Varões Assinalados - Tabajara Ruas - Em Pajada

A história do Rio Grande no romance de Tabajara Ruas, refletindo sobre o contexto histórico e literário pós enchente, onde na tarde de hoje se abria comissão em Brasília sobre a reconstrução, penso que é só uma discussão, como aquelas dos meus ancestrais italianos Carbonarios, mas que ouso puxar um cepo em Cruz Alta-RS, com ancestrais de muitas guerras, para discutir o futuro dessa cercania, nada melhor que uma pajada em resenha, para homenagear esse maravilhoso e altaneiro livro:

Varões Assinalados - Tabajara Ruas

Num rincão do Sul, bravura se ergue

Tabajara Ruas, mestre da caneta

Resenha traça, história se entrega

Rio Grande é sentinela, terra que inquieta

Ruas pinta com palavras, a saga antiga

De um povo que brada, com força e estigma

Nas páginas de sua obra, a alma se revela

Luta e resistência, a gaúcha aquarela

“Nosso Rio Grande, vigilante, se avista

Para o Rio da Prata, sua mira não desista

Clama por respeito, dignidade e justiça

Contra déspotas de fancaria, ergue a crista

Imperial governo, ouça o que exigimos

Um presidente de confiança, que acolha destinos

Pelo progresso, pela honra, nosso clamor

Separar-nos-emos, se faltar-nos valor.”

Tabajara, teu livro é como um grito

Ecoando no tempo, um ato bendito

Histórias de luta, de sangue e suor

Um povo que vive entre a paz e o horror

No papel teu Rio Grande ganha vida

Sentinela altiva, jamais se cansa

Com a espada na mão, honra é erguida

Liberdade e morte, entrelaça a dança

Assim é a resenha, um canto de luta

Um apanhado de bravos, onde a história escuta

Nos versos de Ruas, a bravura reluz

O Rio Grande é sentinela, sua chama seduz

Decimar da Silveira Biagini

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