Resenha impressionista para "O Deserto dos Tártaros", do Dino Buzzati
Nosso herói, Giovanni Drogo... (ou anti-heroi? Drogo é um mongo!
Não tem como se identificar com o personagem, senão pelo lado negativo de cada um de nós.)
... é um tenente do exército italiano, que é designado para um forte, diante de um deserto, numa fronteira.
Estariam os tártaros prestes a atacar, sempre prestes a atacar, embora ninguém os veja nunca!.
(Eu, na minha cabeça, ambientei essa história na Fortaleza de Santa Teresa, em Rocha, no Uruguai.)
Conforme a lógica militar, ele vai se tornando um robozinho.
(Todos lá) não pensam muito, apenas seguem ordens. Chega a ser extremo!
Faz pensar sobre a lógica atual das redes sociais, das mídias sociais.
A gente acaba virando "another brick in the wall", mais um soldadinho, mais um robozinho, na lógica do consumo.
Querem mais é a previsibilidade, a obediência ao algoritmo, que a gente siga as "recomendações".
"Eles querem te vender. Eles querem de comprar".
https://www.youtube.com/shorts/nO9Wtv3-d6k