CEM ANOS DE FANTASIA E MAGIA
Quando, a meu pedido, fui transferido para o setor jurídico do Banco do Brasil, em 1988, eu estudava o quinto período de Direito. Meu interesse, óbviamente, era ganhar experiência na área ainda enquanto estava engatinhando na faculdade, de modo que concluísse o curso já com amplos conhecimentos práticos. Havia somente a pequena sala com uma estante atulhada de livros técnicos, arquivos, duas máquinas de escrever remigton e os birôs correspondentes ao advogado e seu ajudante. O causídico viajava muito para o interior e eu ficava sozinho no setor, a maioria das vezes sem ter o que fazer e até mesmo meio entediado das leituras jurídicas. Foi então que uma amiga, ciente de meu amor à literatura, emprestou-me a coleção completa de Gabriel Garcia Márquez à época(Cem anos de Solidão, Crônica de uma morte anunciada, O Amor nos tempos do cólera, etc), cerca de dez livros. Iniciei a leitura por sua obra mais famosa, Cem Anos de Solidão, tomado pela ansiedade de folhear o trabalho que deu ao autor o prêmio Nobel de Literatura em 28/10/1982. O livro é fantástico, e traduz-se num misto de realismo cru e sonhos da carochinha, ao mesmo tempo, ele todo estranhamente mesclado de fantasias mirabolantes e quiméricas, mistura que o transformou num clássico da literatura mundial traduzido para mais de 35 idiomas, fazendo do vocábulo Macondo, a fictícia cidade onde se passam os acontecimentos mais inauditos, um neologismo contudente. Os Buendía e a ascensão e degradação da cidade de Macondo, topônimo criado por Márquez para exorcizar sua Arataca colombiana, onde nasceu, são os principais personagens desse romance incrível, por onde os "colonizadores" americanos circulam como se donos fossem. Não se assuste quando a narrativa enveredar por bananais e a maravilhosa invenção trazida para Macondo, o gelo, nem se surpreenda se alguém tiver rabo de porco ou puder voar num lençol e desaparecer sem deixar vestígios. Aventure-se nas páginas de Cem Anos de Solidão e faça uma desconcertante porém interessante viagem pelo universo da magia literária.
Quando, a meu pedido, fui transferido para o setor jurídico do Banco do Brasil, em 1988, eu estudava o quinto período de Direito. Meu interesse, óbviamente, era ganhar experiência na área ainda enquanto estava engatinhando na faculdade, de modo que concluísse o curso já com amplos conhecimentos práticos. Havia somente a pequena sala com uma estante atulhada de livros técnicos, arquivos, duas máquinas de escrever remigton e os birôs correspondentes ao advogado e seu ajudante. O causídico viajava muito para o interior e eu ficava sozinho no setor, a maioria das vezes sem ter o que fazer e até mesmo meio entediado das leituras jurídicas. Foi então que uma amiga, ciente de meu amor à literatura, emprestou-me a coleção completa de Gabriel Garcia Márquez à época(Cem anos de Solidão, Crônica de uma morte anunciada, O Amor nos tempos do cólera, etc), cerca de dez livros. Iniciei a leitura por sua obra mais famosa, Cem Anos de Solidão, tomado pela ansiedade de folhear o trabalho que deu ao autor o prêmio Nobel de Literatura em 28/10/1982. O livro é fantástico, e traduz-se num misto de realismo cru e sonhos da carochinha, ao mesmo tempo, ele todo estranhamente mesclado de fantasias mirabolantes e quiméricas, mistura que o transformou num clássico da literatura mundial traduzido para mais de 35 idiomas, fazendo do vocábulo Macondo, a fictícia cidade onde se passam os acontecimentos mais inauditos, um neologismo contudente. Os Buendía e a ascensão e degradação da cidade de Macondo, topônimo criado por Márquez para exorcizar sua Arataca colombiana, onde nasceu, são os principais personagens desse romance incrível, por onde os "colonizadores" americanos circulam como se donos fossem. Não se assuste quando a narrativa enveredar por bananais e a maravilhosa invenção trazida para Macondo, o gelo, nem se surpreenda se alguém tiver rabo de porco ou puder voar num lençol e desaparecer sem deixar vestígios. Aventure-se nas páginas de Cem Anos de Solidão e faça uma desconcertante porém interessante viagem pelo universo da magia literária.