O conto do menino do bosque

 

O CONTO DO MENINO DO BOSQUE

Miguel Carqueija

 

Resenha do livro infantil “O menino do bosque”, de Renato Sêneca Fleury. Edições Melhoramentos, Biblioteca Infantil nº 78, 5ª edição, sem data. Ilustrações de Parlagreco. Orientação da coleção: Professor Lourenço Filho.

 

A história do cachorro Piloto e de Conrado, o menino da floresta, é clássica na literatura infantil. Não se esclarece em que lugar ocorre.

É uma dessas histórias fabulísticas de enredo simples. O lenhador pobre e viúvo criou seis filhos, todos homens; só um deles, o caçula, Conrado, ainda era bom; os outros eram maus e egoístas. O pai morre e os cinco adultos resolvem abandonar o garoto longe de casa. O cão Piloto, porém, vai atrás e ajuda o menino perdido na floresta. A história lembra um pouco o episódio bíblico de José do Egito.

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O opúsculo ainda apresenta outro conto do mesmo autor: “A mesa, o burro e o cacete mágico”. Como de costume as mágicas acontecem sem qualquer explicação: uma mesa que, dando-se nela três pancadas, se enche de comida de boa qualidade; um burro que, abrindo-se-lhe a boca, dela caem moedas de prata; e um cacete que, alisado, ataca quem lhe seja apontado.

Os três filhos de um sapateiro pobre, Joanico, Juquinha e Maneco, por serviços prestados a uma velhinha misteriosa irão ganhar esses itens mágicos — veremos, na história, o que então acontece.

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Fiz uma pesquisa sobre Renato Sêneca Fleury (1895-1980) e fiquei sabendo que ele foi um educador de prestígio, tendo atuado muito no campo da educação rural. Paulista, autor de muitos livros, seja de pedagogia ou de fábulas, portanto enfileirando com Malba Tahan, Thales Andrade, Francisco Marins, Hernani Donato e Viriato Correia — autores que enobrecem as letras nacionais.

 

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro a 10 de março de 2024.