíveis desses contos de fadas que ela lhe passava na infância. Cem anos de solidão talvez seja o mais marcante nesse sentido, e nele viajamos através das veredas dos sonhos e da extraordinária fantasia misturadas à crueldade das coisas palpáveis, em que os Buendía, família retratada por ele, são cognominados de "estirpe de solitários"; O outono do patriarca, em cujas páginas encontramos textos quase intermináveis sem pontos parágrafos, o que tira o fôlego do leitor e o leva a recomeçar a leitura muitas vezes, também envereda por essa seara porém de modo mais singelo. Mas O amor nos tempos do cólera, cuja publicação aconteceu em 1985, é um romance sobre o amor numa época turbulenta em razão da epidemia de cólera, embora não seja esse cenário a razão de ser da história. Muito acima desse sentimento, pelo menos para o pai de Fermina, Lorenzo, deveriam estar as condições sociais e financeiras do pretendente à mão de sua filha, e nisso certamente Florentino perdia feio. Sem o conhecimento paterno, Fermina e Florentino trocaram apaixonadas cartas de amor por dois anos, até que por fim ele a pediu em casamento e o pai dela descobriu tudo.Como era de se esperar, a união dos enamorados não foi permitida. Na reviravolta da trama, Fermina termina casando sem amor com um jovem de família de boas condições que terminara os estudos na Europa e o acontecimentos vão se sucedendo até que, 53 anos depois... O romance entre Florentino e Fermina já ganhou versão cinematográfica, tendo os direitos para essa produção sido vendidos pelo escritor à produtora Stone Village Pictures, alcançando o valor recebido por ele a cifra de três milhões de dólares. Ainda não vi o filme, contudo estou ciente de que geralmente as versões para o cinema de sucessos literários nem sempre correspondem à grandeza do texto nem à idéia desejada pelo autor.