OITO ANOS DEPOIS de Achel Tinoco

 

 

 

 

 

Durval Carvalhal

 

 

 

 

 

 

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          Ainda carecente de lançamento, já está à venda, mormente na livraria Escariz do Shopping Barra, Salvador, o mais novo livro do escritor e poeta baiano Achel Tinoco.

          O título, OITO ANOS DEPOIS, traz-nos 56 poemas sobre um romance que tinha tudo para frutificar bons frutos; mas, foi ledo engano; e ele fotografa sua vida amorosa em poemas saborosos, rítmicos, ricos de imagens e de tristezas.

          É uma obra gostosa e fácil de ser lida; lida de uma assentada; eu a li em três pedacinhos de manhãs frias, enchendo-me de alegria e concitando-me a relê-la, e é o que já vou fazer.

          No romance “O Conto da Ilha de Itaparica”, ele afirma que “A história é sempre a que a gente vive, nunca a que agente conta”. Em Oito Anos Depois, ele conta, com ternura e acidez, a história que ele viveu.

          Essa epopeia poética começou com LEGADO em 03/12/22 e findou com CONTRAREGRA em 05.05/24. Lembra Memorial de Aires de Machado de Assis que, quase que diariamente, romanceou sua vida cotidiana ao longo de 1888 e 1889.

          Na página 84, o poeta distribuiu preciosidade:

“Nunca foi nada... mas tinha todos os sonhos do mundo. Na mente, a mulher nua” /// “... Não me deste um abraço, um olhar que ficasse para trás, nenhuma lágrima”...

“mas, se não me olhas nos olhos, não tenho como compreender teu coração”... “Uma despedida sem abraço é apenas um “até logo” sobre a ponte caída”.

“Não é possível crer que alguém tão especial, tão artista, tão sensível como tu... sejas assim dominado sem luta, sem leitura, sem música”.

“Quando penso que vou dormir, o quarto se enche de imagens tuas: o teto ressurge, o dia amanhece. Eu não dormi”.

“O olhar foi se afastando de nós/ A gravidade da tua voz/ O meu riso afundou-se no rio”.

          O amor e as mulheres andam de braços dados pela oceânica estrada literária. Sem essas duas personagens, “a boa literatura teria dificuldades de apresentar-se como boa literatura":

Julieta de Shakespeare, Capitu de Machado de Assis, Lucíola de José de Alencar, Luísa de Eça de Queiroz, Gabriela de Jorge Amado, entre muitas outras.

          O amor é a união de duas criaturas imperfeita; daí, as frustações amorosas acontecerem normalmente.

          Como eu digo no poema LANCE:

O amor é coisa pura

Que sai do coração e

Transcende a razão;

E é algo que tortura

Quando alguma paixão

Vira frustração.

 

Salvador, Ba, 11 de julho de 2024.

 

“A leitura favorece a melhora da escrita, expande o vocabulário, trabalha a criatividade e auxilia na formação do senso crítico (capacidade de reflexão sobre algo)”.

 

 

 

 

 

Durval Carvalhal
Enviado por Durval Carvalhal em 13/07/2024
Reeditado em 15/07/2024
Código do texto: T8106192
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