A última semana de Jesus Cristo na Terra
A ÚLTIMA SEMANA DE JESUS CRISTO NA TERRA
Miguel Carqueija
Resenha do livro “Última semana”, do Padre Gabriel S. Negrão, C.P. Subtítulo: “História da Paixão de Cristo”. Editoração: BAW Editoração Eletrônica Ltda. Aprovação religiosa: P. Antônio Luyz Heggendorn, censor “ad hoc”, Curitiba, PR. Padre Afonso Fiorenzi, provincial C.P. “Imprimi potest”, S.Paulo-SP. Aprovação Arquidiocesana: P. Estevão Bittencourt, OSB. “Nihil obstat”, Dom Romeu Brigenti, “Imprimatur”, Rio de Janeiro-RJ. Capa: Cléa Heggendorn. Ilustrações: Pedro Perozzi, artista plástico.
O termo “editoração” aqui usado significa trata-se de uma edição amadora, ou edição do autor, no caso o sacerdote Gabriel Negrão, da Congregação Passionista (a sigla C.P. que acompanha o seu nome). Quanto à data da publicação, não consta, mas no prólogo há referência a uma edição da Bíblia das Edições Paulinas, de 1981. Portanto a obra foi publicada entre 1981 e 1996, pois anotei a data 17/3/96 como o término da minha primeira leitura.
Num entrecho fascinante o Padre Gabriel, sempre citando os Evangelhos, vai comentando passo a passo os derradeiros dias do Redentor na Terra, desde a entrada de Cristo em Jerusalém precedida pela passagem por Betania, até a gloriosa Ressurreição.
Os comentários catequéticos do autor são bem fundados e abrangentes, como se nada escapasse à sua análise, fazendo lembrar a habilidade pastoral de Dom Marcos Barbosa.
As palavras do próprio Jesus Cristo são especialmente significativas e esclarecedoras e são profusamente citadas. Também são citadas palavras de outros livros: afora os Evangelhos, do Antigo e do Novo Testamento, e até de obras fora da Bíblia, como um sermão de Santo Agostinho.
O texto penetra fundo na grandeza transcendental da mensagem de Cristo, ao seguir os seus passos nesta última semana.
Quando Jesus falava em sua próxima ausência, os Apóstolos parece que não compreendiam. Porém, Ele fez o possível para que ficassem preparados:
“O mundo não reconheceu nem a Jesus nem a quem o enviou; por esse motivo o perseguiam, e os apóstolos também seriam perseguidos. “Lembrai-vos das palavras que vos disse: O servo não é maior que seu senhor. Se eles me perseguiram, também vos perseguirão.” (Jo 15, 20)
As razões porque seriam perseguidos seriam as mesmas aplicadas contra o Mestre. “Mas tudo isso eles farão contra vós, por causa do meu nome, porque não conhecem quem me enviou.” E o autor completa: “Agiram com ódio (os fariseus), apesar de terem testemunhado suas obras.”
É um livro altamente recomendável, que aborda todos os personagens importantes do grande drama da Paixão de Cristo: Maria, Pedro, João, Pilatos, Anás, Caifás, Judas Iscariotes, Herodes, Madalena, Simão Cireneu... por fim José de Arimatéia e Nicodemos, que trataram do sepultamento, onde o corpo sagrado iria permanecer menos de dois dias, ou seja: sepultado no anoitecer da sexta-feira e ressuscitado na manhã de domingo. O grande desfecho, enfim, é a Ressurreição, sem a qual seria vã a nossa fé (como disse São Paulo), e que veio chancelar a veracidade do Divino Mestre.
Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2025.