Para o Lobo

Red, como Segunda Filha, tem um destino a cumprir: ser entregue à floresta de Wilderwood, para o Lobo, para que seu reino fique livre dos monstros e os 5 Reis sejam libertos. Sua irmã gêmea, Neve, Primeira Filha e futura rainha, não se conforma em ver a irmã como sacrifício. Isla, Rainha e mãe delas, não é muito maternal com Red. com a frieza e distância servindo como escudo contra uma futura perda.

Red está conformada com sua sina, e está mais do que disposta a se sacrificar. Mas esse não é o único motivo para ela se jogar na floresta obscura... ela tem um poder fatal e, indo para Wilderwood ao encontro do Lobo, ela acredita estar protegendo quem ama.

Ao chegar lá, porém, ela percebe que o Lobo não é um monstro , e sim um homem, que lhe dá a opção de ser livre, embora Red esteja firme quanto à sua decisão de se manter junto com ele. Tomando essa decisão ela poderá enfrentar um monstro muito maior: a sede de Wilderwood por seu sangue.

Considerações:

Para o Lobo é uma história bem envolvente, desde o início é perceptível que a narrativa tem uns pontos de tensão que preparam o leitor para um desenrolar misterioso e de magia sombria. Os protagonistas, através de diálogos e das próprias caracterizações, também nos aproximam e nos conectam com o mundo criado pela autora.

O heroísmo aplicado aos "mocinhos" vai de acordo com as circunstâncias e faz todo um diferencial no enredo. A magia, de acordo com diferentes perspectivas, e como costumamos ver por aí, é manipulada para o bem ou para o mal. E isso é o mais bacana, porque a magia que até então estava extinta em Valleyda, surge e se aprimora, acrescentando à parte romântica do livro um fervor.

Acredito que esse primeiro livro da duologia Wilderwood seja ótimo tanto pra quem já costuma ler o gênero como pra quem tá começando, por não ser tão complexo e ao mesmo tempo bem embasado, já que tudo vai se explicando e abrindo questionamentos em paralelo, dando aquele gostinho de quero mais no final.