Relíquia viva - Ivan Turguêniev
Relíquia viva faz parte de uma antologia publicada no Brasil em 2011 mas foi publicado inicialmente em 1852.
Dois amigos saem para caçar, porém, devido à chuva não foi possível dar continuidade. Ermolai recomenda que ele e Piotr pernoitem num sítio de posse da mãe de Piotr e de que ele nem fazia ideia (obviamente). Chegando lá ele avista o apiário e segue por um atalho que dá no galpão. Neste lugar ele encontra uma velha conhecida numa situação deplorável. No entanto, da perspectiva dela, sua condição nada tem de penosa ou lamentável. E é aí que está o pulo do gato!
Fé, solitude, contentamento e resignação, a curiosidade sobre a desgraça alheia e o quanto ela nos ensina, mindfulness, autossuficiência, deficiência da medicina naquela época, solidariedade, oralidade. Como funciona esse incômodo que mexe com a gente ao ver o sofrimento alheio, mas ao mesmo tempo, como alguns riem disso.
Qual é a medida do sofrimento? Uns sofrem mais que outros? Como mensurar isso?
Sofrimento/prazer e beleza são aspectos subjetivos da vida.
Um ponto que imagino ter sido problema para Ivan ao publicar seja a crítica às personalidades da igreja.
Como é possível um conto tão curto gerar tantas indagações e sentimentos?!