Missão do Bibliotecário é uma conferência que José Ortega y Gasset[1] proferiu (em francês) em 20 de maio de 1935, na abertura do 2º Congresso Internacional de Bibliotecas e Bibliografia, em Madrid, na Espanha. A propósito de discutir a missão do bibliotecário, Ortega y Gasset tratou de problemas da cultura, a exemplo das noções de missão, de vocação, de profissão, de ofício, da natureza própria da atividade de bibliotecário, da função do bibliotecário na sociedade, da história do cuidado para com os livros, do livro propriamente dito, de seus atributos negativos, bem como de problemas epistemológicos, como experiência e ciência.
Há quem possa criticar a mensagem de Ortega y Gasset pela defesa do controle dos livros, por parte do bibliotecário, a quem o pensador espanhol atribuía também uma missão de filtro entre o volume intenso de livros que há e o público leitor. Por outro lado, Ortega y Gasset também alertou para a quantidade de livros que há, inúteis e estúpidos, denunciando nosso tempo pelo excesso de leituras, mal feitas, e pela consequente falta de ideias próprias.
Ortega y Gasset iniciou sua conferência afirmando que pretendia usar uma virtude espanhola, a hospitalidade, dirigindo-se à plateia em francês. Porém, temia a tarefa, lembrando que sua casa ancestral é [era] a língua espanhola. Temia também contribuir para que o auditório perdesse por completo umas horas de suas vidas, que as tinham bem contadas.
Pediu desculpas por eventuais falhas na pronúncia e no ritmo de uma língua que não dominava. Insistiu também que não pretendia ensinar técnicas de biblioteconomia aos bibliotecários que lá se encontravam, o que para ele era um assunto hermético.
Ortega y Gasset procura um conceito adequado de missão, para levá-lo a uma compreensão do que seria a missão do bibliotecário. Explicou seus temores para com a questão do significado das palavras, no seguinte sentido, em suas próprias palavras:
Até a palavra ‘missão’, por si só, me assusta um pouco, se me vejo obrigado a emprega-la com toda a força de seu significado. É claro que o mesmo acontece com inúmeras palavras que empregamos no dia-a-dia. Se, de súbito, começassem a funcionar na plenitude do seu verdadeiro significado, se, ao pronunciá-las ou ouvi-las, nossas mentes entendessem correta e prontamente seu sentido integral, sentir-nos-íamos atemorizados ou pelo menos intimidados diante da dramaticidade essencial que encerram. Felizmente, nossa linguagem corrente as emprega sumária e mecanicamente, mal entendendo-as, com seu sentido enfraquecido, adormecido, nebuloso. Nós as manejamos pelo lado de fora, nelas resvalando rapidamente, sem submergirmos em seu abismo interior. Em suma, ao falar, fazemos saltar os vocábulos como os domadores de circo fazem saltar os tigres e os leões, depois de haver alquebrado sua ferocidade com morfina ou clorofórmio[2].
Para Ortega y Gasset, a ideia de missão significaria, antes de tudo, aquilo que um homem deve fazer em sua vida (...) a missão é algo exclusivo do homem. Lembrou que uma pedra não pode deixar de cair e que nós, homens, podemos não fazer algo que devemos fazer. E continuou:
Uma pedra que fosse meio inteligente, ao observar isso [o poder de escolha do homem] talvez dissesse: que sorte ser homem! Não tenho outro remédio senão cumprir inexoravelmente minha lei: devo cair, cair sempre... No entanto, o que o homem deve fazer, ou o que o homem deve ser, não lhe é imposto, mas proposto. Mas essa pedra imaginária pensaria assim porque é apenas meio inteligente. Se o fosse totalmente, perceberia que esse privilégio do homem é aterrador. Pois implica que em cada instante de sua vida o homem se encontra perante diversas possibilidades de fazer, de ser, e que é ele próprio quem, por sua exclusiva responsabilidade, tem que se decidir por uma delas[3].
Ortega y Gasset insistiu na responsabilidade que o homem tem pelos atos e escolhas, e que temos condição de calcular o resultado de nossas ações:
(...) cada um de nossos atos exige que o façamos brotar da antecipação total de nosso destino e o derivemos de um programa geral para nossa existência. E isso vale tanto para o homem honrado e heroico quanto para o perverso ou mesquinho. Pois também o perverso se vê obrigado a justificar seus atos perante si próprio, neles procurando significado e função em um programa de vida. De outro modo, ficaria imóvel, paralisado como o asno de Buridan[4].
O homem, diferentemente de todas as demais criaturas, escolhe seu próprio ser. A vocação é um chamado que ouvimos a um tipo de vida. Na vocação, fazemos o que nos é proposto e o que nos seja imposto. Nas palavras de Ortega y Gasset:
Há no homem, pelo visto, a iniludível impressão de que sua vida, portanto, seu ser, é algo que deve ser escolhido. Isso é espantoso, porque significa que, diferentemente de todos os demais entes do universo, que possuem um ser que lhes é dado já predefinido, e, por isso, existem, ou seja, porque são desde logo o que são, o homem é a única e quase inconcebível realidade que existe sem possuir esse ser irremediavelmente predefinido, que não é desde o início o que é, mas que precisa escolher para si seu próprio ser. Como o escolherá? Com certeza, representará em sua imaginação muitos tipos possíveis de vida, e, ao tê-los diante de si, notará que algum o atrai mais, puxo-o, reclama-o e o chama. Este chamado que ouvimos rumo a um tipo de vida, esta voz ou grito imperativo que se eleva de nosso íntimo mais radical, é a vocação. Na vocação é proposto ao homem, não imposto, o que ele deve fazer. E a vida adquire, por isso, o caráter da realização de um imperativo. Está em nossas mãos querer ou não realiza-lo, ser fiéis ou infiéis à nossa vocação. Mas esta, quer dizer, aquilo que verdadeiramente devemos fazer, não está em nossas mãos. Chega até nós inexoravelmente proposto. Eis por que toda vida humana tem uma missão. Missão é isto: a consciência que cada homem tem de seu mais autêntico ser, daquilo que está chamado a realizar. A idéia de missão é, pois, um ingrediente constitutivo da condição humana, e, como antes dizia que sem homem não há missão, podemos agora acrescentar que sem missão não há homem[5].
A profissão e o ofício decorrem de que algo que originariamente um determinado homem criara num determinado momento, e que posteriormente a sociedade percebe como necessário para sua subsistência e florescimento. A profissão e o ofício são atividades que devem, necessariamente, ser feitas, a exemplo da necessidade que há para se apagar incêndios. Ofício decorre do latim ob + facere, no sentido de sair rapidamente ao encontro, fazer algo rapidamente, sem vacilar, o que identifica a própria ideia de dever. É nesse aspecto que todas as atividades de Estado são oficiais. Para Ortega y Gasset:
Originariamente – e não há dúvida a respeito – isso que hoje constitui uma profissão ou ofício foi inspiração genial e criadora de um homem que sentiu a necessidade radical de dedicar sua vida a uma ocupação até então desconhecida, que inventou algo novo a fazer. Sua missão era aquilo que era necessário para ele. Esse homem morre, e com ele morre sua missão. Mas, com o passar do tempo, a coletividade, a sociedade, percebe que aquela ocupação, ou algo parecido com ela, é necessária para que subsista ou floresta o conglomerado humano em que consiste a sociedade. Por exemplo, houve em Roma um home da gens Julia, chamado Caio e apelidado César, a quem ocorreu fazer uma série de coisas que ninguém até então fizera, entre elas proclamar o direito de Roma a deter o comando exclusivo do mundo, e o direito de um indivíduo ao comando exclusivo de Roma. Isso lhe custou a vida. Uma geração mais tarde, porém, a sociedade romana sentiu, como sociedade, a necessidade de que alguém voltasse a fazer o que Caio Júlio César fizera. Desse modo, o vazio que aquele homem deixou com seu personalíssimo perfil ficou objetivado, despersonalizado, em uma magistratura, e a palavra César, nome de uma missão individual, passou a designar uma necessidade coletiva. Note-se, no entanto, a profunda transformação por que passa um tipo de trabalho humano quando, em lugar de necessidade ou missão pessoal, torna-se mister coletivo, um ofício e uma profissão. No primeiro caso, o homem faz aquilo que ele e somente ele deve fazer, com total liberdade e sob sua exclusiva responsabilidade. Por outro lado, esse mesmo homem, ao exercer uma profissão, compromete-se a fazer o que a sociedade necessita. Terá de renunciar, então, a boa parte de sua liberdade e se verá obrigado a desindividualizar-se, a não decidir suas ações exclusivamente do ponto de vista de sua pessoa, mas do ponto de vista coletivo, sob pena de ser um mau profissional e sofrer as consequências graves com que a sociedade, que é crudelíssima, pune os que a servem mal[6].
A paisagem social teria pela primeira vez conhecido o bibliotecário, segundo Ortega y Gasset, sem dúvida, no Renascimento. Nas universidades da Idade Média livros eram guardados do mesmo do que materiais de limpeza. Ser guardião de livros não era nada especial. No Renascimento, a questão não era catalogar livros, a questão era encontrar os livros. Segundo Ortega y Gasset:
(...) até o Renascimento a necessidade do livro não foi vigência social. E como foi então que se tornou vigência social aí vemos surgir imediatamente o bibliotecário como profissão. Mas ainda podemos ser mais precisos. A necessidade do livro assume nessa época o aspecto de fé no livro. A revelação, o que foi dito por Deus e por Ele ditado ao homem, diminui de eficácia e se começa a esperar tudo daquilo que o homem pensa somente com sua razão, portanto, daquilo que o home escreve. Estranha e radical aventura da humanidade ocidental! Vede como ao mal roçar a história de vossa profissão caímos, como se fosse por um alçapão, nas entranhas recônditas da evolução europeia?[7]
Com a proliferação da imprensa, e com muitos livros, a necessidade agora é de catalogá-los. A necessidade não será mais de livros, será de leitores. Para Ortega y Gasset, o incidente mais importante (...) que pode acontecer a uma profissão é passar de ocupação espontânea fomentada pela sociedade a burocracia de Estado. Há diferenças entre atividades que se desenvolvem somente em função da sociedade, e de atividades que se desenvolvem em função da sociedade, porém sobre monitoramento do Estado.
O Estado é a sociedade, mas não toda ela. Atividades sociais regulam-se por usos, costumes, opinião pública, linguagem, mercado livre, são vigências imprecisas e difusas. As regras do Estado são sólidas, claras e precisas; há leis, que são enunciados terrivelmente taxativos, de rigor quase matemático. A propósito da historicidade e da vulnerabilidade das profissões, observou Ortega y Gasset: "houve época em que se acreditava ser imprescindível para a existência da sociedade consultar os auspícios e outros sinais misteriosos que os deuses enviavam aos povos. Por essa razão, a cerimônia de inauguração tornou-se instituição e atividade oficial, e os áugures e arúspices formavam uma burocracia importantíssima"[8].
Ortega y Gasset fala-nos de um bibliotecário do futuro, que define da forma que segue:
O bibliotecário do futuro terá que orientar o leitor não especializado na selva selvaggia dos livros, e ser o médico, o higienista de suas leituras. Também neste ponto defrontamos uma situação com sinal invertido em relação à de 1800. Hoje em dia, lê-se demais: a comodidade de poder receber com pouco ou nenhum esforço inumeráveis ideias armazenadas nos livros e periódicos vai habituando o homem, já acostumou o homem comum, a não pensar por sua conta e a não repensar o que lê, única maneira de se apropriar verdadeiramente do que leu[9].
A função do bibliotecário não é mais de mero colecionador ou catalogador de livros. Segundo Ortega y Gasset: “Até hoje ele [o bibliotecário] tem se ocupado principalmente do livro como coisa, como objeto material. A partir de hoje terá que cuidar do livro como função viva: terá de exercer a polícia do livro e tornar-se o domador de livros enfurecidos”[10].
Para o bibliotecário do futuro, Ortega y Gasset previu uma função de agir como um filtro que se interporia entre a corrente de livros e os homens. O livro permite nosso vínculo com as experiências acumuladas. Assim, “O livro é, pois, o dizer exemplar que, por isso mesmo, traz em essencialmente o requisito de ser escrito, fixado, pois, ao ser escrito, fixado, é como se virtualmente uma voz anônima o estivesse dizendo sempre, assim como os ‘moinhos de orações’, no Tibete, incumbem ao vento orar perpetuamente. Este é o primeiro momento do livro como autêntica função vivente: que está, em potência, dizendo sempre o que é preciso dizer”[11].
E ainda, o livro, ao objetivar a memória, materializando-a, torna-a, em princípio, ilimitada e coloca os dizeres dos séculos à disposição de todo o mundo[12]. Para Ortega y Gasset há intensa ligação entre a difusão dos livros e a democracia. A sociedade democrática seria filho do livro, como se lê no excerto que segue:
A Revolução Francesa havia transformado, passada sua melodramática turbulência, a sociedade europeia. À sua antiga anatomia aristocrática sucedeu uma anatomia que se dizia democrática. Esta sociedade foi a consequência última daquela fé no livro sentida pelo Renascimento. A sociedade democrática é filha do livro, é o triunfo do livro escrito pelo homem escritor sobre o livro revelado por Deus e sobre o livro das ditadas pela autocracia. A rebelião dos povos se fizera em nome de tudo isso que denominamos razão, cultura, etc. Estas entidades vagas vieram ocupar no coração dos homens a mesma posição central antes ocupada por Deus, outra entidade não menos vaga. Há uma estranha propensão nos homens a alimentar-se, principalmente, de vaguezas. Ocorre que, por volta de 1840, o livro já não é necessidade meramente no sentido de desejo ou esperança, mas, uma vez demitido Deus, volatilizada a autoridade tradicional e carismática, não sobra outra instância última sobre a qual apoiar todo o social, a não ser o livro. É preciso, pois, agarrar-se a ele como a uma tábua de salvação. O livro torna-se socialmente imprescindível. É a época, por isso, em que surge o fenômeno das enormes tiragens. As massas atiram-se aos volumes com uma avidez quase respiratória, como se fossem balões de oxigênio[13].
O livro permite que a experiência possa ser propagada. O livro teve como consequência o fim da autoridade dos anciãos. Conservamos o que os outros homens fizeram. Nesse sentido, é que nos diferenciamos dos animais. Assim, segundo Ortega y Gasset: “O tigre de hoje tem que ser tigre como se jamais houvesse existido tigre algum: não tira proveito das experiências milenares por que passaram seus semelhantes no profundo fragor das selvas. Todo tigre é um primeiro tigre: deve começar desde o princípio sua profissão de tigre. Mas o homem de hoje não começa sendo homem, mas, ao contrário, herda as formas de existência, as ideias, as experiências vitais de seus ancestrais e parte, portanto, do nível representado pelo passado humano acumulado sob seus pés”[14].
Dessa percepção decorre uma noção de progresso. De acordo com Ortega y Gasset: “Em face de qualquer problema, o homem não se encontra sozinho com sua reação pessoal, com o que lhe ocorre voluntariamente, mas com todas ou muitas das reações, ideias e invenções de seus antepassados. Por isso sua vida é feita com a acumulação de outras vidas; por isso sua vida é substancialmente progresso. Não discutamos agora se progresso para melhor, para pior ou para nada[15]”.
Ortega y Gasset também vinculou a proliferação de livros à especulação em torno das ciências, o que pode suscitar um efeito paralisante. De tal modo, “hoje vivemos uma época muito característica desse trágico incidente. A economia, a técnica e as facilidades que o homem inventa sitiaram-no hoje e ameaçam estrangulá-lo. As ciências, ao crescer espetacularmente, multiplicar-se e especializar-se, ultrapassem as capacidades de aquisição que o homem possui e o afligem e oprimem como pragas da natureza. O homem corre o risco de converter-se em escravo de suas ciências”[16].
Deixamos de estudar para viver e passamos a viver para estudar[17]. A riqueza cultural do homem viceja tropicalmente em torno de nós, que perdemos o sentido do necessário[18]. Para Ortega y Gasset há dois atributos negativos dos livros, que merecem reflexão. Há muitos livros. Muitos dos muitos livros que hoje há são inúteis ou estúpidos.
Por isso, Ortega y Gasset concluiu que para enfrentar esses dois atributos negativos o bibliotecário do futuro deverá orientar o leitor para que transite satisfatoriamente na selvagem selvageria que os livros se transformaram.
A continuidade de acumulação de papel impresso será catastrófica. Em 1935 Ortega y Gasset alertava para a necessidade de se organizar coletivamente a produção de livros. Para ele:
Já há livros em demasia. Mesmo reduzindo bastante o número de temas a que cada homem dedica sua atenção, a quantidade de livros que ele precisa absorver é tão gigantesca que supera os limites de seu tempo e sua capacidade de assimilação. A mera orientação na bibliografia de um assunto representa hoje para cada autor um esforço considerável, em que perde muito tempo. Mas, uma vez despendido esse esforço, constata que não pode ler tudo o que deveria ler. Isso o leva a ler às pressas, a ler mal e, ademais, deixa-o com uma impressão de impotência e fracasso, ao fim e ao cabo, de ceticismo em relação à sua própria obra[19].
E ainda:
Mas não só de fato existem livros em demasia, como também são produzidos de modo constante e em abundância torrencial. Muitos deles são inúteis ou estúpidos, e sua existência e conservação constituem um lastro a mais para a humanidade, que já anda excessivamente curvada sob o peso de outras cargas. Ao mesmo tempo, em todas as disciplinas, com frequência, é sentida a falta de certos livros cuja ausência prejudica o avanço das pesquisas. Isso é muito mais grave do que faz supor este vago enunciado. É incalculável quantas soluções importantes sobre as questões mais diversas não chegam a amadurecer porque tropeçam com lacunas em pesquisas anteriores. O excesso e a escassez de livros têm a mesma origem: a produção se faz sem governo, abandonada quase totalmente à espontaneidade do acaso[20].
O excesso de livros exige a intervenção do bibliotecário. Citando Platão, Ortega y Gasset duvida dos homens que leem muito e que nada pensam. E assim,
(...) quando se lê muito e se pensa pouco, o livro é um instrumento terrivelmente eficaz para a falsificação da vida humana: “confiando os homens no escrito, acreditarão compreender as ideias, e assim as tomam por sua aparência, graças a indícios exteriores, e não a partir de dentro, por si mesmos [...] Abarrotados de supostos conhecimentos, que não adquiriram de verdade, julgar-se-ão aptos para julgar tudo, quando, a rigor, nada sabem e, ademais, ficarão insuportáveis porque, ao invés de sábios, como se imaginam, serão apenas carregamentos de frases” (...) Assim falava Platão há vinte e três séculos[21].
São essas, em linhas gerais, as impressões de Ortega y Gasset para com o mundo das bibliotecas, dos livros, dos bibliotecários; há muito para ler, e quanto mais lemos, mais sabemos que ainda muito pouco ou quase nada lemos.
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[1] Ortega y Gasset, A Missão do Bibliotecário, Tradução e pósfácio de Antonio Agenor Briquet de Lemos. Brasília: Briquet de Lemos Livros, 2006.
[2] Ortega y Gasset, cit., pp. 2-3.
[3] Ortega y Gasset, cit., p. 4.
[4] Ortega y Gasset, cit., p. 5.
[5] Ortega y Gasset, cit., pp. 6-7.
[6] Ortega y Gasset, cit., p. 8.
[7] Ortega y Gasset, cit., p. 20.
[8] Ortega y Gasset, cit.
[9] Ortega y Gasset, cit., p. 45.
[10] Ortega y Gasset, cit., p. 39.
[11] Ortega y Gasset, cit., p. 54.
[12] Ortega y Gasset, cit., loc. cit.
[13] Ortega y Gasset, cit., pp. 24-25.
[14] Ortega y Gasset, cit.
[15] Ortega y Gasset, cit., p. 29.
[16] Ortega y Gasset, cit., p. 32.
[17] Cf. Ortega y Gasset, cit., p. 33.
[18] Cf. Ortega y Gasset, cit., loc. cit.
[19] Ortega y Gasset, cit., p. 40.
[20] Ortega y Gasset, cit., p. 43.
[21] Ortega y Gasset, cit., p. 56.