Eugénie Grandet - Balzac
Balzac em grande forma narra os infortúnios da filha de um avarento apaixonada pelo próprio primo, que não merecia seu amor
Honoré de Balzac - Eugénie Grandet, Porto Alegre, L&PM, 2006
O francês Honoré de Balzac (1799-1850), ou simplesmente Balzac, dispensa maiores apresentações. Quem nunca o leu deveria fazer isso com urgência e quando tiver em mãos uma de suas obras mais conhecidas, por exemplo, Ilusões Perdidas, vai ficar convencido de estar frente a um dos maiores romancistas de todos os tempos.
Mas também pode começar por Eugénie Grandet, história romântica não muito longa e bastante interessante.
Resumindo a trama: Eugénie é uma moça inocente e sonhadora, apaixonada pelo primo Charles, que no fundo não a merecia. É totalmente controlada pelo pai, o avarento senhor Grandet, que por sua sovinice se torna um dos personagens mais curiosos de Balzac e da literatura francesa, rivalizando com o Harpagon de Moliére, da peça O Avarento.
Por seu comportamento avaro o sr. Grandet se torna igualmente cômico e dá a essa história momentos hilariantes. Destaque também para a bondosa sra. Grandet, mãe de Eugénie, e Nanon, a empregada da família, que era muito mais do que uma simples serviçal.
Ótimo livro, recomendo. E depois, se puder e quiser, veja o filme homônimo de 2021, dirigido por Marc Dugain e interpretado por ótimos atores europeus. Joséphine Japy é Eugénie Grandet, Olivier Gourmet faz seu pai, Félix Grandet, Valérie Bonneton faz a mãe dela Madame Grandet, César Domboy é o primo Charles Grandet e Nathalie Bécue faz Nanon.
Em suma, vale a pena ler o livro e ver o filme.