Ficção Científica: Prisão aberta

 

Resenha do romance de ficção científica "Prisão aberta" ("Open prison" no original), de James White. Editora Livros do Brasil S.A., Lisboa, Portugal, sem data. "Copyright" do autor, 1965. Tradução: Eurico Fonseca. Capa: Lima de Freitas.

 

A literatura de ficção científica de décadas atrás, tal como eu encontro com frequência - comum em autores norte-americanos, mas este é da Irlanda do Norte - coloca um sujeito como personagem principal em narrativa de terceira pessoa e tudo mais ou menos gira em torno dele. Costuma ser um sujeito seguro de si, imperturbavel, às vezes até impiedoso, que vai enfrentando dificuldades imensas e acaba se dando bem.

É o caso do tal Warren, oficial da frota espacial terrestre durante a guerra cósmica com os alienígenas a quem chamam "percevejos". Uma espécie de lacraias extraterrestres grandes, inteligentes e donas de tecnologia para viagens interestelares.

É uma guerra muito educada e os prisioneiros de ambos os lados são despejados em mundos selvaticos onde possam sobreviver, construindo civilizações temporárias. Warren é um dos despejados num desses mundos rebarbativos e tem de lidar com as opiniões diferentes e a divisão dos terrestres em facções ideológicas, ao mesmo tempo em que comanda o esforço para que se consiga escapar daquele planeta-prisão - a tal prisão aberta do título - e retornar à guerra.

Não quero dissecar mais esse romance porque é enfadonho, medíocre e sem vida; o herói e maçante e a leitura, desprovida aliás de humor, não entusiasma. Só observo que a tarefa da fuga era especialmente difícil porque o inimigo mantinha um satélite 🛰️ de vigilância e seria preciso dominar a equipagem alienígena 👽. Fora isso, a verdadeira situação do conflito evoluía sem que os personagens pudessem ter notícias, o que representa uma incógnita para a solução final.

 

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2024.

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