Resenha sobre o Livro "1984"

O livro 1984 foi escrito pelo autor indiano George Orwell. Ele terminou de escrever o livro em 1949, e um anos após (1950) ele morreu. O livro retrata a figura de um cidadão chamado Winston Smith que vive num país oprimido pela repressão governamental da "Oceania", onde a figura do Partido e do Grande Irmão predomina na sociedade. Todos os cidadãos são vigiados constantemente, inclusive no interior das suas casas, pelas chamadas teletelas, que além de vigiar, ditam a execução de algumas atividades diárias da sociedade, como ,por exemplo, o horário das atividades físicas.

Winston, o autor principal, trabalhava no Ministério da Verdade refazendo textos de acordo com a verdade do "Partido" para serem publicados para sociedade. Na sua descrição literária ele tinha 39 anos, e apesar das atividades desenvolvidas para o "Partido", o mesmo era contrário, de forma não explícita, as formas autoritárias do governo, cujo lema era GUERRA É PAZ, LIBERDADE É ESCRAVIDÃO, IGNORÂNCIA É FORÇA.

Em certo momento, Winston conheceu uma garota (Júlia), que apesar de trabalhar para o "Partido", também era contrária aos métodos governamentais. Eles viveram um grande romance, coisa que não era permitida pelo "Partido", pois o sexo era apenas para geração de novos membros do "Partido", e após alguns encontros foram denunciados e capturados pelos membros do "Partido". Júlia, apesar de ser 10 anos mais nova que ele, tinha muita vivência e experiência pelo seu envolvimento com as ações do "Partido". E, entre um das frases que lhe foi retratada, uma ela exemplificou a Winston: "sempre grite com multidão, é o que eu digo. É o único jeito de estar segura".

Ambos, Winston e Júlia, foram presos, e a partir daí apenas os acontecimentos de Winston foram narrados. Na prisão ele passou por privação de comida por vários dias, até ficar em condição cadavérica, e a partir daí começou a ser torturado com intuito de aceitar as verdade do "Partido", como por exemplo: 2+2 = 5. Ao final, Winston terminou "aceitando" os métodos e filosofia do "Partido", mas acabou sendo morto supostamente com um tiro na nuca, como acontecia com todos os ex-prisioneiros, que tinha aceitado o "Partido". Nada adiantava aceitar o "Partido", tudo acabava na morte!!

Alguns trechos do livro são marcantes e retratam a realidade da sociedade moderna. Nesse sentido, podemos citar o trecho: "com o desenvolvimento da televisão e o avanço técnico que tornou possível receber e transmitir simultaneamente no mesmo aparelho, a vida privada chegou ao fim. Cada cidadão, ou ao menos cada cidadão importante o suficiente para justificar a vigilância, poderia ser mantido vinte e quatro horas por dia sob o olhar da polícia e ao alcance da propaganda oficial, com todos os outros canais de comunicação interrompidos. A possibilidade de impor não apenas a completa obediência ao desejo do Estado, mas completa massificação sobre todos os assuntos, passava então a existir pela primeira vez".

O livro retrata, em sua plenitude, a realidade de 57 países de acordo com estudo publicado pela Freedom House, ONG americana que monitora as democracias ao redor do mundo (https://planetrulers.com/current-dictators/). Na realidade brasileira, de acordo com a disponibilização das informações nas mídias, as mais conhecidas são: as da Coréia do Norte, Cuba e Venezuela.