Sonhos de Einstein – Alan Lightman

ÒTIMO: prosa cativante para mergulhar, com Einstein, num tempo de poesia e de sonhos

Alan Lightman - Sonhos de Einstein, SP, Companhia das Letras, 1993, 176 páginas

Sonhos de Einstein, do norte-americano Alan Lightman, é ficção com alta voltagem poética.

O autor, físico e também romancista, se vale até mesmo de um famoso verso de Gertrude Stein, aquele da rosa, para discorrer sobre o objeto de estudo do gênio do título:

"Neste mundo, um segundo é um segundo é um segundo."

Se é sobre o jovem Einstein o pequeno volume de Lightman é mais ainda sobre o tempo. Espaço-tempo, na verdade.

Tempo em que o cientista alemão, então mais Albert do que Einstein, fazia doutorado na universidade de Zurique, entre 1901 e 1905.

Tempo em que também trabalhava no departamento de patentes em Berna (1902-1909). Isso tudo quando ele contava entre 22 e 30 anos de idade.

Albert Einstein nasceu em 1879 na Alemanha e morreu em 1955 nos Estados Unidos.

Todos os trinta sonhos de Einstein imaginados por Lightman acontecem durante o ano de 1905.

Eles são belíssimos, verdadeiros poemas em prosa, viagens que o leitor pode fazer sem sair de sua poltrona.

Daí que Salman Rushdie escreveu que Sonhos de Einstein é "Instigante, delicado, cômico e escrito com grande beleza."

É isso mesmo, um livro perfeito.