Resenha impressionista para "Quase Memória", de Carlos Heitor Cony

"Quase Memória", do Carlos Heitor Cony.

Eu li em busca de técnica para autoficção. Mas não gostei.

Tem um embrulho misterioso que chega. São as lembranças do pai.

O narrador e o pai moram no Rio de Janeiro. Eles viam Getúlio Vargas na missa. Passaram por dois golpes, de 1930 e 1964.

O narrador é bem deslumbrado com o pai. Ele até fala dos defeitos do pai. Mas parece que são defeitos dele próprio.

A história do "italiano fake" é maravilhosa! A história do balão de festa junina também!

O narrador foi pra um seminário. Histórias de seminário são sempre bizarras.

O pai e o narrador são jornalistas. Histórias de jornalistas sempre são interessantes do ponto de vista de apresentar a história do Brasil. Muito comovente a história do trabalhador do jornal que volta lá depois de uma licença saúde, e tudo já mudou na técnica, na tecnologia de fazer o jornal, no trabalho dos jornalistas.

Eu achei muito legal a história da faca de churrasco do Rio Grande do Sul! Não sou bairrista...

Uma questão de técnica importante que eu achei aqui é a de "se autodefender de memórias devastadoras".

Então... Não gostei, mas aprendi. E é isso que importa!