O QUE ME FALTA...
- HELLEN - fevereiro de 2004 -
Págs. 31 - 40
Considero este capítulo um divisor de águas do romance.
Fazendo uma analogia com a monarquia, diria que ...
O Rei se foi e a Rainha assume o trono, mas para tanto terá de enfrentar as intransigências e contrariedades dos Príncipes herdeiros, principalmente do primogênito.
As Princesas por outro lado, juntamente com a Rainha, desejam a união da família real.
O problema é que, mesmo morto, o Rei ainda exerce forte influência nos Príncipes, que ficaram impregnados dos sentimentos racistas e machistas do Pai.
Voltando ao status quo ...
Estou me segurando para não dar uma expiada no capítulos finais, estes acontecimentos me deixam angustiado, porque sabemos que o propósito principal do livro está relacionado ao Alzheimer.
Então já fico imaginando Anna perdendo suas faculdades mentais, e mais uma vez, sua independência - primeiro para o marido opressor, agora para a doença.
Imagino também, Heinz se oportunizando da mazela da mãe para colocar em prática seu objetivo, que é assumir o comando da casa e dos bens.
Tomara que sejam somente fruto da minha imaginação, não quero pensar nas consequêcias disto para Hellen e sua irmã, e muito menos, para a Anna.
Aplausos para Anna, que no primeiro round colocou os filhos nos seus devidos lugares.
Espero sinceramente que o Alzheimer esteja longe, e Anna possa desfrutar por um bom tempo a sua nova vida, liberta das amarras da submissão.
Anna, estou torcendo por você!