A Máquina do Tempo - H. G. Wells
"Não há inteligência onde não há mudanças."
Durante um jantar em sua casa, O Viajante do Tempo conta a algumas pessoas (convidados?) sobre sua criação, A Máquina do Tempo e ao duvidarem de sua funcionalidade ele faz uma demonstração. Ao retornar, ele relata outra de suas viagens, a qual se deu para o ano de 802.701. Isso porque segundo ele não existe apenas a terceira dimensão, onde podemos ir para a esquerda, direita, pra cima e pra baixo, existe o Tempo como um objetivo, uma medida de espaço. Se entendi bem.
A forma como a narrativa é construída, primeiro com algum diálogo entre os convidados e o anfitrião, depois segue apenas um monólogo em que ele conta como foi sua estadia no ano 802.701 d.C.
É curioso que mesmo tendo consciência de que ele já foi e já voltou, pois afinal, está relatando essa aventura aos convidados, não deixei de me surpreender e ficar curiosa sobre o que aconteceria depois de certos apuros que ele passou nesse lugar do tempo.
Me fez lembrar de vários filmes/livros como Lucy, As Viagens de Gulliver (por causa das criaturinhas Elóis e Morlocks), De volta para o Futuro, 1984, Interestelar e algo de Cavernas de Aço.
Parece uma mescla de utopia com realidade, principalmente quando ele descreve as desigualdades sociais. Mas tem também uma boa dose de evolucionismo, na forma como o corpo se modificou para se adaptar às novas condições climáticas.
Como li em audiolivro com duração de quase quatro horas, li no mesmo dia e foi uma experiência muito agradável.