Dois irmãos

Caro (a) leitor vou fazer uma breve resenha do livro Dois Irmão de Milton Hatoum e um poema com o mesmo nome que faz uma análise do livro. O livro é um romance brasileiro que conta a história perturbada entre dois irmãos de uma família de ascendência libanesa que vive em Manaus. Nesse romance é notário a presença de ciúmes, rancor, incesto, inveja, desejo, orgulho, ódio , violência e morte.

Esse livro, chamo de a história de dois irmãos em uma família em crise. Omar e Yaqub, são gêmeos e sua relação com o pai, mãe e irmã. Mostra como se constroem as relações de identidade e diferença numa família em crise.

Na casa da família mora Domingas, empregada da família, e seu filho.

É o filho da empregada, que narra a história. Sendo narrador personagem. Ele narra, trinta anos depois, os dramas que assistiu calado.

O narrador personagem busca também a verdadeira identidade do seu pai entre os homens da casa, ele tenta restaurar os estilhaços do passado, ora como quem observa, ora como quem escutou e silenciou-se a respeito das histórias alheias. Do seu canto, ele nota personagens que se oferecem ao incesto, à vingança e a paixão colossal.

para continuar dissertando sobre o livro é a história apresentada por ele cito Carlos Drumond de Andrade " A casa foi vendida com todas as lembranças todos os moveis todos os pesadelos todos os pecados cometidos ou em vias de cometer a casa foi vendida com seu bater de portas com seu vento encanado sua vista do mundo seus imponderáveis(...)".

Cenário: Início do século XX.

Manaus, a capital da borracha.

imigrantes que vinham à capital manauara em busca de riqueza. Por volta de 1914, o viúvo Galib inaugura o restaurante Biblos. Tinha uma filha chamada Zana.

O nome do restaurante referia-se à pequena cidade de Biblios, no Líbano.

Galib abastecia o restaurante com peixes comprados no Mercado municipal. Os clientes do restaurante eram mascate, comandantes de embarcação, regatões e trabalhadores do Manaus Horbour. O restaurante também tornou-se ponto de encontro de imigrantes libaneses, sírios e judeus marroquinos.

Halim, mascate libanês, cliente do restaurante apaixomou-se por Zana e casou-se com ela, em cerimônia católica na igreja de Nossa Senhora dos Remédios diante do altar de Nossa Senhora do Líbano.

Logo após o casamento, o pai de Zana Viaja para o Líbano para rever a família. Morre pouco tempo depois. Zana, em luto,diz a Halim que quer ter no mínimo três filhos.

Halim e Zana tiveram dois filhos gêmeos, Yaqub e Omar e uma filha chamadaânia. A empregada da casa era uma indígena, chamada Domingas, que mais tarde teve um filho chamado Nael.

Os irmãos tinham temperamentos distintos, o mais velho, Yaqub, era calmo, inteligente e centrado; o mais novo Omar,era temperamental e imediatista.

Os gêmeos iniciaram os estudos no Colégio dos Padres.

Na adolescência, Yaqub apaixonou-se por Lívia. Omar, tentou conquistá-la. Quando percebeu que a menina preferia Yaqub a ele, cortou-lhe o rosto com uma garrafa de vidro.

Para evitar mais discórdia em casa, o pai queria enviá-los ao Líbano, porém, a mãe suplicou para que apenas Yaqub fosse, pois, Omar, em sua opinião, tinha saúde frágil e não conseguiria sobreviver sem a família por perto. Yaqub ficou dos 13 aos 18 anos no Líbano.

Quando Yaqub chegou do Líbano, o pai foi busca-lo no Rio de Janeiro. O cais estava apinhado de parentes de pracinhas e oficiais que regressavam da Itália.

No caminho do aeroporto para casa, Yaqub reconheceu um pedaço da infância vivida em Manaus e se emocionou com a visão dos barcos atracados às margens dos igarapés.

Numa manhã de agasto de 1949, dia do aniversário dos gêmeos, o Caçula pediu dinheiro e uma bicicleta nova. Yaqub recusou o dinheiro e a bicicleta. Pediu uma farda de gala para desfilar no dia da independência.

O desfile com farda de gala fora a despedida de Yaqub, pois havia decidido ir à São Paulo para estudar e trabalhar. Morou em pensão, ia à praça da República, assistia aos filmes nos cinemas da Rua São João e dedicou-se aos estudos.

Religiosamente, ao final de cada mês, Yaqub escrevia para a família em Manaus. As cartas, evasivas, eram motivo de festa para a mãe que as lia como quem lê um salmo ou uma surata.

Nesse período, Halim continuava trabalhando em sua loja de armarinho.

Havia melhorado a vida nos anos pós - Guerra. Vendia de tudo um pouco aos mercadores do Educandos, um dos bairros mais populosos de Manaus.

Rânia tornou-se uma bela mulher que idolatrava os irmãos de forma quase simétrica. Não casou-se. Abandonou a universidade e tornou- se gestora da loja do pai com a ajuda do irmão engenheiro que lhe enviava mercadorias de São Paulo.

Omar foi transferido para o Colégio Liceu Ruy Barbosa, conhecido como o Galinheiro dos Vândalos. Foi expulso do Colégio dos Padres porque deu um soco no professor de matemática.

Nael, que tinha quatro anos quando Yaqub foi para São Paulo, agora ajudava a mãe, Domingas nos afazeres doméstico e fazendo compras no mercado ao ar livre.

Nael cresceu sem saber a sua origem. Domingas, talves, por acordo feito com Halim e Zana, não lhe falava qual dos dois gêmeos era o seu pai. Ao passear aos domingos, para comprar coisas para Zana, atravessava a ponte metálica e perambulava nas margens do rio.

Yaqub conseguiu uma vaga na Escola Politécnica da universidade de São Paulo. Formou-se engenheiro e casou-se com Lívia.

Os irmãos, adultos, continuavam rivais. Yaqub tornou-se um engenheiro bem sucedido e enviava dinheiro à família para a reforma da casa e da loja.

Omar continuava boêmio e sem trabalho e Zona não permitia que nenhuma mulher tivesse um relacionamento duradouro com seu filho caçula.

Com o intuito de fazer Omar esquecer de uma namorada( Dália), Zana o envia à São Paulo para estudar. morou em uma pensão na Liberdade e matriculou-se em um curso. Em uma viagem de Yaqub à Santos. Omar aliciou a empregada do irmão e roubo-lhe o passaporte, dinheiro, roupas e viajou para Miami. Ficou desaparecido por alguns meses.

De volta à Manaus, Omar se apaixona por Pau- Mulato, com quem vai morar em um barco. ninguem da família sabe do seu paradeiro. Halim e Zana passam meses à sua procura. Ele foi encontrado e voltou para casa a contra-gosto.

O professor de francês, Antenor Laval, a caminho do Galinheiro dos Vândalos, foi humilhado e esbofeteado por militares. Foi preso e morto na cadeia. Omar ficou abalado com a morte do amigo.

Após a morte de Halim, o maior sonho de Zana era que seus filhos se unissem, e viu a possibilidade após Omar lhe apresentar o sr. Rochiram, indiano, que pretendia construir um hotel em Manaus.

Yaqub não aceitou trabalhar com o irmão. Omar agrediu Yaqub, que ficou hospitalizado. Após a morte de Zana, Yaqub processa o irmão, que acaba sendo preso.

Domingas, antes de morrer, revelou a Nael que havia sido violentada por Omar e que seu nome era em homenagem ao avô Halim.

Conclua a resenha dessa bela obra de Hatoum, Milton. Dois irmãos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. Com o poema

Dois Irmãos que fiz inspirada na leitura dessa belíssima obra.

Dois irmãos

Como começar uma estória

Cheia de contradição?

Começo pelo amor

Ou pela decepção.

Como descrevê-los?

Ou dizer como são?

Pais e filhos.

Uma família, dois irmãos.

Um é rebelde e valente.

O outro é tímido é inteligente.

Difícil conviver com tanta contradição.

Mãe, pai e irmãos.

Todos complicados

Aprova dores e sutis segredos

Que nos consome a vida a entendê-los.

A leitura é a escorra do nosso apelo:

Ler, interpretar e entendê-los.

Todos confusos vivendo um jogo de amor e ilusão.

Como entender tal situação?

Para isso coloco essa observação:

Não se iluda com uma flor,

Pois, nem sempre significa amor.

Não se iluda, com um abraço.

Pois, ele pode ser um laço.

Não se iluda, com o poder.

Pois, ele pode desfalecer.

Não se iluda com uma declaração.

Pois, nem sempre vem do coração.

Incesto, rivalidade, revolta e separação.

São palavras que define

A estória de dois irmãos.

Como começar uma estória

Cheia de contradição?

Começo pelo amor

Ou pela decepção.

Como descrevê-los?

Ou dizer como são?

Pais e filhos.

Uma família, dois irmãos.

Um é rebelde e valente.

O outro é tímido é inteligente.

Difícil conviver com tanta contradição.

Mãe, pai e irmãos.

Todos complicados

Aprova dores e sutis segredos

Que nos consome a vida a entendê-los.

A leitura é a escorra do nosso apelo:

Ler, interpretar e entendê-los.

Todos confusos vivendo um jogo de amor e ilusão.

Como entender tal situação?

Para isso coloco essa observação:

Não se iluda com uma flor,

Pois, nem sempre significa amor.

Não se iluda, com um abraço.

Pois, ele pode ser um laço.

Não se iluda, com o poder.

Pois, ele pode desfalecer.

Não se iluda com uma declaração.

Pois, nem sempre vem do coração.

Incesto, rivalidade, revolta e separação.

São palavras que define

A estória de dois irmãos.

Cris Pedreira
Enviado por Cris Pedreira em 27/10/2024
Reeditado em 28/10/2024
Código do texto: T8182973
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