Resenha sobre o Livro "De quanta terra precisa um homem? - e outras histórias"

O livro intitulado "De quanta terra precisa um homem?", traz na verdade outras histórias no mesmo material literário - Do que vivem os homens, Três perguntas, A cafeteria de Surat (segundo Bernardin de Saint-Pierre) e, De quanta terra precisa um homem?.

Todas essas obras foram escritas pelo escritor russo Liev Tolstói e, para confecção de memórias destacamos, a partir de opinião pessoal, duas histórias: Do que vivem os homens e De quanta terra precisa um homem?.

A primeira história, Do que vivem os homens, conta uma história com três personagens em destaque: Simon, Matryona (sua esposa) e Michael. Simon era um sapateiro que encontra, por acaso, Michael, abandonado numa região do santuário, sem roupas apropriadas para o frio ou qualquer outro bem pessoal. Simon resolve levar o rapaz para sua casa, e começa a conhecer verdadeiramente a sua história, a partir dos seus relatos. Dias após dias, Michael começou a trabalhar com Simon, e a partir dos acontecimentos do cotidiano, Michael comentou que era um anjo e estava naquela situação para cumprir um castigo de Deus, por desobedecer-Lhe. As premissas e aprendizados básicos para o anjo, que depois conseguiu sua redenção e subiu aos céus novamente, após vivenciá-las com situações reais na terra, foram: "uma pessoa pode viver sem pai ou sem mãe, mas não pode viver sem Deus", "aprendi que todos os homens vivem não do cuidado consigo mesmos, mas do amor", "compreendo que Deus não deseja que os homens vivam isolados, e portanto não revela a eles o que cada um necessita para si; mas Ele deseja que vivam unidos, e portanto revela a cada um deles o que é necessário para todos", e "aquele que tem amor está em Deus, e Deus está nele, pois Deus é amor".

Além desses aprendizados, o autor destaca, no início da obra, algumas passagens bíblicas, da "Epístola de São João":

a) sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos; quem não ama permanece na morte;

b) meus pequenos, não amemos com palavras nem com a língua, mas com a verdade.

A outra obra que destacamos De quanta terra precisa um homem?, relata a história de um pequeno agricultor, Pahon, que vivia uma vida pacata, com suas necessidades básicas sempre supridas, mas, após ser tentado pelo Diabo, passa a ter uma ambição por possuir mais terras. No começo da obra destacamos um trecho que aborda um pouco, até os dias de hoje, da diferença entre a vida na cidade e no campo, e o fundamento da obra literária: "uma irmã mais velha foi visitar sua irmã mais nova no interior. A mais velha era casada com um comerciante da cidade, a mais nova, com um camponês (Pahon) de um vilarejo. Quando as duas irmãs estavam sentadas à mesa do chá, conversando, a mais velha começou a se gabar das vantagens da vida na cidade. A irmã mais nova dizia, satisfeita: podemos viver com simplicidade, mas pelo menos somos poupados da ansiedade. Nunca seremos ricos, mas sempre teremos o suficiente para comer. E, você conhece o provérbio: perda e ganho são irmãos.

A partir dessa conversa, que Pahon escutou, ele pensou: é verdade!!! Nosso único problema é que não temos terra suficiente. Se eu tivesse bastante terra, não teria medo nem do diabo em pessoa!!! Desse momento em diante, surgiu a ambição de Pahon por mais terras, uma vez atrás da outra. A história e a ambição de Pahom terminou quando ele, em busca de mais terra, conheceu um vilarejo e pergunto ao chefe:

- Qual o preço da terra?

- Nosso preço é sempre o mesmo....1.000 rublos o dia. Vendemos o dia. A extensão que você conseguir percorrer a pé em um dia será sua. Mas, há uma condição , se você não retornar no mesmo dia ao ponto de partida, perderá seu dinheiro.

Pahom com a ambição de pegar o máximo de terra possível, iniciou a caminhada para demarcar sua nova terra, mas começou a ter dificuldades de retornar, ao ponto de partida, até o final do dia. Com o cansaço do elevado esforço, na tentativa de retornar no prazo, Pahom morreu!!! E, o chefe disse a seguinte frase: "Ah, que ótimo sujeito! Ganhou muita terra.

A obra traz uma excelente reflexão as nossas ambições, associada as nossas reais necessidades.