O significado da metafísica
A obra prima “Tratado da Metafisica” de Georges Gusdorf trata sobre o problema do começo da filosofia na história, recorrendo a crítica do mito de Sócrates e a definição restritiva e ocidental da metafísica. Há um tempo da filosofia para o tempo humano e se questiona haver filosofia sem filósofo. O livro aborda o que é a Metafísica, quando se trata da sua conversão da resistência do fator humano a várias reduções de pensamentos, como a a meditação que abre um caminho de uma pergunta para uma resposta no seu movimento perpétuo. O filósofo parte para o obstáculo da s instituições e a hipoteca da universidade avaliza num batismo metafísico do espanto e do círculo vicioso de um sistema de pensamento, que todo filósofo fará suas questões e desejarão suas respostas satisfatórias Toda doutrina filosófica tende a negar suas origens humanas, mas toda doutrina é na realidade a encarnação de uma história transcendental. Conforme Descartes, há uma conversão da passagem para o ininteligível, que é o racionalismo da troca da existência com a essência. O inevitável recurso ao mito remete a uma verdade como linha de vida, cujo significado eventual é a resolução filosófica. A segunda conversão é não matar o tempo para entender a metafísica como reveladora do mundo como ciclo, que não tem começo ou fim, mas um todo de que todo início tem um fim e depois o recomeço e assim, sucessivamente. A verdade da metafísica é uma ilusão da soberania dos reis e filósofos, que utilizam o despotismo da razão e o fim da história. O filósofo não é o mestre do tempo e a verdade não pertence a ninguém. A metafísica é a manutenção da humanidade consigo mesma ao longo da história, que sempre terá um mestre e um discípulo, com seu devido trabalho como meio de comunicação e significado de repetição num jogo de significados. A verdade é um pacto de comunicação, é um serviço a ser realizado no testemunho, uma figura fugitiva da história da filosofia. O grande filósofo busca a última verdade que justifica uma comunidade de invocação. A gênese da metafísica é o olhar humano que sustenta o mundo que se sustenta com fundamentos pré-refletidos da organização do universo. O sono dogmático do instinto e o despertar do pensamento marca a entrada no mundo do mito e com suas liturgias de repetição, que imobiliza a vida. Ao evoluir, o mito passa por uma transição para a metafísica, que faz pensar o estado do problema. A história dos impérios mostra o comportamento categorial e mede o espaço, a diversidade da vida social e pessoal até chegar a sublimação e arbitragem de instintos e mitos, recorrentes sobre a consciência. O filósofo se esforça para afastar a desorientação do homem no mundo e a insegurança da história com a devida reflexão pela razão, reúne poderes do conhecimento divididos entre especialistas para sua devida função específica. A ciência e a metafísica se originam na solidariedade da física de uma recorrer a outra para os devidos argumentos. A ciência sempre vai ameaçar o dogmatismo teológico e o dogmatismo metafísico também, uma vez que a experiência tem sua própria autonomia na constituição de todas as coisas materiais. A afirmação cientificista pode proporcionar seu próprio fracasso e a promoção metafísica da ciência faz surgir o neopositivismo com suas críticas. O filósofo, geralmente, é fascinado pela matemática e sua conceituação científica não cobre todo o domínio humano. As ciências positivas precisam de um fundamento metafísico para existirem com sua devida complexidade. O preconceito humano e das coisas faz a metafísica dever se libertar do sentido de unidade humana. A crítica ao Absoluto é a pedra filosofal da metafísica, o esplendor e a miséria da própria filosofia. O paradoxo da participação do relativo ao absoluto é uma ferida aberta ao dogmatismo, o que faz ser referência originária a experiência para se transpor além do discurso teórico. A experiência e a eternidade no tempo são temas místicos para filosofia, pois o Absoluto é o sagrado da metafísica e a Teologia traz lembranças do absoluto a própria Metafísica. A revelação histórica do crente e a verdadeira ideia dada pelo pensador é um perigo para ideia do absoluto incógnito que permite então se ausentar no pensamento do filósofo. O absoluto é apenas o foco imaginário de um campo mental e espiritual. E a realidade humana do absoluto é o coração da expressão total. Portanto, metafísica é a apreensão da mente daquilo que o pensamento ultrapassa do que abstrai e conceitua.