Uma vida com Propósitos- Para que estou na Terra - Rick Warren.

Projeto de resenha do Livro: Uma vida com propósitos - Para que estou na Terra, do autor Rick Warren, para o Ministério Joquebede - Mães que confiam no Senhor, desenvolvido no mês de maio, em homenagem ao dia das Mães e mês dedicado a Família, pela Primeira Igreja Batista- no município de Matelândia- PR.

A resenha foi sendo enviada por áudio no whatsApp, durante 42 dias ( 1 áudio por dia) à grupos de mulheres e multiplicado por tantas outras pessoas.

Compartilho aqui para que este material possa chegar ainda mais longe e alcance o máximo de pessoas, que assim como eu, buscam o SEU PROPÓSITO para está vida.

Que Deus abençoe.

Uma vida com propósitos - Para que estou na Terra - Rick Warren

Resenha por Viviane Arteman Sidor

Introdução:

Quando ganhei esse livro, o primeiro desejo era de lê-lo rapidinho. Imaginando que fosse como tantos outros livros que já li. Porém, "Uma vida com propósitos", é um livro diferente. Ele me fez refletir. Tanto, que comecei, parei, comecei de novo, abandonei, voltei a ler, mas não conseguia seguir a leitura. Precisava definir o meu propósito para continuar. Mulher, casada, filhas criadas, resolvida e realizada profissionalmente. Viajamos uma vez por ano, pelo menos. Faço o que gosto. Divirto-me, leio, nos reunimos em família. O que mais poderia querer? Sonhos, perspectivas, ideais? Aos 46 anos que propósitos eu tenho?

E no dia 01 de fevereiro deste ano, depois de um estudo bíblico e uma noite de reflexões (a respeito do livro que eu carregava pra baixo e pra cima), já no amanhecer do novo dia, um sonho, uma visão, como se fosse real, como se pudesse tocar com as mãos, escrito em uma tábua, estava o Meu propósito. E eu falava em voz alta e os meus ouvidos podiam escutar a minha própria voz no sonho. Acordei, pensei sobre o propósito e certa de que daquele dia em diante conseguiria ler e terminar o livro, mas acima de tudo preciso por em prática o meu propósito. Preciso viver esse propósito.

Talvez compartilhar essa leitura e ajudar outras pessoas a encontrar o SEU PROPÓSITO faça parte dos planos de Deus, para que eu possa alcançar o MEU PROPÓSITO. Não por mérito ou capacidade, mas pelo amor e cuidado que Deus tem tido comigo. E quem sabe ainda, no fim a gente descubra que nossos propósitos sejam os mesmos e TODOS NÓS QUEIRAMOS O MESMO E TENHAMOS O MESMO PROPÓSITO.

QUERIDA MÃE, MULHER, ESPOSA OU JOVEM, te convido a caminhar comigo nesses quarenta dias de leitura. Refletir sobre a sua vida e encontrar o SEU PROPÓSITO, assim como encontrei o meu.

Este projeto é dedicado a você. Deus planejou este momento de reflexão. Ele anseia que você descubra quem você é e para quê foi criado, escolhido e amado.

Inicio a reflexão, resenha ou resumo desta obra com o versículo "Uma corda de três cordões é difícil de arrebentar"! Seremos nós (todas as MÃES, MULHERES, ESPOSAS OU JOVENS), você e Deus nestes 40 dias de busca pelo propósito de uma nova vida.

Vamos lá!

Dia 1 - Tudo começa com Deus.

O propósito da sua vida é muito maior do que qualquer coisa que você é faça ou tenha. Nada disso importa. Profissão, conta bancária, bens materiais, sonhos realizados ou até mesmo a família não são critérios ou condição para você encontrar ou viver o SEU PROPÓSITO. Somos egocêntricos, olhamos para o nosso próprio umbigo, nos fixamos no EU, "o que EU sou?", "o que EU tenho?"; "o que EU quero ser?"; "o que EU devo fazer? É preciso recorrer ao Criador, nós somos uma invenção D'Ele. Só quem nos criou, pode definitivamente saber para que fomos criados. Eu, você e todas as coisas deste mundo fomos feitos por Deus e para Ele. Somente em Deus descobriremos nossa origem, identidade, significado, destino, importância ou propósito. Entre milhões de espermatozoides, no momento da fecundação do óvulo, Deus escolheu você. Fez você com todas as suas características e você é único neste mundo. O seu Propósito foi definido quando você foi feito por Deus.

Deus deixou nas páginas da Bíblia todas as respostas para encontrar o seu propósito. Ela é o nosso manual de instruções. Para descobrir o seu propósito de vida, você deve recorrer à Palavra de Deus, não à sabedoria do mundo. Deus não é apenas o ponto de partida de nossa vida: é a fonte dela. Você descobre sua identidade e propósito se relacionando com Jesus. Pois Deus já pensava em você muito antes de você pensar a respeito Dele. O propósito determinado por Ele para sua vida é anterior à sua concepção. Ele planejou isso antes que você existisse e sem sua contribuição. Assim como você, eu pude escolher minha carreira, meu cônjuge e tantas outras coisas, mas não podemos escolher o propósito. E o mais magnífico de tudo isso é que o propósito de vida encaixa-se em outro propósito maior e cósmico, que Deus planejou para a ETERNIDADE.

Vamos pensar sobre o nosso propósito?

Não somos o foco.

Apesar de todos os argumentos a meu redor, como posso me lembrar de que a vida é na verdade viver para Deus, mas não para mim mesmo? Em Colossenses 1, 16, diz: Pois tudo, absolutamente tudo, acima e abaixo, visível e invisível, tudo começou Nele e Nele encontra propósito... Todas as coisas... Começaram Nele, e Nele encontram propósito.

Dia 2 – Você não é um acidente.

Eu sou seu Criador. Você estava sob meus cuidados mesmo antes de nascer. Isaías 44,2. É isso mesmo, você foi amado, planejado, esperado, desejado, criado e concebido na mente de Deus, antes de nascer já era Dele. Deus foi o primeiro a pensar em você e o quanto você é importante para Ele. Deus quis criá-lo.

Todos os detalhes do nosso corpo, todas as suas características. Tudo sob medida, exatamente como você é, foi criado por Deus. Suas habilidades e talentos, sua personalidade. E você é perfeito aos olhos de Deus. Obra criada por Ele. E Ele nos fez por um motivo, tudo foi pensado por Deus: o dia do nosso nascimento e da nossa morte, como e em que circunstâncias, os seus pais, bons ou ruins, presentes ou indiferentes. Dois indivíduos diferentes, com o DNA que Deus precisava para formar VOCÊ.

Ainda que existam pais ilegítimos, não existem filhos ilegítimos. Mesmo que um filho não tenha sido planejado pelos pais, não foram imprevistos para Deus. Deus nos fez para um propósito, desconsiderando um erro humano ou o pecado. Cada pessoa foi idealizada com um propósito definido por Deus.

Deus Maravilhoso, já pensava em você antes de criar o mundo. Você foi o motivo de Deus tê-lo criado.

Para Deus nada é aleatório. Ele planeja tudo com extrema precisão. Fez todas as coisas que estão no mundo e nos criou para vivermos neste mundo, porque é um Deus de AMOR. Você foi criado para ser um alvo especial do amor de Deus. Ele o fez para amá-lo. E é sobre essa verdade que precisamos edificar nossa vida.

Deus não errou ao nos criar. Nos fez perfeitos. Únicos. Singulares. Somos criaturas amadas de Deus. Fomos criados por Ele e para Ele. Por isso, nossa vida tem uma razão, tem significado profundo e vamos descobrir e entender quando tomamos Deus como ponto de referência.

E lembre-se: Você não é um acidente.

“Eu sou seu Criador. Você estava sob meus cuidados mesmo antes de nascer” (Isaías 44, 2).

Dia 3 – O que dirige sua vida?

Thomas Carlyle escreveu: O homem sem propósitos é como um barco sem leme, um vira-lata, um nada, um ninguém.

Que força motriz dirige a sua vida?

É possível que uma lembrança, uma dor, um problema, um temor ou uma crença inconsciente, valores ou emoções, estejam dirigindo a sua vida.

Muitos são dirigidos pela CULPA. Passamos uma vida inteira fugindo do remorso e da culpa, ocultando a vergonha, manipulados pelas lembranças. E permitimos que o passado controle o presente e o futuro. Frequentemente, nos punimos, nos sabotamos. Seguimos como folha seca, empurrados, levados pelo vento, sem um propósito.

Somos produtos do nosso passado, mas não prisioneiros dele.

Olhe para frente. Deus pode fazer coisas maravilhosas com o restante da sua vida. Deus é especialista em dar às pessoas um novo começo.

Muitos são dirigidos pelo RESSENTIMENTO e pela RAIVA. As pessoas reagem de forma diferente a esse sentimento, alguns se fecham, outros explodem. Ambas são nocivas e inúteis.

O ressentimento sempre machuca mais o ofendido que a pessoa que o ofendeu. O ofensor esquece o insulto, segue em frente, enquanto o ofendido continua angustiado em sua dor, perpetuando o que aconteceu. Aqueles que o magoaram no passado, não poderão continuar a feri-lo, a menos que você se agarre a essa dor por meio do ressentimento. Para o seu próprio bem, aprenda como passado e mande para bem longe.

Muitos são dirigidos pelo MEDO. Os temores resultam de experiências traumáticas, expectativas fantasiosas, crescimento em um lar extremamente severo ou predisposição genética. O medo nos tira oportunidades nos poda, nos limita e encarcera. O medo o impede de se tornar o que Deus pretende para você. Use as armas da fé e do amor. Com Deus não existe medo.

Muitos são dirigidos pelo MATERIALISMO. A concepção equivocada de que possuir mais me tornará mais feliz, mais importante e mais protegido. São três expectativas falsas. Os bens materiais trazem felicidade apenas temporária. Nosso valor não é determinado por nossas posses, e Deus deixa claro que as coisas mais valiosas da vida NÃO SÃO OS BENS MATERIAIS. Tudo é perecível. A verdadeira segurança só pode ser encontrada naquilo que NÃO PODE SER TIRADO DE VOCÊ – SEU RELACIONAMENTO COM DEUS.

Muitos são dirigidos pela NECESSIDADE DE APROVAÇÃO. Os que seguem a multidão quase sempre acabam perdidos nela. As expectativas alheias não podem controlar sua vida. Não existe uma chave para o sucesso, mas uma chave para o fracasso é tentar satisfazer a todos e ser controlado pela opinião dos outros é uma forma de jamais atingir o propósito de Deus para sua vida.

Nada é mais importante que conhecer os propósitos de Deus para sua vida. Sem um propósito sua vida passa de um movimento sem sentido, uma atividade sem direção ou uma série de acontecimentos sem motivo. Sem um propósito a vida é banal, mesquinha, inútil.

Conhecer o propósito de sua vida faz com que ela tenha sentido e quando a vida faz sentido, você pode suportar quase tudo, do contrário, ela se tornará insuportável. E sem Deus, a vida não tem propósito; sem um propósito, a vida não faz sentido. Sem sentido, a vida não tem relevância nem esperança.

E sim, a maior de todas as tragédias não é a morte, mas a falta de propósitos na vida. E a esperança é tão essencial para a vida quanto o ar e a água. É preciso esperança para lutar. A esperança é resultado de se ter um propósito.

Se você tem se sentido sem esperanças, não desista! Mudanças maravilhosas acontecerão em sua vida quando você começar a viver com propósitos. Deus é capaz de fazer muito mais do que nós jamais ousaríamos pedir ou imaginar. Eu creio!

Conhecer seu propósito simplifica sua vida. Define o que você faz e o que não faz. O proposto é padrão que avalia suas ações. Quem não conhece seu propósito exagera nas atividades, e fica cansado, estressado, fadigado e cheio de conflitos. Encontrar seu propósito evita que você faça mau uso do tempo. Seu tempo é suficiente apenas para fazer a vontade de Deus e assim alcançar a paz.

Conhecer seu propósito ajuda a estabelecer prioridades. Você vai poupar energia, esforços, tornando eficiente ao ser seletivo. Estamos cercados por distrações sem objetivos. Sem um propósito definido ficamos mudando de rumo, de emprego, de relacionamentos; na esperança de que cada mudança seja definitiva ou preencha o vazio em seu coração. Há diferença entre atividade e produtividade. Estamos ocupados e não direcionados.

E não há nada tão poderoso quanto uma vida direcionada, isto é, vivida com um propósito.

Conhecer seu propósito irá prepara-lo para a eternidade. Criar um legado, ter seu nome escrito, ser lembrado... Passamos a vida ocupando nosso tempo com isso e um dia nada disso fará diferença. Homenagens, troféus ou prêmios serão esquecidos. Deus quer um legado eterno. Você foi colocado aqui a fim de se preparar para a eternidade. E diante de Deus, Ele fará duas perguntas: “O que você fez com meu Filho, Jesus Cristo? “ou” Você aceitou o que Jesus fez por você, aprendeu a amá-lo e a confiar nele”?

A segunda: “O que você fez com o que eu lhe dei”? Isto é, o que você fez com sua vida, dádivas, talentos, oportunidades, energia, relacionamentos, recursos, enfim, tudo o que Deus deu a você?

A primeira irá determinar onde você passará a eternidade. E a segunda, determinará o que você fará na eternidade.

O que está dirigindo a sua vida? O que te move? Te dá esperança? Quais são as suas prioridades e como você tem usado seu tempo?

E lembre-se viver com propósito é o caminho para a paz.

“Tu, ó Senhor, dás paz e prosperidade às pessoas que têm uma fé firme, às pessoas que confiam em ti.” (Isaías 26,3).

Dia 4- Criado para ser eterno.

Eu creio! Esta vida não é tudo que temos.

A vida terrena é apenas um ensaio, um teste, uma experiência, um aprendizado, uma preparação, a pré-escola, um treino, um exame prático para a eternidade. Temos um instinto inato que anseia pela imortalidade. Deus nos criou para vivermos eternamente. O corpo terreno é apenas uma residência temporária do Espírito. Nesta vida temos muitas opções, a eternidade nos concede apenas duas: Céu ou inferno.

Se aprendermos a amar a Jesus, o Filho de Deus, e a confiar nele, seremos convidados a passar a eternidade com Ele. Porém, se desprezar o amor, o perdão e a salvação que ele oferece, passaremos a eternidade separados de Deus.

Viver na eternidade com Deus requer viver com Ele neste mundo. Quando compreendemos que existe mais que o aqui e agora e que a vida é apenas uma preparação para a eternidade, começaremos a viver de forma diferente – viveremos à luz da eternidade e lidaremos com cada relacionamento, tarefa, ou circunstância de uma perspectiva nova.

À luz da eternidade, os valores mudam. Utilizamos mais sabiamente o dinheiro, o tempo e passamos a dar mais valor à sua personalidade e aos relacionamentos, em vez de valorizar fama, riqueza, realizações ou mesmo prazeres. Pois, cada ato de nossa vida faz soar um acorde na eternidade.

A eternidade é tudo o que você não vê sob a superfície. Toda maravilha, toda glória e grandiosidade que nos espera na eternidade, é inimaginável. Sem dor ou sofrimento, libertos, em paz e na presença de Deus. Somos os herdeiros do seu reino. E receberemos a herança da vida eterna.

Pensar na morte, que é inevitável, é preparar-se para a eternidade. Manter um relacionamento com Deus, por meio de Jesus Cristo, é a porta para a eternidade.

Há muito mais na vida que apenas o aqui e agora.

“Este mundo está desaparecendo juntamente com tudo o que ele almeja”. Mas se você faz a vontade de Deus, viverá para sempre. (1 João 2, 17).

Dia 5- Enxergando a vida do ponto de vista de Deus.

Como você vê a vida? Tantas respostas diferentes por pessoas diferentes. Cada um vê a vida sob uma perspectiva.

Mas se a pergunta fosse: “como você imagina a vida?”, as respostas seriam como metáforas, circo, festa ou corrida.

A Bíblia, porém oferece três metáforas que nos ensinam a visão que Deus tem sobre a vida: A vida é um teste, é uma incumbência de confiança e é uma atribuição temporária. Essas ideias são os fundamentos da vida dirigida por propósitos. Cheias de sonhos, valores e desejos.

A vida na Terra é um teste. Deus continuamente prova as pessoas quanto ao caráter, fé, honestidade, obediência, amor, honestidade e lealdade. Os testes tanto desenvolvem quanto manifestam o caráter da pessoa, e toda a vida é um teste. Deus nos observa constantemente quanto as nossas reações às pessoas, aos problemas, ao sucesso, aos conflitos, às enfermidades, às decepções e até mesmo o clima.

Somos testados por grandes mudanças, promessa adiadas, problemas insolúveis, orações não respondidas, criticas injustas e até mesmo tragédias sem sentido.

Deus testa nossa fé por meio de problemas, pela esperança, modo de lidar com o que está em minhas mãos; meu amor, por meio das pessoas.

Nada é insignificante em nossa existência. O menor incidente é relevante para o desenvolvimento do caráter. Cada dia é importante e cada segundo é uma oportunidade para demonstrar amor ou para depender de Deus.

Deus quer que sejamos aprovados nos testes, por isso jamais permite que enfrentemos testes maiores que a graça que nos concedeu para lidar com eles. Toda vez que somos aprovados num teste, Deus toma conhecimento e faz planos para nos recompensar na eternidade.

A vida na Terra é um cargo de confiança – um ato de fé.

Somos administradores de tudo que Deus nos dá. Tudo que está no mundo para cuidar e administrar, reconhecendo que Deus é o dono de tudo e de todos. No final da vida, seremos avaliados e recompensados conforme o desempenho ao lidar com o que Deus nos confiou. E Deus nos promete recompensas na eternidade: receberemos o reconhecimento de Deus, receberemos uma promoção e uma responsabilidade ainda maiores na eternidade e seremos honrados na comemoração.

Jesus disse: “Há quem muito foi dado, muito será exigido; e há quem muito foi confiado, muito mais será pedido.” A vida é um teste e um cargo de confiança, e, quanto mais Deus dá, mais responsável ele espera que sejamos. (Lucas 12,48).

Dia 6- A vida é uma atribuição temporária.

A Terra não é nosso lar definitivo: fomos criados para algo muito melhor, a Eternidade!

Somos forasteiros, peregrinos, estranhos, visitantes ou viajantes, estamos de passagem neste mundo.

Peça a Deus para ver esta vida como Ele a vê.

Assim como Davi orou: “Senhor, me mostra-me o pouco tempo que me resta aqui. Mostra-me como a vida é curta e eu sou frágil” (Salmos 39, 4).

A vida terrena é comparada a uma habitação temporária. Nossa identidade está no lar eterno e nossa pátria é o céu. Assimilando essa verdade, deixamos de nos preocupar em “ter tudo na vida”.

Teremos momentos felizes aqui, mas nada comparado ao que Deus tem planejado para nós.

Com a concepção de que a vida na Terra é apenas uma atribuição temporária alteramos completamente nossos valores. Valores eternos, não temporários, tornam-se fatores determinantes em nossas decisões. Podemos perder tudo, todas as coisas materiais, chegar ao fim desta vida com as mãos vazias, mas o fim da vida não é o fim de tudo.

Aos olhos de Deus, os maiores heróis da fé não são os que alcançaram prosperidade, fama e poder nesta vida, e sim os que a tratam como uma atribuição temporária e serviram fielmente, aguardando a recompensa que lhes foi prometida para a eternidade.

O tempo neste mundo não é toda a história de sua vida. É preciso ter fé para viver neste mundo como estrangeiro.

Quando a vida fica difícil e somos subjugados pelas dúvidas ou quando imaginamos se viver para Cristo vale o esforço, lembremos que ainda não chegamos ao lar. Na morte, não iremos embora de casa: voltaremos para casa, para o nosso lar definitivo, para o céu.

Sou estrangeiro neste mundo. Eu quero morar no céu!

“Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (2 Coríntios 4,18).

Dia 7 – A razão de tudo.

Tudo é para Ele! O objetivo fundamental do Universo é demonstrar a glória de Deus.

Essa é a razão pela qual tudo existe, incluindo eu e você. Deus criou todas as coisas para a glória dele. E se não fosse a glória de Deus, não haveria nada.

A glória de Deus é o que Ele é. É a essência de sua natureza, o peso de sua importância, o brilho de seu esplendor, a demonstração de seu poder e o ambiente de sua presença. É expressão de sua bondade e de todas as outras qualidades intrínsecas e eternas.

Basta olhar ao seu redor. Tudo o que foi criado reflete a glória de Deus.

Deus é poderoso, e aprecia a diversidade, ama a beleza, é organizado, sábio e criativo. A Bíblia diz que “os céus declaram a glória de Deus” ( Salmos 19, 1).

Graças a Jesus, já não somos ignorantes a respeito de quem Deus realmente é. “O filho é o esplendor da glória de Deus” (Hebreus 1, 3). Jesus veio a este mundo para que pudéssemos entender completamente a glória de Deus.

Deus é digno de toda a glória. Somos instruídos a reconhecer sua glória, honrar sua glória, declarar sua glória, louvar sua glória, refletir sua glória e viver sua glória.

Devemos a Ele toda honra que podemos dar. Uma vez que Deus criou todas as coisas, Ele é digno de toda glória.

Porém, nenhum de nós tem oferecido a Deus, por meio de nossa vida, a glória que Ele merece. Esse é o pior pecado e o maior engano que podemos cometer. Pois, viver para a glória de Deus é a maior realização que podemos alcançar em nossa existência.

Mas, como posso glorificar a Deus?

Jesus glorificou a Deus cumprindo seu propósito neste mundo. Nós honramos ao Senhor da mesma forma. Tudo na criação glorifica a Deus quando cumpre seu propósito. Ireneu disse: “A glória de Deus é um ser humano em plenitude de vida”.

Damos glória a Deus quando o adoramos. Adorar é nosso primeiro dever para com o Senhor. Nossa adoração deve ser motivada pelo amor, pela ação de graças, prazer e satisfação, não obrigação.

Damos glória a Deus ao amar outros fiéis. Somos chamados a nascer de novo, a pertencer e aprender a amar a família de Deus. João escreveu: “Nosso amor uns pelos outros dá testemunho de que já passamos da morte para a vida” (1 João3, 14). Paulo disse: “Aceitem uns aos outros, da mesma forma em que Cristo nos aceitou: assim, Deus será glorificado” (Romanos 15,7).

Damos glória a Deus quando nos tornamos como Cristo. Deus nos induz à maturidade espiritual. E a maturidade espiritual significa tornar-se como Jesus na forma de pensar, sentir e agir. Quanto mais desenvolvemos o caráter cristão, mais glorificamos a Deus. Quando aceitamos Cristo como Salvador, Deus nos concede uma nova vida, uma nova natureza e o Espírito Santo, age, trabalha para que tornemos mais semelhantes a Ele e refletimos sua glória ainda mais.

Damos glória a Deus servindo os outros com nossos dons. Deus foi generoso quando nos fez, dando a cada um de nós dons, habilidades e talentos para que sejam usados em benefício das outras pessoas. Ele nos capacita para servir com toda nossa força e energia. Quando servimos aos irmãos glorificamos a Deus.

Damos glória a Deus falando dele às outras pessoas. Deus espera que ao conhecê-lo falemos dele às outras pessoas. Ele espera que compartilhemos esse amor e os propósitos, ajudando outras pessoas a o encontrarem também. Falar de Jesus é um privilégio, apresenta-lo e como único Senhor e Salvador, agrada a Deus e Ele é glorificado.

Viver para glorificar a Deus nem sempre é o caminho mais fácil, exige mudança de vida, de prioridades e relacionamentos. Esse é o momento para definir essa questão: “para quem vou viver: para mim mesmo ou para Deus?” Muitas vezes, hesitamos imaginando e nos perguntando se teremos forças para viver para Deus, não precisamos nos preocupar. Deus cuida de tudo e faz tudo o que é necessário, quando apenas tomamos a decisão de viver por Ele.

Deus nos convida, agora, neste exato momento a viver para a sua glória, cumprindo os seus propósitos. E essa é a única maneira de viver. Qualquer outra coisa é apenas existir. A verdadeira vida começa quando nos comprometemos inteiramente com Jesus Cristo.

É precisa apenas crer que Deus nos ama e nos criou para um propósito.

Creia que você não é um acidente.

Creia que fomos feitos para ser eternos.

Creia que Deus o escolheu para ter um relacionamento com Jesus Cristo, que morreu na cruz por nossos pecados.

Creia que não importa o passado e o que tenhamos feito, Ele nos ama e nos perdoa.

Basta receber. Receber a Jesus como Senhor e Salvador. E assim receber o perdão dos pecados. Receber o Espírito Santo, que nos capacita para cumprir o propósito de Deus.

Onde você estiver lendo ou ouvindo: Abaixe sua cabeça e faça essa oração que mudará seu destino eterno: “Jesus, eu creio em você e o recebo”.

Creio e recebo o amor de Deus por meio de Jesus, para sua honra e glória.

Dia 8 – Planejado para agradar a Deus.

Ele quis que você existisse. Isso mesmo!

Existimos para beneficio, glória, propósito e prazer de Deus.

Dar satisfação e viver para o prazer de Deus é o primeiro propósito para a vida.

Um dos maiores dons que concedidos por Deus, é a capacidade de apreciar o prazer. Ele nos criou com cinco sentidos e emoções para que possamos experimentar essa sensação. Deus deseja que apreciemos a vida e não apenas a suporte.

Dar prazer a Deus é o que chamamos de “adorar”. As atitudes que agradam a Deus é um ato de adoração. Adorar é tão natural quanto comer e respirar. Ele nos deseja como adoradores. Adorar é um estilo de vida. Vivemos para adorar a Deus.

A adoração é muito mais que música. Todos os momentos do culto são um ato de adoração: a oração, a leitura da Bíblia, os cânticos, a confissão de pecados, o silencio, o ato de ouvir a pregação, fazer anotações, ofertar, o batismo, a ceia, assinar um cartão de compromisso e até mesmo cumprimentar outros adoradores.

A adoração é anterior à música. Não tem relação com um estilo musical. Qualquer musica pode ser uma adoração desde que seja oferecida ao Senhor em Espírito e verdade. O estilo musical que você prefere, diz mais sobre você de que sobre Deus. Deus gosta da variedade e aprecia todos os estilos. É a letra que torna uma canção sagrada e não a melodia.

A adoração não é para benefício próprio. A adoração é para Deus e não para você ou para mim. Nossa motivação é glorificar e agradar ao Criador. Adoramos ao Senhor com todo nosso coração, com todo nosso amor.

A adoração não é parte de sua vida: é sua vida. Louvar deve ser sua primeira atividade, assim que abrir os olhos pela manhã, e sua última atividade, ao fechá-lo à noite (Salmos 5, 3; 63,6). Davi disse: “Eu darei graças ao Senhor o tempo todo. Minha boca sempre o louvará” (Salmos 34,1).

Cada atividade pode ser transformada em um ato de adoração, quando realizada para louvar, glorificar e agradar a Deus. A Bíblia diz: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10,31).

Como é possível fazer tudo para a glória de Deus? Fazendo tudo como se estivesse fazendo para Jesus e mantendo uma conversa contínua com ele durante a atividade. A Bíblia ainda nos diz: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, para o Senhor, e não para os homens”. ( Colossenses 3,23).

Eis o segredo de um estilo de vida em adoração: fazer todas as coisas como se fossem para Jesus. O trabalho torna-se adoração quando você o dedica a Deus e o realiza consciente de sua presença.

Fomos planejados para agradar a Deus e isso é maravilhoso.

Dia 9 – O que faz Deus sorrir?

O sorriso de Deus é objetivo de nossa vida.

Agradar a Deus é o primeiro propósito de nossa vida. A Bíblia diz: “Descubram o que agrada a Cristo e comecem a praticar!” (Efésios 5,10). Essa é a primeira lei da vida para viver o propósito e temos um exemplo a seguir: Noé. Sim, o homem que construiu a Arca era um homem que agradava a Deus e fez Deus sorrir. A partir dele, Deus fez um novo mundo, uma nova aliança com o homem. Com Noé aprendemos cinco atos de adoração que fazem Deus sorrir.

1º - Deus sorri quando o amamos acima de tudo. Noé amava a Deus mais que qualquer coisa no mundo, mesmo quando ninguém mais o amava! A Bíblia diz: “Noé seguia a Deus constantemente e experimentava um intimo relacionamento com Ele”. (Gênesis 6, 9).

Esse é o desejo de Deus: um relacionamento. Ele diz: “Não quero sacrifícios – quero o seu amor. Não me interesso por suas ofertas, o que Eu quero é que vocês me conheçam”. (Oséias 6,6). Esse é o motivo de existirmos: aprender a amar a Deus e ser amado por ele deve ser o nosso maior objetivo de vida. Nada é mais importante. Jesus chamou isso “o mais importante de todos os mandamentos”. Ele disse: “Ame o Senhor teu Deus de todo o seu coração, de toda sua alma e de todo seu entendimento”. ( Mateus 22, 37 – 38).

2º - Deus sorri quando confiamos nele completamente. Noé construiu um barco na terra seca. Ele confiou em Deus mesmo quando nada fazia sentido. A Bíblia diz: “Pela fé, Noé construiu um barco na terra seca”. Ele havia sido avisado de algo que não podia ver e agiu apenas com base no que foi dito a ele [...] como consequência, Noé tornou-se intimo de Deus. (Hebreus 11, 7).

Confiar em Deus inteiramente significa crer que ele sabe o que é melhor para nossa vida e esperar que Ele cumpra suas promessas, nos ajude em nossos problemas e faça o possível quando necessário. A Bíblia diz: “O que agrada a Deus são as pessoas que o temem e põem a sua esperança no seu amor”. (Salmos 147, 10 -11).

Confiar é um ato de adoração. Sem fé é impossível agradar a Deus.

3º - Deus sorri quando lhe obedecemos incondicionalmente. Para construir a arca, Noé tinha que seguir exatamente as orientações de Deus. Todas as instruções detalhadas quanto à construção e “Noé fez tudo exatamente como Deus lhe tinha ordenado”. (Gênesis 6, 22). Ele obedeceu a Deus incondicionalmente.

Isso significa fazer qualquer coisa que Deus nos peça, sem duvidar ou hesitar. Não embrome e nem diga: “vou orar a respeito”. Façamos sem demora. Todo pai sabe que demorar para obedecer é desobediência. A compreensão pode esperar, a obediência não. A obediência imediata nos ensina mais sobre Deus que uma vida inteira de discussões teológicas. A obediência libera a compreensão. A obediência incondicional é realizada com alegria e com entusiasmo.

Tiago, falando aos cristãos, declarou: “Nós agradamos a Deus pelo que fazemos, e não somente pelo que cremos”. (Tiago 2, 24). A palavra de Deus é clara quando diz que: “Não há como merecer a salvação. Ela vem pela graça; não por esforço”. Agradamos ao Pai Celestial por meio da obediência. Qualquer ato d obediência é também um ato de adoração. E por que a obediência agrada tanto a Deus? A resposta é: Porque ela prova que nós realmente o amamos. Jesus disse: “Se vocês me amam, obedeçam aos meus mandamentos”. (João 14, 15).

4º Deus sorri quando o louvamos e damos graças continuamente. A vida de Noé agradou a Deus, porque ele vivia com o coração cheio de louvor e ação de graças. A primeira atitude de Noé após o Diluvio foi expressar sua gratidão a Deus, oferecendo-lhe um sacrifício. A Bíblia diz: “Depois que Noé construiu um altar dedicado ao Senhor e, tomando alguns animais e aves puros, ofereceu-os como holocausto, queimando-os sobre o altar” (Gênesis 8, 20).

Por causa do sacrifício de Jesus na cruz, não precisamos mais oferecer sacrifícios de animais, como Noé fazia. “““ “““ Em vez disso, foi nos dito que oferecêssemos a Deus “um sacrifício de louvor” (Hebreus 13, 15) e um” sacrifício de gratidão” (Salmos 116,17).

Algo maravilhoso acontece quando oferecemos louvores e ação de graças a Deus: quando trazemos deleite ao coração de Deus, nosso coração também se enche de alegria!

5º - Deus sorri quando usamos nossas habilidades. Depois do Dilúvio, Deus deu a Noé estas simples orientações: “Sejam férteis e multipliquem-se e encham a terra. Tudo o que vive e se move servirá de alimento para vocês. Assim como dei a vocês os vegetais, agora dou todas as coisas” (Gênesis 9, 1-3). Deus disse: “É tempo de seguir com sua vida! Faça as coisas que foram determinadas que os humanos fizessem. Tenham filhos. Constituam famílias. Plantem e comam suas refeições. Sejam humanos! Foi pra isso que os criei!”.

Deus gosta de observar cada detalhe de nossa vida, quer estejamos trabalhando, brincando, descansando ou comendo. Ele não perde um único momento de nossa vida. A Bíblia diz: “Os passos dos justos são dirigidos pelo Senhor. Ele se agrada de cada detalhe da vida deles”. (Salmos 37, 23).

Todas as nossas atividades humanas, com exceção d pecado, podem agradar a Deus, se fizermos com atitude de louvor. Lavamos pratos, limpamos, vendemos produtos, ensinamos, cultivamos uma lavoura, fazemos um programa de computador ou criamos uma família para a glória de Deus.

Deus é um pai orgulhoso, e gosta de observar enquanto utilizamos nossos talentos e habilidade que Ele nos deu. Podemos ser talentosos em mecânica, matemática, musica ou em milhares de outras habilidades, e todas podem trazer um sorriso ao rosto de Deus. A Bíblia diz: ”Ele modelou cada pessoa, uma por vez, e agora observa tudo que fazemos” (Salmos 33,15).

Agradamos a Deus, sendo nós mesmos. Não existem habilidades não espirituais, somente habilidades mal empregadas. Comece a usar as suas para o prazer de Deus. Ele tem prazer em nos ver alegres com as coisas que Ele criou. Apreciamos a beleza da natureza, os sons, os cheiros, os sabores, as emoções. Cada ato de prazer se torna um ato de adoração quando agradecemos a Deus por todas as coisas.

Mesmo quando dormimos, Deus nos contempla com amor, pois somos feitos por Ele. Deus ama cada um de nós, como se fossemos a única pessoa no mundo todo.

Os pais não exigem que seus filhos sejam perfeitos ou mesmo maduros para amá-los. Eles apreciam os filhos em todos os estágios de seu desenvolvimento. Da mesma forma, Deus não espera que amadureçamos para nos amar. Ele nos ama e preza cada estagio de nosso desenvolvimento espiritual. Deus leva em consideração a atitude de nosso coração. “Acima de tudo, o que queremos é agradar o Senhor, seja vivendo no nosso corpo aqui, seja vivendo lá com o Senhor”. (2 Coríntios 5,9). Viver à luz da eternidade muda o enfoque da vida de: “Quanto prazer posso obter da vida?” para” Quanto prazer Deus pode obter de minha vida”?

Somos Noé no século XXI, dispostos a viver para o prazer de Deus. A Bíblia diz: “Lá do céu o Senhor olha para a humanidade, procurando alguém que compreenda seus planos, procurando alguém que deseje comunhão com Ele” (Salmos 14, 2).

Dia 10 - A essência da adoração está em render-se.

Render-se a Deus é a essência da adoração, é uma resposta natural ao maravilhoso amor e à misericórdia de Deus. Entregamo-nos a Ele não por medo ou obrigação, mas por amor, “porque ele nos amou primeiro”( 1 João 4,9,10,19).

Em Romanos, após o capítulo 11, Paulo exorta-nos a entre entregar nossa vida inteiramente a Deus em adoração: “Meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a Ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus” (Romanos 12,1).

A verdadeira adoração acontece quando nos entregamos totalmente a Deus. Adorar consiste em oferecer-se a Deus.

O ato de render-se é conhecido de muitas formas: Consagração, fazer de jesus o seu Senhor, carregar a cruz, morrer para si próprio, submeter-se ao Espírito Santo. O importante é que fazemos e não o nome que damos a esse ato. Deus quer a nossa vida, toda ela, mesmo 95% não é o suficiente.

Porém três barreiras impedem nossa total rendição a Deus: medo, orgulho e confusão.

Como posso perder o medo? A resposta é confiando em Deus. E a confiança é um ingrediente essencial para que nos rendamos. Só nos rendemos a Ele quando confiamos Nele. Contudo, não nos rendemos até que o conheçamos. Quanto mais nos damos conta de quanto Deus nos ama, mais nos rendemos a Ele.

E como saber que Deus nos ama?

A Bíblia, a palavra de Deus viva nos dá as respostas em vários momentos. Em Salmos 145,9: “ Ele é bom para você”; “que está sempre olhando para você” ( Salmos 139,3); “ que se preocupa com cada detalhe de sua vida” ( Mateus 10, 13); “ que lhe deu a capacidade de desfrutar todos os tipos de prazeres” (Timóteo 6,17) ; “ eu tem bons planos para sua vida” ( Jeremias 29,11); “ que perdoa você” ( Salmos 86,5); “ que é paciente e carinhoso com você” ( Salmos 145,8). Não restam dúvidas de que Deus nos ama infinitamente, muito mais do que podemos imaginar.

A maior expressão desse amor é o sacrifício do Filho de Deus por nós: “Deus prova seu amor por nós, visto que Cristo morreu a nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Romanos 5,8). Sabemos o quanto somos importantes para Deus, olhando para Cristo com os braços abertos estendidos na cruz, dizendo: “Eis o tanto que eu o amo! Prefiro morrer a viver sem você!”.

Deus não é cruel, não usa a força bruta para obrigar-nos a submeter-nos. Ele não viola nossa vontade. Nos atrai com delicadeza, para que nos ofereçamos a Ele voluntariamente. Deus é amigo e libertador; não servidão. Render-se totalmente a Jesus, e descobrir que Ele não é um tirano, mas um Salvador; não é um chefe, mas um irmão; não é um ditador, mas um amigo.

A segunda barreira para a rendição é o orgulho. Admitir nossas limitações. Não temos o controle de nossa vida. Deus tem. Tudo é Dele. A tentação de querer ser Deus, o desejo de ter o controle total é a causa de tanto estresse em nossa vida. A vida é uma luta e a verdadeira luta é com Deus! Queremos ser Deus, e não há nenhuma chance de ganharmos essa luta. Nossa vida é um trabalho de Deus e Ele quem realiza tudo em nós.

Render-se NÃO é resignação passiva, fatalismo ou desculpa para a ociosidade. Render-se a Deus é exatamente o oposto: sacrificar a vida ou sofrer, a fim de mudar o que precisa ser mudado. Deus frequentemente chama pessoas que se entregaram a Ele para batalhar em seu nome. Render-se não é para covardes ou subservientes. Deus não desperdiçaria a mente que nos concedeu! Deus não quer ser servido por robôs. Render-se não é suprimir a própria personalidade. Deus quer nossas características singulares. Em vez de diminuir-nos, a rendição nos aprimora.

O ato de rendição manifesta-se mais claramente na obediência e na confiança. A tudo que Ele nos pede dizemos: “Sim, Senhor”. Seria uma contradição dizer: “Não, Senhor”. Chamar Jesus de Senhor e não obedecer. Se entregar a Cristo, obedecer á ordem de Deus, mesmo que ela pareça não fazer sentido.

Render-se é confiar. “Entregue-se ao Senhor e espere pacientemente por Ele” (Salmos 37,7). Em vez de tentar com mais afinco, devemos confiar mais. Entregar-se a Deus e não reagir às criticas ou ao ímpeto de se defender. O coração entregue a Deus se destaca nos relacionamentos. Depois que nos entregamos a Deus, não pressionamos mais os outros, não exigimos direitos e nem nos portamos de maneira egoísta.

Rende-se é uma decisão difícil. No nosso caso, é uma intensa guerra contra nossa natureza egoísta, contra nós mesmos.

Rende-se a Deus é benção. A Bíblia traz respostas dos benefícios da rendição. A rendição trás paz, liberdade. Experimentamos o poder de Deus em nossa vida por meio de seu amor e cuidado. Deus nos fortalece. Render-se a Deus e confiar Nele, e não temer ou precisar de nada mais.

Maria, a Mãe de Jesus, foi escolhida por Deus, por sua rendição e quando o Anjo explicou o ilógico plano de Deus, ela calmamente respondeu: “Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a vontade Dele” (Lucas 1,38). Nada é mais poderoso que uma vida entregue nas mãos de Deus.

Render-se a Deus NÃO é a melhor maneira de viver: é a ÚNICA MANEIRA DE VIVER. Nada mais funciona. Todas as outras vias levam à frustração, à decepção e à autodestruição. Render a vida não é um impulso tolo da emoção, mas um ato inteligente e racional. A atitude mais responsável e inteligente que podemos tomar na vida. Os momento mais sábios de nossa vida, são aqueles que dizemos “Sim” a Deus.

Pode levar anos, mas descobriremos que o maior obstáculo às bênçãos de Deus não são os outros, mas nós mesmos; a teimosia, o orgulho, obstinação e ambição. Não cumprimos os propósitos de Deus enquanto estamos concentrados em planos pessoais.

Para que Deus possa realizar uma obra completa em nossa vida, é preciso primeiro nos entregar a Deus, arrependermo-nos do passado, confiar a Ele os problemas do presente, as ambições do futuro, medos, sonhos, fraquezas, rotinas, magoas e traumas. Jesus assumirá o banco do motorista, entrega-lhe o volante. Não tenhamos medo. Nada sob o controle Dele poderá ficar descontrolado. Orientados por Cristo, podemos enfrentar qualquer situação. Seremos como Paulo: “Eu estou pronto para tudo e à altura de qualquer desafio por meio dele, que inspira uma força interior em mim, sou independente na dependência de Cristo” (Filipenses 4,13).

Há o momento da rendição e a prática da rendição, que ocorrerá a todo momento e por toda a vida. O sacrifício vivo pode escapulir do altar, é preciso renovar a rendição, muitas vezes 50 vezes por dia. Render-se é um hábito diário. Jesus disse: “Se as pessoas querem me seguir, precisam abrir mão de suas vontades. Precisam estar dispostas a negar sua vida diariamente para me seguir” (Lucas 9,23). E saibamos que continuamente seremos testados, realizaremos tarefas inconvenientes, impopulares, custosas ou aparentemente impossíveis. Faremos, em geral o oposto de nosso desejo.

Render-se a Deus é fazer a sua vontade. Render-se a graça, ao amor e a Sabedoria do Senhor é a única maneira de viver.

Dia 11- Tornando-se amigo de Deus.

Deus quer ser seu melhor amigo. Deus se apresenta a nós sobre diversos aspectos: Autor e Criador, Senhor e Mestre, Juiz, Redentor, Pai, Salvador e muito mais. Porém, a mais espantosa verdade, é esta: o Deus todo-poderoso anseia ser amigo.

Ele deseja um relacionamento de amizade com o ser humano. Sem rituais, ou cerimônias, um relacionamento sem culpa, medo, uma relação intima, simples e de confiança.

Fomos feitos para viver na presença de Deus.

Na Bíblia, no Antigo Testamento, somente algumas poucas pessoas vivenciaram o privilégio de uma amizade com Deus. Moisés e Abraão foram chamados “amigos de Deus”, Davi foi chamada “ um homem segundo o coração de Deus”. Entretanto, medo de Deus, era mais comum no Antigo Testamento.

Então Jesus mudou a situação. Quando pagou nossos pecados na cruz, o véu do templo, que simboliza nossa separação de Deus, foi rasgado de cima a baixo, indicando que o acesso direto a deus estava novamente disponível.

Com Jesus a amizade foi restaurada. “Podemos agora exultar em nosso novo e maravilhoso relacionamento com Deus, tudo por causa do que nosso Senhor Jesus fez por nós, tornando-nos amigos de Deus” (Romanos 5, 11).

Ter amizade com Deus só é possível por causa da graça Dele e do sacrifício de Jesus. “Tudo isso é feito por Deus, o qual por meio de Cristo, transformou-nos de inimigos em amigos Dele” (2 Coríntios 5, 18). E Deus nos convida a desfrutar de sua amizade e a companhia das três pessoas da Trindade: Nosso Pai (1 João 1,3), o Filho (1Coríntios 1,9) e o Espírito Santo (2 Coríntios 13,14).

Jesus disse: “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu pai eu tornei conhecido a vocês” (João 15,15). A palavra utilizada para “amigos” nesse versículo não significa uma relação superficial, mas um relacionamento íntimo e de confiança.

Que Deus nos queira como amigo íntimo é difícil de entender, mas a Bíblia diz: “Ele é Deus que zela com todas as forças pelo relacionamento que mantém com você” (Êxodo 34,14).

Conhecer e amar a Deus são nosso maior privilégio, e sermos conhecidos e amados é o maior prazer de Deus. Ele diz: “Se alguém quiser se orgulhar, que se orgulhe de me conhecer e de me entender [...] Estas são as coisas que me agradam” (Jeremias 9,24).

É difícil imaginar como é possível uma amizade íntima entre um Deus perfeito, invisível e onipotente e um ser humano limitado e pecador. É mais fácil entender um relacionamento de Mestre para servo, de Criador para criatura ou mesmo de Pai para filho, mas o q eu quer o dizer o fato de Deus nos querer como amigos? E olhando a vida dos amigos de Deus na Bíblia, aprendemos seis segredos para ter amizade com Deus. Comecemos com dois desses segredos:

1º Tornando-se amigo de Deus por meio do diálogo constante. Uma amizade com Deus é construída quando compartilhamos com Ele todas as nossas experiências. Ele quer estar incluído em todas as atividades, todas as conversas, todos os problemas e até mesmo em todos os pensamentos. ”Orem continuamente” (1 Tessalonicenses 5,17), significa estar com Deus em todos os momentos. Sem me desligar Dele. Em todas as minhas atividades. Estar na presença de Deus é uma atitude permanente. Podemos utilizar orações sussurradas: frases curtas que nos mantém conectados com Deus: “Tu estás comigo”; “Recebo tua graça”; “Dependo de ti”; “Quero conhecer-te”; “Pertenço a ti”; “Ajuda-me a confiar em ti”. Podemos usar frases curtas da Bíblia: “Pra mim o viver é Cristo”; “Nunca me abandonarás”; “Tu és meu Deus”. Estar em oração frequente, de modo profundo e sincero.

Praticar a presença de Deus é uma habilidade, um hábito que podemos desenvolver. Podemos treinar a mente para nos lembrar de Deus a todo instante, colocando lembretes escritos, despertador no celular, anotações em agendas... Enfim buscar uma estratégia para criar um hábito, uma consciência constante da realidade da presença constante de Deus. Esse é o estilo de vida de adoração.

2º Por meio da meditação contínua. Não podemos amar a Deus, a não ser que o conheçamos. É preciso conhecer Deus. E só é possível conhece-lo por meio do que Ele diz. Conhecemos nossos amigos nos relacionando com eles. Ouvindo e meditando. A Bíblia é o caminho para saber o que Deus nos fala o tempo todo, em toda e qualquer circunstância. A Bíblia diz que Deus se revelou “a Samuel por meio de sua palavra” (1Samuel 3, 2-21).

Meditar a palavra de Deus é simplesmente concentrar os pensamentos – habilidade que pode ser desenvolvida por qualquer pessoa e posta em prática em qualquer situação.

Quando pensamos em determinado problema, isso é preocupação. Quando pensamos repetidamente na Palavra de Deus, isso é meditação. Quanto mais meditamos na Palavra de Deus, menores serão nossas preocupações.

Deus considerava Jó e Davi amigos íntimos pelo fato de eles valorizarem a Palavra acima de qualquer coisa e meditarem nela o dia todo.

Amigos dividem segredos, e Deus compartilha os segredos dele conosco, se desenvolvemos o hábito de meditar em sua palavra do início ao fim do dia. Quando lemos a Bíblia ou ouvimos um sermão, precisamos desenvolver o hábito de revisar a verdade em nossa mente, pensando continuamente nela. Quanto mais a repassamos, mais compreendemos os segredos de Deus para a nossa vida. A Bíblia diz: “O Senhor é amigo chegado de quem o respeita e lhe obedece. A essas pessoas Ele revela os segredos de seus planos” (Salmos 25,14 -8).

A oração permite que falemos com Deus; a meditação permite que Deus fale conosco. Ambas são essenciais para que nos tornemos amigos de Deus.

Dia 12 – Desenvolvendo amizade com Deus.

Estamos tão perto de Deus quanto escolhemos estar.

Seguiremos aprendendo sobre como ser amigo de Deus.

3º Devemos optar por ser sinceros com Deus. O primeiro elemento fundamental de uma amizade mais profunda com Deus é ser absolutamente sincero sobre nossas falhas e sobre os sentimentos. O Criador não espera que sejamos perfeitos, mas insiste em que sejamos absolutamente honestos. É certo que se a perfeição fosse um requisito para termos amizade com Deus, jamais poderíamos ser amigos Dele. É por virtude da graça de Deus, Jesus ainda é “amigo de pecadores” (Mateus 11,19).

É necessário desejar essa amizade e disponibilizar tempo e energia. Para termos um vínculo com Deus, precisamos aprender a ter confiança quando ele nos pede para fazer algo, a se importar com aquilo que é importante para Ele e a desejar sua amizade mais do que qualquer coisa.

Afastamos-nos de Deus e de sua amizade quando cultivamos a mágoa, a raiva, a amargura, quando somos desobedientes com Ele. Ocultamos-nos de Deus, quando temos esses sentimentos. Criamos barreiras para a amizade com Deus e muitas vezes nos questionamos de forma imatura: “Por que eu iria querer ser amigo de Deus, se ele permitiu isto”? Perceber que o Senhor sempre age em nosso benefício, mesmo quando sofremos e não conseguimos entender o que está acontecendo. Livrar-se dos ressentimentos e revelar o que sentimos é o primeiro passo para a cura. A exemplo do que faziam os amigos de Deus na Bíblia, diga a Ele exatamente como se sente; reflita a respeito de Jó (Jó 7,17-21; Asafe (Salmos 73,13); Jeremias (Jeremias 20,7) e Noemi (Rute 1,20)).

Para nos instruir em uma honestidade sincera, Deus nos deu o livro de Salmos, um manual de adoração, repleto de linguagem impetuosa, fúria, dúvidas, medos, ressentimentos e sofrimentos intensos, combinados com ação de graças, louvores e declarações de fé, confissões emocionadas de Davi e de outros, percebemos que é assim que Deus quer que o adoremos: sem reter absolutamente nada do que sentimos. Podemos adorar como Davi: “Derramo diante Dele as minhas queixas e conto-lhe todos os meus aborrecimentos. Estou totalmente abatido” (Salmos 142,2).

4º Devemos optar por obedecer a Deus pela fé. Quando obedecemos a Deus, nossa amizade se aprofunda. Ele disse: “Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu ordeno” ( João 15,14) . Somos amigos de Deus, mas não somos seus iguais. Ele é o nosso amado Líder, e o seguimos. Obedecemos a Deus não por obrigação, medo ou imposição, mas porque o amamos e confiamos que ele sabe o que é melhor para nós. Seguir a Cristo por gratidão a tudo que fez por nós, e, quanto mais de perto o seguimos, mais intensa nossa amizade se torna.

Jesus espera de nós o mesmo comportamento que ele tem com o Pai, que é modelo para o nosso relacionamento com o filho. Foi por amor que Jesus realizou tudo o que o Pai lhe pediu. A verdadeira amizade não é passiva, mas atuante. Quando Jesus nos pede que amemos o próximo, que ajudemos os necessitados, dividamos os recursos, conservemos nossa vida irrepreensível, perdoamos e levemos outras pessoas a ele, o amor estimula-nos a obedecer imediatamente.

Grandes oportunidades podem acontecer uma única vez durante toda a vida, mas pequenas oportunidades nos cercam todos os dias. Deus não espera que façamos grandes coisas, ele se agrada das pequenas coisas, quando fazemos espontaneamente, essas podem passar despercebidas para outras pessoas, mas ele as observa e as considera atos de adoração.

5º Devemos optar por valorizar o que Deus valoriza. Os amigos se importam com o que é importante para as outras pessoas. E o mais importante para Deus são seus filhos. A redenção de seu povo. Ele quer que todos os seus filhos perdidos sejam encontrados. Jesus não morreu na cruz em vão. Foi por cada um de nós. A morte de Jesus trás a boa nova, a ressurreição e esta precisa ser comunicada a outras pessoas. Para sermos amigos do Senhor, devemos nos interessar por todas as pessoas ao nosso redor, pois Deus se importa com todos. Os amigos de Deus falam dele aos amigos.

6º Devemos desejar ser amigo de Deus, mais que qualquer coisa.

Não há nada, absolutamente nada mais importante que fazer amizade com Deus. Esse é um relacionamento que durará para sempre. A verdade é: estamos tão perto de Deus quanto escolhemos estar. Amizade íntima com Deus é fruto de uma escolha, não de uma eventualidade, devemos buscá-la intencionalmente.

Deus disse aos cativos da Babilônia: “Quando vocês me buscarem, me encontrarão. “ Sim, quando me buscarem de todo o coração e em primeiro lugar, dou a vocês a certeza de que não vão se decepcionar” (Jeremias 29,13).

“Aproximem-se de Deus e ele se aproximará de vocês” (Tiago4,8).

“Querido Jesus, mais que qualquer outra coisa, quero conhecer-te intimamente”.

Dia 13 – A adoração que agrada a Deus.

O Senhor nos quer por inteiro.

“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo seu entendimento e de todas as suas forças” ( Marcos 12 -30).

Deus não está interessado em um comprometimento tímido, parcial ou nas sobras do tempo de nossa breve vida. Deus deseja total devoção não as migalhas de nossa vida.

A Bíblia diz: “Sejamos agradecidos e adoremos a Deus de um modo que o agrade” ( Hebreus 12,28). Não são as questões externas que importam: momento, lugar e forma de adorar, mais importante é: por que o adoramos e quanto de nós mesmos nos oferecemos a Deus quando adoramos.

Deus se agradada quando nossa adoração é conforme a verdade. A adoração deve ser fundamentada na verdade das Escrituras; não em nossas opiniões a respeito de Deus. Jesus disse à samaritana: “[...] os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade. São estes adoradores que o Pai procura ‘ ” ( João 4,23). Adorar “em verdade” significa adorar a Deus tal como ele é verdadeiramente revelado na Bíblia.

Deus se agrada quando nossa adoração é sincera. Quando Jesus diz que devemos “adorar em espírito”, não está se referindo ao Espírito Santo, mas o nosso espírito. Feito à imagem de Deus, o espírito que habita o corpo, concedido por Deus para se comunicar com Ele. Nossa adoração é nosso espírito reagindo ao Espírito de Deus. Por isso, deve ser genuína, sincera. Não são apenas palavra bonitas, corretas, dizemos o que realmente queremos dizer. Adorar a Deus é expressar em atitudes nossas palavras. Uma adoração genuína sem fingimentos ou exibicionismo. Deus odeia a hipocrisia. Deus deseja o amor sincero e verdadeiro.

Podemos adorar de modo imperfeito, mas não podemos adorá-lo sem sinceridade. A adoração agradável a Deus é profundamente emocional e profundamente doutrinária: nela usamos a emoção e a mente.

Muitas formas de louvou são mencionadas na Bíblia: confessar, cantar, colocar-se de pé, ajoelhar-se, dançar, manifestar alegria, testificar, tocar instrumentos musicais e erguer as mãos. O melhor estilo de adoração é aquele que mais genuinamente representa nosso amor por Deus, baseado na formação da personalidade que Ele nos deu. Glorificamos a Deus quando somos nós mesmos.

Deus se agrada quando nossa adoração é meditativa. A adoração é não são repetições de frases ou palavras feitas. É preciso ser original. Buscar palavras específicas, objetivas, nomes e sinônimos para os nomes de Deus é uma boa dica de adoração. Pensar sobre a adoração é adorar e quando estivermos em uma reunião ou culto, ser cuidadoso ao tratar com os nãos cristãos, “com decência e ordem” ( 1 Coríntios 14,40) .

Deus se agrada quando nossa adoração é pratica. Na adoração oferecemos nosso corpo como um sacrifício vivo. Normalmente, associamos “sacrifício” como algo morto, mas Deus quer um sacrifício vivo. Que vivamos por Ele.

Deus se agrada de sacrifícios de ação de graças, louvor, humildade, arrependimento, oferta em dinheiro, oração, serviço aos outros e ajuda aos necessitados. A Bíblia diz que a verdadeira adoração implica um custo. “ Eu não vou oferecer ao Senhor, meu Deus, sacrifícios que não me custaram nada” (2 Samuel 24, 24). Um dos custos que a adoração tem para nós é o egocentrismo. Não se pode louvar a Deus e a si mesmo ao mesmo tempo. Não adoramos para ser visto pelos outros ou para agradar a si mesmo. Adorar é mudar o foco para Deus.

Quando louvamos o nome de Deus, mesmo sem vontade, quando saímos de nossa cama para adorá-lo, cansado, quando ajudamos outros que estão esgotados, oferecemos um sacrifício de adoração a Deus. Isso é agradável a Ele.

Dia 14 – Quando Deus parece distante.

Deus é real, não importa como você o sinta.

Deus está sempre presente, mesmo que não percebamos sua presença. A onipresença de Deus e a manifestação de sua presença são coisas diferentes. Uma é um fato, e a outra é frequentemente uma sensação. Deus quer que sintamos sua presença, porém, está mais interessado que confiemos nele. Fé, e não sentimentos é o que agrada a Deus.

Diga a Deus exatamente como você se sente. Derrame-se diante Dele. Admitir seu desespero diante de Deus, pode ser uma declaração de fé. Jó fez isso. “Não posso ficar calado. Estou aflito, tenho de falar, preciso me queixar, pois meu coração está cheio de amargura” ( Jó 7,11). Quando Deus lhe parecer distante, chame por Ele, clame por Ele. Derrame todo seu coração perante Ele. Confie no seu amor e creia. Confiando em Deus e crendo ao mesmo tempo, Davi escreveu: “ ‘Cri, por isso falei: estou completamente arruinado’”( Salmos 126,10). Parece uma contradição confiar em Deus e sentir-se destruído! A franqueza de Davi, na verdade, revela uma fé profunda. Primeiro porque ele acreditava em Deus, em segundo porque ele acreditava que o Senhor ouviria sua oração e ainda que mesmo, expondo todos os sentimentos Deus, o amaria.

Concentre-se no Deus imutável. Independente, de como nos sentimos ou das circunstâncias, precisamos nos lembrar de quem é Deus. Quando a vida de Jó veio abaixo, sob o silêncio de Deus, ele achou os seguintes motivos para louvá-lo:

. Deus é bom e amoroso (Jó 10,12)

. Deus é todo-poderoso (Jó 37,23; 42,2)

. Deus está no controle (Jó 23,10;31,4)

. Ele repara em cada detalhe da minha vida (Jó 23, 10; 31,4)

.Ele tem um plano para minha vida (Jó 23,14)

. Ele vai me salvar (Jó 19,25)

Confiar que Deus cumprirá o que prometeu. Todos nós vivemos tempos de deserto espiritual, devemos confiar pacientemente nas promessas de Deus, não nas próprias emoções. Entendendo que Deus nos leva a níveis mais profundos de maturidade. As circunstâncias, os problemas e preocupações, não podem mudar o caráter de Deus. A graça do Senhor é sempre abundante e Ele continua a cuidar de você, em todo tempo. Sentir-se abandonado por Deus e ainda assim manter a confiança Nele significa que o adoramos da maneira mais profunda, apesar dos sentimentos conturbados.

Lembrar-se do que Deus já fez por nós. Se Deus não fizesse mais nada por nós, ainda sim, mereceria ininterrupto por toda vida por causa do que Cristo fez por nós na cruz. O Filho de Deus morreu por você! E esse é o maior de todos os motivos para adorar a Deus. Mesmo antes da crucificação, Jesus foi desnudado, espancado até ficar irreconhecível, açoitado, escarnecido, ridicularizado, coroado com uma coroa de espinhos e cuspido de forma humilhante. Já inconsciente carregou a cruz colina acima, pregado nela, deixado para morrer em lenta e excruciante agonia.

Em seguida, pelo fato de Jesus ter assumido a culpa dos pecados de toda humanidade, Deus desviou o olhar daquela terrível visão, e Jesus gritou de desespero: “‘Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonastes? ’”. Jesus poderia ter se salvado, mas não poderia nos salvar. Deus permitiu tão medonho ato de crueldade para que fossemos poupados da eternidade no inferno e pudéssemos compartilhar da glória divina para sempre. A Bíblia diz: “Em Cristo não havia pecado. Mas Deus colocou sobre Cristo a culpa de nossos pecados para que nós, em união com Ele, vivamos de acordo com a vontade de Deus” (2Coríntios 5,21).

Jesus desistiu de todas as coisas para que pudéssemos ter todas as coisas. Ele morreu para que pudéssemos viver para sempre. Esses são os motivos para agradecermos e louvarmos, continuamente.

Dia 15 – Formado para fazer parte da família de Deus. Deus quer uma família e nos criou para fazermos parte dela. Esse é o segundo propósito de Deus para nossa vida, o qual foi planejado antes de nascermos.

Deus é amor e ele dá um imenso valor aos relacionamentos. A Trindade é um exemplo de relacionamento de Deus consigo mesmo. Deus sempre existiu e nunca esteve só. Ele não precisava de uma família, mas desejou uma. Então concebeu um plano, nos criar, adotar-nos em sua família e dividir conosco tudo o que possui. Isso dá a Deus um grande prazer. A Bíblia dia: “ Foi para Ele um dia feliz quando Ele nos deu a nossa vida nova, por meio da verdade se sua Palavra e nos tornamos, por assim dizer, os primeiros filhos de sua nova família” (Tiago 1,18). A fé em Cristo, torna-nos seus filhos, os outros cristãos, nossos irmãos e irmãs, e a igreja torna-se nossa família espiritual. A família de Deus inclui todos os fieis do passado, do presente e do futuro.

Fomos criados por Deus, mas nem todos são filhos Dele. Para ingressar na família do Senhor é preciso nascer de novo, dentro dela. Fazermos parte de uma família humana no primeiro nascimento e tornamo-nos membros da família de Deus pelo segundo nascimento. Ele nos convida a fazer parte de sua família. A Bíblia diz: “Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus” (Gálatas 3,26). A família espiritual é mais importante do que a biológica. Nossa família terrena é uma dadiva maravilhosa de Deus, mas é temporária e frágil, sujeita ao rompimento pelo divórcio, pelo distanciamento, pela velhice inevitável, pela morte. Já a família espiritual, nosso relacionamento com outros fiéis, irá perdurar por toda eternidade.

Os benefícios de fazer parte da família de Deus. Fazer parte da família de Deus nos dá a garantia de nossa valiosa “herança”. Como filhos de Deus, temos parte na fortuna da família. Aqui recebemos bondade, paciência, glória, sabedoria, graça, misericórdia e poder (Romanos 2, 4; 9,23; 11,33; Efésios 1,7; 2,4; 3,16), mas na eternidade iremos herdar ainda mais. Paulo disse: “Quero que vocês percebam quanto é rica e gloriosa a herança que Ele, tem dado ao seu povo” ( Efésios 1,18).

A primeira herança diz que seremos levados deste mundo a fim de estar com Deus para sempre (Tessalonicenses 4, 17; 5,10). Segundo, seremos transformados para nos tornar como Cristo ( 2 Coríntios 3,18; 1 João 3,2). Terceiro, seremos livres de toda dor, sofrimento e morte ( Apocalipse 21,4). Quarto, seremos recompensados e reassumiremos posições de trabalho ( Mateus 25, 21- 23). Quinto, participaremos da glória de Cristo ( Romanos 8,17). Nossa herança é inestimável, pura, perpetua e protegida. Ninguém poderá tirá-la de nós. A Bíblia diz: “Deus reservou uma herança inestimável para seus filhos. Ela está guardada no céu, pura e incorruptível, isenta de oscilações e da decadência” (1 Pedro 1,4).

O Batismo identifica-nos com a família eterna de Deus. O batismo é pleno de significado. Declara a fé, comunica a morte e a ressurreição de Cristo, simboliza a morte para a antiga vida e anuncia a nova vida em Cristo, além de celebrar a inclusão na família de Deus. O batismo é a representação física de uma verdade espiritual. É um ato de iniciação, não algo que devesse protelar até estar espiritualmente maduro. A única condição bíblica é crer (Atos 2, 41; 8,12,13, 35-38).

Fazer parte da família de Deus é o nosso maior privilégio. Fazemos parte da família de Deus, pelo fato de Jesus ter-nos feito Santo, Deus tem orgulho de nós. Ser incluído na família de Deus é a maior honra e o maior privilegio que se pode receber. Não há nada que se compare. Não há insignificância, desprezo ou insegurança, pois sabemos a quem pertencemos. Pertencemos a Deus!

Dia 16 – O que realmente importa. Viver consiste em amar.

É quando amamos que somos mais parecidos com o Senhor, a base para todos os mandamentos que ele nos deu, é o amor.

Aprender a amar sem segundas intenções não é fácil: somos egoístas. É por isso, que temos toda uma vida para aprender. Amar é a primeira lição. Amar nos prepara para a eternidade. É da vontade de Deus que tenhamos um relacionamento íntimo e constante com outros fiéis, sobretudo os que fazem parte de sua família, os cristãos, para que possamos desenvolver a habilidade de amar. O amor não pode ser aprendido no isolamento. Precisamos de pessoas por perto, pessoas irritantes, imperfeitas, e que nos decepcionam e assim aprendemos três verdades importantes:

O melhor exercício da vida é amar. Amar deve ser a principal prioridade, o objetivo primordial e a maior ambição. Amar não é a parte boa da vida: é a mais importante. A Bíblia diz: “Que o amor seja o maior alvo de vocês” (1 Coríntios 14,1).

Viver sem amor não tem valor nenhum. “Assim, não importa o que eu diga, no que eu creia ou o que faça: sem amor, estou falido” ( 1 Coríntios 13,3).

A vida é feita de relacionamentos, e é nos relacionando que vivemos o amor. Deus nos deu os mandamentos e quatro dos Dez Mandamentos tratam de nosso relacionamento com Deus; os outros seis tratam de nosso relacionamento com as pessoas. Jesus resumiu tudo em um único mandamento: Amar a Deus e amar as pessoas. Ele disse: “‘ Você deve amar ao Senhor seu Deus de todo o seu coração [...] Este é o primeiro e o maior mandamento. E o segundo é igualmente importante: ‘Ame o seu próximo como você mesmo’. Todos os outros mandamentos e todas as instruções dos profetas baseiam-se nestes dois mandamentos’“ (Mateus 22,17).

Depois de aprender a amar a Deus (adorar), aprender a amar os outros, é o segundo propósito de nossa vida. Os relacionamentos, não as realizações ou as aquisições materiais, são o que mais importa na vida. O objetivo da vida é aprender a amar a Deus e as pessoas. Vida menos amor é igual a zero.

O amor permanece para sempre. O amor é eterno. “Estes três permanecem para sempre: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor” (1 Coríntios 13,13). O amor deixa um legado. A forma de você tratar outras pessoas, não sua riqueza ou suas façanhas, é a influência mais duradoura que se pode deixar neste mundo. Madre Tereza disse: “Não é o que você faz, mas quanto amor você dedica no que faz que realmente importa”. O amor é o segredo de uma herança duradoura.

Uma coisa é certa: No fim da vida, no leito de morte, não são objetos e sim pessoas, o que desejamos ter à nossa volta, pessoas que amamos e com as quais mantemos relacionamentos. Nos últimos momentos da vida, todos nós percebemos que são os relacionamentos que constituem a vida. Ser sábio é aprender essa verdade o mais rápido possível.

Seremos avaliados pelo amor que dedicamos. Uma das formas que Deus mede nossa maturidade espiritual é pela qualidade de nossos relacionamentos. No céu, seremos avaliados pela maneira que tratamos as pessoas, especialmente as necessitadas. Quando partirmos para a eternidade deixaremos todo o restante para trás, exceto o caráter. Por isso, a Bíblia diz: A única coisa que realmente importa é a fé que se manifesta mediante o amor” (Gálatas 5,6) .

A melhor expressão do amor é o tempo. Amar é dedicar tempo para o outro. O tempo é a dádiva mais importante. Quando dedicamos tempo a alguém, estamos dedicando uma porção de nossa vida. Seu tempo é sua vida, por isso, o maior presente que você pode dar a alguém é seu tempo. Não basta dizer que os relacionamentos são importantes, devemos provar essa afirmação, investindo tempo neles. Palavras isoladas não tem valor algum: “Meus filhinhos, o nosso amor não pode ser somente de palavras e de conversa. Deve ser um amor verdadeiro, que se mostra por meio de ações” (1 João 3, 18). Relacionamentos demandam tempo e esforço, e a melhor maneira de soletrar amor é: T E M P O.

A essência do amor não é o que pensamos, fazemos ou proporcionamos aos outros, mas quanto damos de nós mesmos. O amor concentra-se tão atentamente na outra pessoa que por um momento você esquece de você mesmo. Sempre que damos do nosso tempo para outras pessoas, estamos fazendo um sacrifício, e o sacrifício é a essência do amor. Jesus foi exemplo disso: “Sejam cheios de amor pelos outros, seguindo o exemplo de Cristo, que amou vocês e se entregou a Deus como sacrifício a fim de tirar os seus pecados” (Efésios 5, 2). Amar significa renunciar – abdicar de minhas preferências, conforto, objetivos, segurança, dinheiro, energia ou tempo para beneficio de outra pessoa.

O melhor momento para amar é agora. Visto que o amor é o que mais importa, ele tem prioridade máxima, urgência. A Bíblia enfatiza: “Sempre que tivermos oportunidade, façamos o bem a todos” (Gálatas 6, 10); “Aproveite cada chance que tiver para fazer o bem” ( Efésios 5, 16). O melhor momento para expressar o amor é agora. Não sabemos até quando teremos oportunidade. As circunstâncias mudam, as pessoas morrem, os filhos crescem. Você não tem nenhuma garantia do amanhã. Expresse seu amor, é melhor que faça isso agora.

Meditemos sobre isso: O melhor exercício da vida é amar. A melhor expressão do amor é o tempo. O melhor momento para amar é agora.

Dia 17 – Um lugar ao qual pertencer. Somos chamados para pertencer, não somente para crer.

Não é possível viver só. Ninguém vive só. A solidão corrói a alma. Podemos ter, querer momentos de solidão ou de silêncio, mas, apenas momentos, nascemos para pertencer, primeiro a uma família terrena e com o tempo a uma família espiritual, uma igreja. Deus nos quer junto com outros cristãos, fieis na mesma esperança de eternidade. A Bíblia diz que fomos ajuntados, reunidos, edificados juntos, tornados membros juntos, feitos herdeiros juntos, combinados, mantidos juntos e seremos arrebatados juntos. Que grande benção ter toda a família terrena, inclusa na família espiritual, esse é nosso maior desejo, não queremos estar separados. Embora nosso relacionamento com Deus seja pessoal, Deus nunca quis que fosse particular. Na família de Deus, estamos unidos a todos os outros fiéis, e faremos parte uns dos outros por toda a eternidade.

Seguir a Cristo inclui pertencer, não apenas crer. Somos membros de seu corpo – a igreja. Pela perspectiva de Paulo, ser membro da igreja significava ser um órgão vital de um corpo vivo, parte indispensável do corpo de Cristo ( Romanos 12,4 -5; 1 Coríntios 6, 15; 12,12-27).

Para que os órgãos do corpo humano cumpram seu propósito precisam estar conectados ao corpo. O mesmo ocorre conosco como parte do corpo de Cristo. Fomos criados para uma função especifica, mas perdemos esse segundo proposito se não fizermos parte de uma igreja local. Descobrimos nosso papel nesta vida pelo relacionamento que mantemos com outros.

Ser membro da família de Deus não é irrelevante ou algo a ser negligenciado. A igreja é o plano de Deus para o mundo. Jesus disse: “Edificarei a minha igreja; todas as forças do inferno não prevalecerão contra ela” ( Mateus 16, 18). A igreja é indestrutível e existirá eternamente. Dizer que não precisa de igreja, é soberba e ignorância. A igreja é tão importante que Jesus morreu na cruz por ela. Cristo amou a igreja e deu sua vida por ela (Efésios 5, 25).

A família eclesiástica identifica-nos como cristãos verdadeiros. Não posso afirmar que sou um seguidor de Cristo se não sou comprometido com um grupo especifico de discípulos. Jesus disse: “O amor de vocês uns pelos outros provará ao mundo que vocês são meus discípulos” (João 13,35). Não somos o corpo de Cristo isoladamente: precisamos de outros para expressar essa condição. Juntos, não separados, somos o corpo do Senhor (1 Coríntios 12,27).

A família eclesiástica retira-nos do isolamento egoísta. A igreja local é o laboratório para a prática do altruísmo e do amor compassivo. Como membros ativos, aprendemos a interessar-nos uns pelos outros e a compartilhar experiências. “Se uma parte do corpo sofre, as demais partes sofrem com ela. Ou, se uma parte é honrada, as demais compartilham de sua honra” (1 Coríntios 12,26). Somente pelo contato regular com fiéis comuns e imperfeitos podemos aprender o verdadeiro companheirismo e experimentar a verdade do Novo Testamento: sermos unidos e dependentes uns dos outros (Romanos 12, 4, 5; 1 Coríntios 12,25; Efésios 4, 16; Colossenses 2, 19). O companheirismo bíblico compreende sermos tão comprometidos uns com os outros quanto o somos com Jesus Cristo.

A família eclesiástica ajuda a desenvolve músculos espirituais. A Bíblia diz: “À medida que cada parte realiza o seu trabalho em especial, ela coopera para o crescimento das outras partes, para que todo o corpo esteja saudável, crescendo e cheio de amor” (Efésios 4,16). Recebemos ordem para amar uns aos outros, orar uns pelos outros, incentivar uns aos outros, admoestar uns aos outros, saudar uns aos outros, ensinar uns aos outros, aceitar uns aos outros, honrar uns aos outros, carregar os fardos uns dos outros e sermos dedicados uns aos outros, submete-nos uns aos outros, perdoar-nos uns aos outros. Isso é ser membro de uma comunidade local, fazer e ser parte de uma igreja. Essas são as ‘responsabilidades familiares’, que Deus espera que cumpramos na comunidade local. Precisamos mais que a Bíblia para crescer, precisamos uns dos outros. Crescemos mais fortes e mais rapidamente com os outros e sendo responsáveis uns pelos outros.

O corpo de Cristo precisa de cada um de nós. Deus tem uma função especifica para cada um na família cristã. A comunidade local é o lugar planejado para desenvolvermos e utilizar nossos talentos, edificando a igreja de Cristo.

Participar na missão de Cristo no mundo. Como membros do Corpo de Cristo, membros de uma igreja, somos chamados a amar a Deus, viver seu exemplo de amor e transmiti-lo em conjunto ao restante do mundo. Somos seus pés, mãos, olhos, seu coração. Ele realiza sua obra no mundo por meio de nós, e cada um tem uma contribuição a dar.

A família eclesiástica nos impede de retroceder. A Bíblia diz: “[...] encorajem-se uns aos outros todos os dias [...], de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado” (Hebreus 3, 13). “Não é da sua conta” não é uma frase cristã. Somos chamados e recebemos ordem para nos envolver com a vida uns dos outros. Outro beneficio de ser membro de uma igreja é ter um líder espiritual. Deus atribuiu aos pastores a responsabilidade de guardar, proteger, defender e cuidar do bem estar espiritual de seu rebanho ( Atos 20,28,29; Hebreus 13,7,17, 1 Pedro 5, 1-4).

Está tudo na igreja. Deus criou a igreja para satisfazer as nossas necessidades mais importantes: um proposito para o qual viver, pessoas com quem viver, princípios pelos quais viver, uma profissão para se sustentar e força para seguir vivendo. Os propósitos de Deus para a igreja são idênticos aos cinco propósitos que Ele tem para nós: a adoração ajuda-nos a nos concentrar em Deus, a comunhão ajuda-nos a enfrentar os problemas da vida, o discipulado ajuda-nos a fortalecer a fé, o ministério ajuda-nos a descobrir nossos talentos e o evangelismo ajuda-nos a cumprir a missão. No mundo não há nada que se compare a igreja.

A escolha. A diferença entre frequentar uma igreja e ser membro dela está no comprometimento. Os frequentadores são expectadores que ficam à parte; os membros envolvem-se nos ministérios. Os frequentadores consomem, os membros contribuem. Os frequentadores querem os benefícios que a igreja propicia sem participar das responsabilidades. Ser membro de uma igreja local é comprometer-se com irmãos e irmãs espirituais, viver o amor na prática. Somos chamados a amar pecadores imperfeitos, assim como Deus faz.

Uma vez que nos tornamos filhos de Deus, nos comprometemos com Cristo, tornar-se membro de uma igreja, é comprometer-se com um grupo especifico de fiéis. A primeira decisão traz a salvação, a segunda, a comunhão.

Dia 18 – Tendo uma vida em comum. A vida foi feita para ser compartilhada.

Compartilhar a vida é viver em comunhão e viver em comunhão é viver com outras pessoas. Comunhão é muito mais que apenas aparecer nos cultos ou celebrações. Significa “experimentar a vida juntos”. Inclui amar de modo altruísta, compartilhar com transparência, servir nas necessidades práticas, auto sacrifício, consolar solidariamente e todas as outras expressões “uns aos outros”, encontradas no Novo Testamento. Deus fez uma fantástica promessa quanto ao ajuntamento de cristãos: “Pois ondem se reunirem dois, ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles” (Mateus 18, 20). E quanto menor melhor, não precisam ser muitas pessoas. Em um grande grupo, sempre alguém ficará isolado ou alguns irão se destacar. Jesus escolheu doze discípulos. E estes iam a outros. A igreja é um corpo vivo, e nós somos as células, cada célula alimenta e mantém viva outras células, para que o corpo todo possa funcionar. Assim vivemos em comunhão.

Na verdadeira comunhão experimentamos a autenticidade. A comunhão ocorre quando as pessoas se mostram honestas a respeito de si mesmas e do que está acontecendo em sua vida. Dividimos mágoas, revelamos segredos, confessamos falhas, damos a conhecer dúvidas, admitimos medos, reconhecemos fraquezas e pedimos ajuda e oração.

Autenticidade é exatamente o oposto do que encontramos em algumas igrejas. Em vez de uma atmosfera de honestidade e humildade, há uma conversação fingida, encenada, politiqueira, superficial, educada e frívola. As pessoas vestem máscaras, mantém a guarda e agem como se sua vida fosse bem sucedida em todos os aspectos. Essa atitude decreta a morte da verdadeira comunhão.

Ser autentico exige coragem e ao mesmo tempo humildade. Significa enfrentar o medo de se r exposto, da rejeição e de ser magoado. Por que alguém correria esse risco? Porque é a única maneira de crescer espiritualmente e ser emocionalmente saudável. A Bíblia diz: “Façam disso uma prática comum: confessem seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros, para que vocês possam viver juntos, integrados e curados” ( Tiago 5,16). Só crescemos assumindo riscos, e o mais difícil de todos é ser honesto consigo mesmo e com os outros.

Não é possível ter comunhão sem que haja perdão. Deus adverte: “Jamais guardem rancor” (Colossenses 3,13), porque a amargura e o ressentimento destroem a comunhão. A misericórdia de Deus para conosco é um estímulo para que sejamos misericordiosos com os outros. Jamais nos é pedido que perdoemos mais do que Deus já nos perdoou.

Sempre temos duas escolhas: usar a energia e sentimentos para buscar vingança ou para encontrar uma solução. Relutamos em praticar a misericórdia porque não sabemos a diferença entre perdoar e confiar. Perdoar é esquecer o passado, ou ainda olhar para o passado sem sentir dor, mágoa ou ressentimento. Confiar tem relação com o comportamento futuro. O perdão tem que ser imediato. Tenha a pessoa pedido ou não por ele. A confiança é reconstruída com o decorrer do tempo. Confiança exige antecedente. Se alguém nos magoa repetidamente, Deus nos ordena que perdoemos imediatamente, mas não espera que voltemos a confiar imediatamente ou que continuemos permitindo que tais pessoas nos magoem. Elas devem mostrar que mudaram com o tempo. O melhor lugar para restaurar a confiança é no contexto de apoio mútuo de um grupo que promova tanto o encorajamento, quanto a responsabilidade mútua. É possível experimentar a autenticidade, a reciprocidade, a compaixão e a misericórdia, estes são alguns dos muitos benefícios, de quando fazemos parte de um grupo da igreja comprometido com a verdadeira comunhão. Trata-se de algo fundamental à nossa vida cristã e não pode ser ignorado. Fomos criados para viver em comunidade.

Dia 19 – Cultivando a comunidade. Viver em comunidade exige comprometimento.

É necessário tanto o poder de Deus, quanto o esforço de cada um para gerar uma comunidade cristã sólida. Somente o Espírito Santo pode criar uma verdadeira comunhão entre as pessoas, mas ele cultiva isso por meio das escolhas que fazemos. “Você poderá ter uma comunidade saudável, sólida, bem sucedida e que Deus aprova somente se trabalhar duro para fortalecer os relacionamentos, tratando todos com dignidade e honra” (Tiago 3, 18). Viemos de famílias terrenas diversas, com relacionamentos adversos, por isso precisamos das habilidades relacionais necessárias para experimentar a verdadeira comunhão. Precisamos ser ensinados a nos relacionar e lidar com os outros membros da família de Deus.

O apóstolo Paulo afirma: “Escrevo-lhes estas coisas [...] para que vocês saibam como viver na família de Deus. Essa família é a igreja” (1Timóteo 3, 14,15).

A vida em comunidade exige sinceridade. São poucos os que podem contar com alguém que nos ame o suficiente para dizer-nos a verdade (mesmo quando machuca), para que não continuemos no caminho da autodestruição. A Bíblia nos manda seguir a verdade em amor (Efésios 4,15), porque não podemos viver em comunidade sem sinceridade. Muitas vezes, vivemos relacionamentos superficiais por recear os conflitos. Toda vez que uma questão delicada vem à tona, ela é encoberta, a fim de preservar a falsa sensação de paz. O assunto nunca é resolvido, e todos vivem com uma frustração encoberta. Todos sabem do problema, mas ninguém fala sobre ele abertamente. Criando um ambiente doentio de segredos e de fofocas. Paulo é incisivo quanto a esse assunto: “Essa nova vida traz mudanças, chega de mentiras, chega de fingimento. Falem a verdade. No corpo de Cristo, estamos antes de tudo, conectados uns aos outros. Se você mente para os outros, está mentindo para você mesmo” (Efésios 4,25).

A verdadeira comunhão, no casamento, na amizade, ou na igreja, depende da franqueza. A franqueza, no entanto, não é para dizer o que quer, como quer, onde quer e sempre que quiser. Não é grosseira. A Bíblia diz que “existe um tempo certo e um modo certo de fazer cada coisa” (Eclesiastes 8,6). Palavras impensadas deixam feridas permanentes. Deus nos manda tratar os membros da igreja com o mesmo amor que dedicamos à família.

A vida em comunidade exige humildade. O orgulho ergue muros entre as pessoas, a humildade constrói pontes. A humildade é o argumento que suaviza as relações, por isso a Bíblia diz: “Sejam todos humildes uns para com os outros” (1Pedro 5,5). A vestimenta adequada à comunhão é a humildade.

A continuação do versículo diz: “[...] porque ‘Deus se opõe aos orgulhos, mas concede graça aos humildes’” (1Pedro 5,5). Essa é outra razão pela qual devemos ser humildes: o orgulho impede a graça de Deus em nossa vida, da qual precisamos para crescer, ser transformados, curados e ajudar os outros. Podemos desenvolver a humildade de várias maneiras práticas: Admitindo as fraquezas, sendo paciente com as fraquezas dos outros, estando aberto a admoestações e pondo os outros em evidência. A humildade não é pensar menos em si, mas pensar menos sobre si mesmo; humildade é pensar mais nos outros. Os humildes estão interessados apenas em servir os outros; não pensam em si.

A vida em comunidade exige cortesia. A Bíblia diz: “É preciso carregar o fardo de termos consideração para com as duvidas e temores de outras pessoas” (Romanos 15,2). Paulo diz: “povo de Deus deve ser cortês e ter o coração aberto” (Tito 3,2). Um elemento essencial para a cortesia é conhecer a origem das pessoas. Quando sabemos a história e as experiências pelas quais as pessoas “difíceis” passaram, somos mais compreensivos. Ser cortês é não subestimar os medos e dúvidas dos outros. O fato de não temermos algo, não torna esse sentimento inválido. A verdadeira comunidade é construída quando as pessoas sabem que é seguro compartilhar medos sem serem julgadas.

A vida em comunidade exige sigilo. Deus detesta a fofoca, principalmente quando disfarçada de “pedido de oração” em favor de alguém. Deus diz: “os maus provocam discussões, e quem fala mal dos outros separa os maiores amigos” (Provérbios 16,28). A fofoca causa mágoa e discórdia, e isso destrói amizades.

A vida em comunidade exige constância. Devemos desenvolve o hábito de nos reunir. Hábito é algo que fazemos com frequência, não uma vez ou outra. É preciso passar tempo com as pessoas, muito tempo, para estabelecer relacionamentos íntimos, cultivando comunhão verdadeira. Viver em comunhão requer investimento de tempo.

Os benefícios de compartilhar a vida uns com os outros, são plenamente compensadores e nos preparam para o céu.

Dia 20 – Restaurando a Comunhão. Sempre vale a pena restaurar os relacionamentos.

“Se vocês receberam algo bom por seguir a Cristo; se o amor dele fez diferença na vida de vocês; se estar numa comunidade do Espírito significa algo para vocês; se vocês tem um coração; se vocês se importam uns com o outro – façam-me um favor: concordem um com o outro, amem um ao outro, sejam amigos de verdade” ( Filipenses 2, 1-2). Paulo nos ensina que a habilidade no trato com as pessoas é um dos traços do cristão maduro ( Romanos 15,5). Fomos formados para ser parte da família de Deus e o segundo propósito de nossa vida é aprender a amar e a se relacionar com as pessoas. Se desejamos a benção de Deus sobre a nossa vida e queremos ser conhecidos como filhos de Deus, aprendamos a ser um pacificador.

Como podemos restaurar um relacionamento? Segue sete passos bíblicos para a restauração da comunhão.

1. Fale com Deus antes de falar com a pessoa.

A maioria dos conflitos tem raízes em necessidades não satisfeitas. Ninguém pode suprir todas as nossas necessidades, exceto Deus. Usemos a oração para desabafar. Clame por ajuda. Conte para Deus todas as nossas frustrações, decepções, mágoas, raiva, insegurança ou qualquer outra emoção. Diga-lhe exatamente como se sente.

2. Tome sempre a iniciativa. Quando se trata de conflitos o tempo não cura nada; pelo contrário, as mágoas só se tornam mais profundas. Deus espera que demos o primeiro passo, não importa se fui o ofendido ou o ofensor.

3. Demonstre compaixão pelos sentimentos dos outros. Usemos mais os ouvidos do que a boca. “Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros” (Filipenses 2,4). O verbo “procurar”, significa, estar alerta, observar. Concentre-se em seus sentimentos; não nos fatos. Comecemos pela compaixão; não pela solução. A Bíblia nos diz: “A sabedoria do homem lhe dá paciência; sua gloria é ignorar as ofensas” (Provérbios 19,11) A paciência tem origem na sabedoria, e a sabedoria tem origem no fato de ouvir a perspectiva dos outros. Quando ouvimos, estamos dizendo: ”Valorizo sua opinião, preocupo-me com nosso relacionamento, você é importante para mim”.

3. Confesse sua parte no conflito. O desejo de realmente restaurar um relacionamento, começa admitindo-se os próprios erros e transgressões. Jesus disse: “Primeiro tire a viga de seu olho, e então talvez enxergue suficientemente bem para tirar o cisco do olho de seu amigo” (Mateus 7,5).

A confissão é uma ferramenta poderosa para a reconciliação. Quando admitimos humildemente os erros, isso neutraliza a raiva da outra pessoa e a deixa desarmada. Não dando desculpas ou transferindo a culpa, apenas confessando sinceramente qualquer participação que tenha tido no conflito. Aceitar a responsabilidade pelos erros e pedir perdão.

Invista contra o problema, não contra a pessoa. Não se resolve um problema se nos preocupamos em identificar o culpado. Na solução de conflitos, a maneira de falar é tão importante quanto o que se fala. Se nos expressamos de forma ofensiva, a outra pessoa ouvira de forma defensiva. Deus diz: “Quem tem coração sábio é conhecido como uma pessoa compreensiva, quanto mais agradável são suas palavras, mais você consegue convencer os outros” (Provérbios 16,21).

Coopere tanto quanto possível. Pelo bem da comunhão, faça o melhor que puder para chegar a um acordo, é preciso adaptar-se aos outros, mostrar preferencia pelas necessidades deles. A paz, às vezes custa nosso orgulho, e quase sempre custa nosso egoísmo. Jesus diz na sétima bem aventurança: “Abençoados vocês, que conseguem mostrar que cooperar é melhor que brigar ou competir. Desse modo, irão descobrir quem vocês realmente são e que ocupam na família de Deus” ( Mateus 5,9).

Enfatize a reconciliação, não a solução. A reconciliação atém-se ao relacionamento, enquanto a solução está vinculada ao problema. Focar na reconciliação, assim o problema perde importância e não raro se torna irrelevante. Podemos restabelecer um relacionamento mesmo quando somos incapazes de resolver nossas diferenças. Podemos discordar sem ser desagradáveis. Deus espera unidade e não uniformidade. Podemos caminhar de braços dados sem concordar com tudo.

Restaurar a comunhão com alguém é necessário, imprescindível e urgente. Fazer uma pausa, falar com Deus sobre essa pessoa, pegar o telefone e iniciar o processo, não é fácil, requer esforço e coragem, mas vale a pena. Quando promovemos a paz somos chamados de “filhos de Deus” (Mateus 5,9).

Dia 21 – Protegendo sua Igreja. Deus deseja que experimentemos profundamente unidade e harmonia uns com os outros. A unidade é a alma da comunhão. Nada é mais valioso para Deus que sua igreja e é nossa responsabilidade proteger a unidade da comunidade em que congregamos. Somos encarregados por Jesus de fazer o possível para preservar a unidade, proteger a comunhão e promover a harmonia em nossa igreja e entre todos os cristãos. A Bíblia dia: “Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vinculo da paz” (Efésios 4, 3). Ela nos dá algumas orientações.

Concentrar-se no que temos em comum, não em nossas diferenças. Paulo recomenda: “Concentremo-nos nas coisas que contribuem para a harmonia e no crescimento de nossa comunhão conjunta” (Romanos 14,19). Deus deseja unidade, não uniformidade. Mas para o bem da unidade, não devemos permitir que nossas diferenças, em circunstancia alguma, nos separem. Precisamos nos manter concentrados no que mais importa – aprender a amar uns aos outros como Cristo nos amor e cumprir os cinco propósitos de Deus para cada um de nós e para sua igreja.

Ser realista em nossas expectativas. Entendido que Deus nos quer em verdadeira comunhão, é fácil ficar desanimado pela disparidade entre o ideal e a realidade presenciada em nossa igreja. Devemos amar apaixonadamente a igreja, apesar das imperfeiçoes que ela tem. Ansiar pelo ideal enquanto critica o real é evidencia de imaturidade. Em contrapartida, conforma-se com o real sem lutar pelo ideal é complacência. A maturidade cristã está em conviver com essa tensão. A igreja é um local de pessoas imperfeitas, para quem admiti ser pecador, carecem da graça e desejam crescer.

Sejamos incentivadores e não críticos. Deus nos adverte repetidamente que não critiquemos, comparemos ou julguemos uns aos outros ( Mateus 5,9); (Romanos14,13); ( Efésios 4,29).

Sempre que julgo um irmão, quatro coisas acontecem instantaneamente: perco minha comunhão com Deus, exponho meu orgulho e insegurança, predisponho-me em situação de ser julgado por Deus e prejudico a comunhão da igreja. O espírito critico é um vício dispendioso. Culpar, criticar e queixar-se dos membros da família de Deus é trabalho do Diabo.

Recursar-se a dar ouvidos a fofocas. Ouvir uma fofoca é receptar uma mercadoria roubada: isso nos faz igualmente culpado pelo crime. Se quisermos proteger a igreja, não devemos dar ouvidos a fofocas.

Praticar os métodos de Deus para solucionar conflitos. “Se um dos que se dizem seu irmão na fé prejudicar você, converse com ele. Consertem a situação entre vocês. Se ele ouvir, você faz um amigo. E não ouvir, tome uma ou duas pessoas para que a presença de testemunhas torne o ato legitimo, e tente de novo. Se ainda assim, ele não ouvir, leve o caso a igreja” ( Mateus 18, 15 -17).

Apoiar o pastor e os outros líderes. Deus concede aos lideres responsabilidade e autoridade para que mantenham a unidade da igreja. A Bíblia é clara sobre amaneira com a qual devemos nos relacionar com os que nos servem:

“Sejam obedientes aos seus pastores. Ouçam o conselho deles. Eles estão atentos à condição da vida de vocês e trabalham sob a estrita supervisão de Deus. Contribuam para que a liderança deles seja alegre, não penosa. Por que tornar as coisas mais difíceis?” (Hebreus 13,17).

Protegemos a igreja quando honramos os que nos servem no papel de líderes. Eles necessitam de orações, incentivos, apreço e amor.

Somos desafiados a aceitar a responsabilidade de proteger e promover a união em nossas igrejas. Empenhar-se nesse objetivo com todas as nossas forças. Deus se agrada disso. Em comunidade, aprendemos a dizer “nós”, em vez de “eu”; “nosso”, em vez de “meu”. Deus diz: “Não pensem apenas no próprio bem. Pensem nos outros cristãos e no que é melhor para eles” (1 Coríntios 10,24).

Deus abençoa a igreja que permanece unida. Muitas pessoas em nossa comunidade estão em busca de amor e de um lugar ao qual pertencer. A verdade é que todo mundo precisa e quer ser amado e, quando alguém encontra uma igreja em que os membros verdadeiramente amam uns aos outros e se importam uns com os outros, somente portas trancadas poderiam mantê-lo do lado de fora.

Propósito 3 – Dia 22 – Fomos criados para nos tornarmos semelhantes a Cristo.

Em toda a criação, somente o ser humano foi feito “à imagem de Deus”. Esse é um grande privilégio, que muito nos honra. Assim como Deus, somos seres espirituais – nosso espírito é imortal e sobreviverá ao nosso corpo terreno, somos intelectuais – podemos pensar, ponderar e solucionar problemas; como Deus, o ser humano é relacional – podemos dar e receber amor verdadeiro; somos dotados de consciência moral – podemos discernir entre o certo e o errado, o que nos torna responsáveis diante de Deus.

A bíblia diz que todas as pessoas, não apenas os cristãos, detém parte da imagem de Deus. Esse é o motivo pelo qual o assassinato e o aborto são um erro (Gênesis 9,6). A imagem está incompleta e foi danificada e distorcida pelo pecado. Então, Deus enviou Jesus para restaurar a imagem em plenitude, que havíamos perdido. “A imagem e semelhança” de Deus, se parece com Jesus Cristo.

A Bíblia diz que Jesus “é a imagem exata de Deus”, “a imagem do Deus invisível” e a “expressão exata do seu ser”. Jamais nos tornaremos Deus ou mesmo um deus. É uma mentira impregnada de arrogância, é a mais antiga tentação de Satanás. O desejo de ser divino manisfesta-se toda vez que tentamos controlar as circunstancias, o futuro e as pessoas ao redor. Na condição de criaturas, porém, jamais seremos o Criador. Deus não quer que nos transforme-mos num deus, e sim que nos tornemos como Ele, que assumamos valores, atitudes e caráter próprios Dele.

O supremo objetivo de Deus para nossa vida não é o conforto, e sim o desenvolvimento do caráter. Ele quer que cresçamos espiritualmente e nos tornemos semelhantes a Cristo. Tornar-se semelhante a Cristo não significa perder a personalidade ou se tornar autômato. Deus nos criou com caráter único, portanto é óbvio que não pretende destruir-nos.

Ser semelhante a Cristo consiste, em essência, na transformação do caráter, não da personalidade. Deus quer que desenvolvamos o tipo de caráter descrito nas bem aventuranças de Jesus (Mateus 5,1 -12); no fruto do Espírito (Gálatas 5,22 -23), no notável capítulo de Paulo sobre o amor (1 Coríntios 13) e nas características de uma vida produtiva e eficiente, descrita por Pedro ( 2 Pedro 1, 5-8).

A vida é necessariamente difícil, pois isso é o que nos possibilita crescer. Aqui não é o céu.

Não nos esqueçamos que a vida não gira em torno de nós. Existimos para o propósito de Deus e não o contrário.

Somente o Espírito Santo tem o poder para realizar as transformações que Deus deseja em nossa vida. Não podemos reproduzir o caráter de Jesus por esforço próprio. As características de Cristo não são produzidas por imitação, mas por habilitação: Permitimos que Cristo viva em nós por meio de nossas escolhas. Quando escolhemos fazer a coisa certa nas diversas situações da vida, confiando que o Espírito Santo de Deus nos concederá força, amor, fé e sabedoria para agir.

Cooperamos com o Espírito Santo quando seguimos adiante na fraqueza, a despeito de nossos medos e sentimentos, confiando e deixando-o agir. E embora o esforço não tenha efeito para a Salvação, ele está relacionado com o crescimento espiritual. No Novo Testamento nos é dito em oito ocasiões diferentes, para “fazermos todo o esforço” ( Lucas 13,24; Romanos 14,19; Efésios 4,3; 2Timóteo 2,15; Hebreus 4,11; Pedro 1,5) em nosso crescimento até nos tornarmos semelhantes a Jesus. Não podemos apenas esperar que isso aconteça.

Em primeiro lugar, devemos abandonar nossa antiga maneira de agir: “Agora é hora de ter um estilo de vida totalmente novo, zerado, planejada por Deus, renovada a partir de dentro” [...] (Efésios 4,22).

Sem segundo lugar, devemos mudar nosso pensamento: “Deixe que o Espírito Santo transforme sua maneira de pensar” (Efésios 4,23). A Bíblia diz que somos “transformados” pela renovação de nossa mente (Romanos 12,2).

E em terceiro lugar, precisamos “assumir” o caráter de Cristo ao desenvolver hábitos novos e dignos de Deus. O caráter é basicamente a soma de hábitos: é como habitualmente agimos. A Bíblia diz que devemos revestir-nos do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade (Efésios 4,24).

Estudar e aplicar a palavra Deus, reunir-se regularmente com outros fieis e aprender a confiar no Senhor nos momentos difíceis, nos levam ao desenvolvimento de nosso caráter. Deus quer que cresçamos juntos. Precisamos uns dos outros para alcançar a comunhão. Lembre-se: tudo consiste no amor - amar a Deus e amar os outros.

Tornar-se semelhante a Cristo e um lento e longo processo de crescimento e vai além desta vida. Não será completada aqui. Só terminará quando formos para o céu ou quando Jesus voltar. A Bíblia diz: “Não podemos sequer imaginar como seremos quando Cristo voltar. No entanto, sabemos que quando ele chegar seremos semelhantes a Ele, pois o veremos como realmente é” (1 João 3,2).

A Bíblia adverte: “Não se ajustem demais a sua cultura, a ponto de não pensarem mais. Em vez disso, concentrem a atenção em Deus. Vocês serão mudados de dentro para fora. Descubram o que Ele quer de vocês e tratem de obedecê-lo. Diferentemente da cultura dominante, que sempre os arrasta para baixo, ao nível da imaturidade, Deus extrai o melhor de vocês e desenvolve em vocês uma verdadeira maturidade” ( Romanos 12,2).

Tomemos a decisão de tornamo-nos semelhantes a Cristo. Esse é nosso grande privilégio, nossa responsabilidade direta e nosso destino final.

Dia 23 – Como crescemos. Deus quer que cresçamos semelhantes a Cristo.

Milhões de pessoas emperram em uma eterna infância espiritual e isso ocorre por que nunca pretenderam crescer. O crescimento espiritual não é automático. É necessário um compromisso intencional. Devemos querer crescer, decidir crescer, esforçar-se para crescer e persistir em crescer. O discipulado, sempre começa com uma decisão. Isso é tudo que precisamos para começar: decidir tornar-se um discípulo. É no estágio de comprometimento que a maioria das pessoas perde o proposito de Deus para sua vida. Muitos têm medo de se comprometer com qualquer coisa e simplesmente ficam vagando por aí. Toda escolha tem consequências eternas. Logo, é melhor que escolhamos sabiamente. Pedro, adverte: “Já que tudo ao nosso redor se derreterá, que vida santa e piedosa devemos viver!” (2pedro 3,11).

A parte de Deus e a nossa parte. Uma vez que tenhamos decidido seriamente nos tornarmos semelhantes a Cristo, devemos começar a agir de maneira diferente. Precisamos nos livrar de alguns procedimentos antigos, desenvolver novos hábitos e intencionalmente mudar o modo de pensar. O Espírito Santo nos ajudará nesta mudança. A Bíblia diz: “[...] ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor, pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo, com a vontade dele” (Filipenses 2,12). Fica claro: por em ação e efetuar. A primeira é nossa responsabilidade; a segunda é o papel de Deus. O crescimento espiritual é um esforço de cooperação entre nós e o Espírito Santo. Ele trabalha conosco, não apenas em nós.

Reprogramando o piloto automático. “Tenha cuidado com o que você pensa, pois a sua vida é regida pelos seus pensamentos” (Provérbios 4,23). A mudança de vida, começa com a mudança de pensamento. Por trás de tudo que fazemos, há um pensamento. Todo comportamento é motivado por uma crença, e toda ação é induzida por uma atitude.

O modo de pensar determina o modo de sentir, e o modo de sentir influencia a maneira de agir. Paulo diz: “Deve haver uma renovação espiritual de seus pensamentos e atitudes” (Efésios 4,23). Para ser semelhantes a Cristo, precisamos desenvolver a mente de Cristo. O Novo Testamento chama essa mudança mental de “arrependimento”, que na origem da palavra quer dizer “mudar de ideia”. Nos arrependemos sempre que mudamos a maneira de pensar, e ao adotar o modo de pensar de Deus – sobre nós mesmos, sobre o futuro, sobre as outras pessoas, sobre a vida, sobre tudo o mais, assumimos a perspectiva e o enfoque de Deus. Recebemos a seguinte ordem: “Pensem da mesma maneira que Cristo Jesus pensa” (Filipenses 2,5). Essa alteração mental é deixar de ter pensamentos imaturos, que são egocêntricos e egoístas A Bíblia diz que o pensamento egoísta é a fonte do comportamento pensamento pecaminoso: “Os que vivem segundo a própria natureza pecaminosa só pensam nas coisas que essa natureza pecaminosa deseja” (Romanos 8,5).

Ter pensamentos maduros nos leva a pensar como Jesus, concentrados nos outros e não em nós mesmos. Pensar nos outros é a marca da maturidade. Embora o conhecimento seja uma das maneiras de medir a maturidade, isso não é tudo. A vida cristã é muito mais que um conjunto de credos e convicções ela inclui conduta e caráter. Nossos atos devem ser coerentes com a nossa fé, e nossas crenças devem ser confirmadas por um comportamento semelhante ao de Cristo.

O Cristianismo não é uma religião, nem uma filosofia, mas um relacionamento, um estilo de vida como vemos no exemplo de Jesus, é pensar nos outros e não em nós mesmos. Pensar nos outros é a base para se tornar semelhante a Cristo e a melhor maneira de crescimento espiritual. Esse tipo de pensamento não é natural, é contranatural, raro e árduo. E felizmente, temos ajuda: “Deus nos deu o seu Espírito. Por isso, não pensamos como pensam as outras pessoas deste mundo” (1 Coríntios 2,12).

Nunca é tarde demais par começar a crescer, comece mudando seu pensamento.

“Deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele” (Romanos 12,2).

Dia 24 – Transformado pela verdade. A verdade nos transforma. Jesus orou: “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (João 17,17). Santificação exige revelação. O Espírito de Deus usa a Palavra de Deus para nos tornar semelhantes ao Filho de Deus. Para tornarmo-nos semelhantes a Jesus, devemos preencher nossa vida com a Palavra. A Bíblia diz: “Por meio da Palavra, somos unidos e moldados para as tarefas que Deus deseja nos incumbir” (2 Timóteo 3,17).

Quando o Senhor fala, todas as coisas mudam. Tudo ao nosso redor – toda criação existe porque “Deus disse”. Foi pela palavra dela que tudo veio a existir. Sem ela não estaríamos vivos. Tiago observa: “Deus decidiu nos dar vida pela palavra da verdade, por isso somos a mais importante de todas as coisas que Ele criou” ( Tiago 1,18).

A Palavra de Deus gera a vida, produz a fé, promove mudanças, afugenta o Diabo, realiza milagres, cura feridas, edifica o caráter, transforma circunstâncias, transmite alegria, supera a adversidade, derrota a tentação, inspira a esperança, libera poder, esclarece a mente, cria coisas e nos garante o futuro eterno. Não devemos viver sem a palavra de Deus. Ela é tão essencial à vida quanto o alimento. Jó disse: “[...] dei mais valor às palavras de sua boca do que ao meu pão de cada dia” (Jó 23,12).

A Palavra de Deus é o alimento espiritual do qual devemos nos alimentar para crescer espiritualmente e para cumprir nosso propósito. A Bíblia é chamada “mel”, “pão”, “alimento sólido” e “leite”; “[...] desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação” (1 Pedro 2,2).

Permanecendo na Palavra de Deus. Para tornarmo-nos discípulos saudáveis de Jesus, alimentar-se da Palavra de Deus, deve ser a nossa primeira prioridade. Jesus chama isso “permanecer”. Ele disse: “Se vocês permanecerem na Minha palavra, então são verdadeiramente Meus discípulos” (João 8,31). “Permanecer na palavra de Deus” inclui três atitudes:

1º Devo aceitar sua autoridade. A Bíblia deve se tornar o critério definitivo para minha vida, a bússola na qual confio para saber a direção, o conselho a que dou ouvidos para tomar decisões sábias e o parâmetro que utilizo para avaliar todas as coisas. A Bíblia deve sempre ter a primeira e última palavra sobre a minha vida. “Cada palavra de Deus é comprovadamente pura” (Provérbios 30,5). “[...] tudo nas escrituras é Palavra de Deus. Tudo nela é útil para ensinar e ajudar as pessoas e para corrigi-las e mostrar-lhes como viver” ( 2 Timóteo 3,16).

Em todas as situações, dúvidas, antes de tomar qualquer decisão perguntemo-nos: “ O que a Bíblia diz a respeito?”. Determinemo-nos que , quando Deus mandar fazer algo, confiemos em sua Palavra e seguiremos em frente, quer a ordem faça sentido ou não, independentemente de nossa vontade.

2º Devo assimilar sua verdade. Não basta acreditar na Bíblia: devemos impregnar nossa mente de seus ensinamentos, de forma que o Espírito Santo possa nos transformar com a verdade. Existem cinco maneiras de fazer isso: receber, ler, pesquisar, memorizar e refletir sobre ela.

Recebemos a palavra de Deus quando a ouvimos e a aceitamos sem reservas. Jesus usa a Parábola do Semeador para ilustrar nossa receptividade se a Palavra de Deus irá ou não criar raízes em nossa vida e dar frutos. Jesus identifica três atitudes de rejeição: a mente fechada (à beira do caminho) mente superficial (solo pedregoso), mente distraída (entre os espinhos), em seguida adverte: “‘Considerem atentamente como vocês estão ouvindo’” (Lucas 8,1). Examinemos nossa atitude, especialmente em relação ao orgulho. Deus fala conosco, mas precisamos ser humildes e receptivos.

Ler a Bíblia. Por mais de dois mil anos na história da Igreja, somente o líder da comunidade eclesiástica podia ler a Bíblia. Hoje temos acesso e ainda assim não lemos. Não é de admirar que não cresçamos. Ficamos horas diante das telas, e não somos capazes de ficar três minutos lendo a Bíblia. A leitura diária nos mantém ao alcance da voz de Deus.

Pesquisar ou estudar a Bíblia é outra forma prática de permanecer na Palavra de Deus. A diferença entre ler e estudar a Bíblia implica duas atividades adicionais: fazer perguntas sobre o texto e anotar as impressões. Métodos diferentes usam perguntas diferentes. Descobriremos muito mais se fizermos perguntas simples como: “Quem?”; “O que?”; “Quando?”; “Onde?”; “Por quê?”; “Como?”. A Bíblia diz: “Verdadeiramente as pessoas felizes são as que cuidadosamente estudam a perfeita lei de Deus, a qual as torna livres, e continuam a estudá-la. Elas não esquecem o que ouviram, antes obedecem ao ensinamento de Deus. Todos os que fazem isso serão felizes” (Tiago 1,25).

Memorizar a palavra de Deus. A memorização é uma dádiva concedida por Deus. Se a Palavra de Deus é importante, usaremos o tempo para memorizá-la. A memorização de versículos bíblicos nos ajuda a resistir a tentação, tomar decisões sábias, reduzir o estresse, ganhar confiança, dar bons conselhos e compartilhar a fé com os outros (Salmos 119,11,49,50,105); Provérbios 22,18; Jeremias 15,16; 1 Pedro 3,15).

A memória é como um músculo. Quanto mais a exercita, mais forte ela se torna, e memorizar as Escrituras ficará cada vez mais fácil.

Refletir sobre a Palavra de Deus. Meditação é pensamento concentrado. É esforço verdadeiro. Escolher um versículo e ponderar longamente a respeito dele. E se sabemos nos preocupar, sabemos meditar. Preocupação é o pensamento concentrado em algo negativo. A meditação tem a mesma característica, mas está voltada para a Palavra de Deus. Davi, o homem que Deus chamou “o homem segundo meu coração” ( Atos 13,22), tinha o prazer em meditar na Palavra de Deus. Ele disse: “Como amo os teus ensinamentos! Medito neles o dia inteiro” (Salmos 119,97).

3º Devo por em prática os princípios das Escrituras. De nada adianta receber, ler, memorizar ou refletir a Palavra de Deus, se não a colocamos em prática. Tudo é inútil. A Palavra de Deus é viva, é ação. Devemos nos tornar “praticantes da palavra” (Tiago 1,22). Esse é o passo amis difícil. Satanás luta contra ele com muita intensidade. Não se importa que frequentemente façamos estudos bíblicos, contanto que não pratiquemos o que aprendemos.

Enganamo-nos quando presumimos que assimilamos a verdade apenas por tê-la ouvido, lido ou estudado. É preciso viver a Palavra. Praticar a Palavra. Jesus disse: “’Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha’ ” (Mateus7,24). Ele ainda destaca que as bênçãos de Deus provêm da obediência à verdade, mas não apenas por conhecê-la. Ele disse: “’Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem’” (João 13,17).

A verdade nos liberta, mas no começo faz-nos sentir miseráveis. A Palavra de Deus, expõe nossa motivações, aponta nossas faltas, repreende nosso pecado e espera que nos transformemos. Faz parte de nossa natureza resistir às mudanças, por isso a prática da Palavra é uma tarefa difícil. Por isso, é tão importante discutir com outras pessoas como aplicar seus ensinos à própria vida. Aprendemos a verdade compartilhada com os outros e não por conta própria. Outras pessoas vão nos ajudar a discernir coisas que podemos deixar passar e nos ajudam a praticar a verdade de Deus. Uma dica é anotar uma atitude resultante da leitura, do estudo ou da reflexão sobre a Palavra de Deus. Toda aplicação deve envolver tanto nosso relacionamento com Deus, com os outros e consequentemente no desenvolvimento de nosso caráter.

A Bíblia não nos foi concedida para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossa vida.

O que Deus já nos pediu por meio de sua Palavra que ainda não começamos a fazer? Pensemos sobre isso e vamos á prática!

Dia 25- Deus tem um propósito por trás de cada adversidade.

Ele usa as circunstâncias para desenvolver nosso caráter. Nem todos os problemas e aflições da vida são graves, mas todos são importantes para o processo de crescimento que Deus planejou para nós. Ninguém está imune à dor ou livre de sofrer. A vida é uma série de problemas.

Deus utiliza os problemas para que nos aproximemos D’Ele. A Bíblia diz: “O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado; ele resgata os de espírito abatido” (Salmos 34,18). Quando o coração está partido; quando sentimo-nos abandonados; quando não temos nenhuma opção; quando a dor é intensa, nos dias em que decidimos buscar somente a Deus. É quando sentimos dor física ou emocional, não temos disposição para orações superficiais. Quando a vida é um mar de rosas, podemos passar o tempo adquirindo conhecimentos sobre Jesus, imitando-o, citando-o e falando sobre ele. Mas apenas quando sofremos é que o conhecemos.

Os problemas obrigam-nos a olhar para Deus e a depender dele, em vez de confiar em nós mesmos. Paulo dá testemunho desse benefício: “Sentimos que estávamos condenados à morte e percebemos como éramos fracos demais para socorrermos a nós mesmos; isso, porem foi bom, porque assim nós colocamos tudo nas mãos de Deus, o único que poderia salvar-nos, pois é capaz até de levantar os mortos” (2 Coríntios 1,9).

Nunca saberemos que Deus é tudo de que precisamos até que Ele seja tudo que temos.

Independentemente da causa, nenhum problema acontece sem a permissão de Deus.

Se o Senhor tem controle total da situação, os acidentes são apenas circunstancias do plano dele para nossa vida. Todos os dias de nossa existência foram escritos no calendário de Deus antes que nascêssemos (Salmos 139,16), tudo o que acontece, tem um significado espiritual!

Somente no céu tudo é perfeito, da forma que Deus quer. É por isso que somos orientados a orar: “Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6,10).

“Sabemos que Deus determina que tudo coopere para o bem de todos aqueles que amam a Deus e são chamados segundo o propósito que tem para eles. Porque Deus conhecia os seus de antemão e os escolheu para se tornarem semelhantes ao seu Filho” (Romanos 8,28,29).

Vamos meditar esse versículo:

“Sabemos”, é uma certeza que se fundamenta na verdade de que Deus tem pleno controle do Universo e ama a todos nós.

“[...] que Deus age [...]”,nossa vida não é resultado do acaso, é Deus quem controla o leme. Nós cometemos erros; Deus, porém, jamais se engana. Ele não pode cometer erros – porque é Deus.

“[...] em todas as coisas [...]”, o plano de Deus envolve tudo que nos acontece, incluindo erros, pecados, mágoas, doenças, dívidas, acontecimentos infelizes, divórcio e a morte de pessoas queridas. Deus pode fazer o bem aflorar na pior adversidade. Os fatos da vida agem em conjunto, conforme os planos de Deus. Não são atos isolados, mas partes interdependentes do processo que nos tornarão semelhantes a Cristo.

“[...] para o bem [...]”, o propósito de Deus é maior que nossos problemas, nosso sofrimento e até mesmo nossos pecados. Pois Deus é especialista em extrair o bem de tudo que é mal.

“[...] de acordo com o seu propósito [...]”, e o propósito é que sejamos “semelhantes a seu Filho”. Tudo que Deus permite que aconteça em nossa vida é por causa desse propósito.

Cada problema é uma oportunidade para a edificação do caráter, e, quanto mais difícil a situação, maior o potencial de desenvolvimento dos músculos espirituais e da fibra moral. Paulo disse: “Sabemos que essas tribulações produzem paciência. E a paciência produz o caráter” (Romanos 5,3). O que acontece exteriormente em nossa vida não é tão importante quanto o que acontece dentro de nós. As circunstâncias da vida são temporárias, mas o caráter é eterno.

Muitas pessoas diante dos problemas tornam-se ainda mais amargas, em vez de melhorar, e nunca crescem. É preciso reagir aos problemas como Jesus reagiria.

Mantenha-se concentrado no plano de Deus; não no problema ou no sofrimento. O segredo da resistência é lembrar-se de que o sofrimento é temporário, mas a recompensa será eterna. E lembre-se de que o plano de Deus é bom.

Demonstremos gratidão pelo fato de Ele usar os problemas que nos afligem para o cumprimento dos propósitos D’Ele. A Bíblia diz: “Alegrem-se no Senhor” (Filipenses 4,4). Não importa o que aconteça, alegremo-nos no amor, na atenção, na sabedoria, no poder e na fidelidade de Deus. Jesus disse: “Alegrem-se quando isso ocorrer, pois há uma grande recompensa esperando por vocês no céu” (Lucas 6,23).

Alegramo-nos ao saber que o Senhor passa pelo sofrimento junto conosco. Não servimos a um Deus alienado, que se mantém distante de nós. Ele participa de nosso sofrimento. É seu Espírito quem opera isso em nós. Deus nunca nos deixará sozinhos. Somos transformados pela provação.

Ao passarmos por qualquer problema, conversemos com Deus, perguntemos a Ele: “O que queres que eu aprenda?”. Então, confiemos em Deus e sigamos fazendo o que é certo, perseveremos, permaneçamos firmes na aliança com Deus para alcançarmos o aperfeiçoamento prometido. Recusemo-nos a desistir. Sejamos pacientes e persistentes.

Que problema ou dificuldade em nossas vidas permitiu que experimentássemos um crescimento maior? Pensemos nisso!

Dia 26 – Crescendo por meio da tentação. Toda tentação é uma oportunidade para fazer o bem. No caminho do amadurecimento espiritual, até mesmo a tentação se torna um degrau, em vez de uma pedra de tropeço. A tentação apenas apresenta uma escolha. Embora seja a arma principal usada por Satanás para nos destruir, Deus quer utilizá-la para nos fortalecer. E toda vez que escolhemos fazer o bem, em vez de pecar, estamos desenvolvendo o caráter de Cristo.

E uma das concisas descrições do caráter é o fruto do Espírito: “Quando o Espírito Santo controla a nossa vida, ele produz os seguintes frutos em nós: amor, alegria, paz, paciência, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gálatas 5,22-23). Ter o fruto do Espírito Santo é ser semelhante a Cristo. E o fruto sempre se desenvolve e amadurece lentamente.

Deus desenvolve o fruto do Espírito Santo em nossa vida, permitindo que vivenciemos situações nas quais seremos tentados a exteriorizar uma qualidade exatamente oposta! O desenvolvimento do caráter sempre envolve uma escolha, e a tentação propicia essa oportunidade.

O Senhor nos ensina a verdadeira alegria no meio da aflição quando nos voltamos para Ele. A felicidade depende de circunstâncias externas, mas a alegria fundamenta-se no relacionamento com Deus.

Deus recorre à situação oposta de cada fruto para nos permitir escolher.

Ninguém pode afirmar que é bom, se não foi tentado a ser mau. Não pode se dizer fiel, se nunca foi tentado a ser infiel. A integridade é construída ao se derrotar a tentação da desonestidade; a humildade cresce quando nos recusamos a ser arrogantes; a perseverança desenvolve-se sempre que resistimos à tentação de desisti. Cada vez que derrotamos uma tentação, tornamo-nos um pouco mais semelhantes a Jesus.

A Bíblia ensina que a tentação segue um processo de quatro etapas, que Satanás fez uso tanto na tentação de Adão e Eva quanto de Jesus.

1º - Satanás identifica um desejo dentro de nós, pode ser pecaminoso: vingança ou de controlar os outros, um desejo normal e legítimo, como de ser amado, ser valorizado e sentir prazer. A tentação começa quando Satanás sugere (com um pensamento) que cedamos ao desejo maléfico ou realize um desejo legítimo da maneira errada ou na hora errada. A tentação não tem como nos atrair, somos nós quem a atraímos.

Tiago afirma que “existe um exército de maus desejos dentro de vocês” (Tiago 4, 1).

Jesus disse: “Pois do coração do home vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem impuro” ( Marcos 7,21 -23).

2º - A dúvida. Satanás faz-nos duvidar do que Deus diz sobre o pecado. A Bíblia adverte: “Cuidado! Não deixem os maus pensamentos e as dúvidas levarem algum de vocês a se afastar do Deus vivo” (Hebreus 3,12).

3º O engano. Satanás é incapaz de falar a verdade, por isso é chamado “o pai da mentira” (João 8,48). Tudo que ele disser será falso ou meia verdade.

4º Desobediência. Desobedecemos quando agimos de acordo com que vínhamos cogitando na mente. O que começou como uma ideia nasce uma conduta. Cedemos a qualquer coisa que nos chama a atenção. Acreditamos nas mentiras de Satanás e caímos na armadilha sobre a qual Tiago nos alerta: “As pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos próprios maus desejos. Então esses maus desejos fazem com que o pecado nasça, e o pecado, quando já está maduro, produz a morte. Não se enganem, meus queridos irmãos” (Tiago 1, 14-16).

Compreender como a tentação se manifesta é bastante proveitoso, mas precisamos aprender a superá-la.

Recuso-me a ser intimidado. Ser tentado não é pecado. Jesus sofreu tentação, embora não tenha cometido pecado. A tentação só se torna pecado quando nos entregamos a ela. Lutero afirmava: “Não podemos evitar que os pássaros voem sobre nossa cabeça, mas podemos evitar que façam ninho sobre ela”. Não podemos impedir o Diabo de nos sugerir pensamentos, mas podemos escolher não assimilá-los ou agir de acordo com eles.

Reconhecer o padrão de tentação e prepara-se. Há situações que nos deixam mais vulneráveis as tentações do que outras. São situações preparadas para atacar nossos pontos fracos, precisamos identifica-los, pois Satanás certamente os conhece. Pedro adverte: “[...] estejam sempre atentos. O Diabo está querendo atacar, e não quer outra coisa senão apanhar vocês desprevenidos” (1 Pedro 5,8).

Peçamos a ajuda de Deus. O amor de Deus não se esgota, e sua paciência permanece para sempre. Se tivermos que clamar pela ajuda de Deus mil vezes por dia a fim de derrotar uma tentação em particular, Ele ainda estará ansioso por nos demonstrar misericórdia e graça. Apresentemo-nos corajosamente diante de Deus. Peçamos forças para fazer a coisa certa, esperemos, que Ele proverá.

Tornamo-nos mais fortes e mais semelhantes a Jesus cada vez que enfrentamos uma tentação. Quando tropeçamos, isso não será o fim. Em vez de ceder e desistir, busquemos a Deus, confiemos que Ele nos ajudará e lembremo-nos da recompensa que nos espera.

Dia 27 – Derrotando a tentação. “Fuja de qualquer coisa que lhe provoque pensamentos malignos [...] mas aproxime-se de qualquer coisa que o leve a quere fazer o bem” (2 Timóteo 2,22). Sempre há uma saída. Deus prometeu jamais permitir que algo que venha de fora prevaleça sobre o que Ele colocou dentro de nós. Segue quatro fundamentos bíblicos para derrotar a tentação:

1º Redirecionar a atenção para outra coisa. A bíblia nos aconselha a redirecionar nossa atenção, pois resistir a um pensamento não produz o resultado pretendido. Isso só aumenta nossa concentração na coisa errada e fortalece a sedução. Como a tentação começa com um pensamento, a maneira mais rápida de neutralizar seu fascínio é desviar a atenção para outra coisa. Não combatemos o pensamento, apenas mudamos o canal da mente e concentramos o interesse em outra ideia. Esse é o primeiro passo para derrotar a tentação. A batalha contra o pecado é ganha ou perdida na mente. Ignorar a tentação é mais eficaz que combatê-la. Se a mente estiver focada em outra coisa, a tentação perde o domínio. Da perspectiva espiritual, a mente é o órgão mais vulnerável. Para reduzir a tentação mantenha-se ocupado com a Palavra de Deus e com pensamentos bons. Derrotamos os maus pensamentos pensando em algo melhor. É o principio da substituição. Vencemos o mal com o bem.

“[...] fixem os seus pensamentos em Jesus”(Hebreus 3, 1). “Lembrem-se de Jesus Cristo” (2 Timóteo 2, 8) e encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente” ( Filipenses 4,8). A Bíblia adverte: “ Tenha cuidado com o que você pensa, pois avida é dirigida pelos pensamentos” (Provébios 4,23).

Isso exige uma vida inteira de prática, mas com a ajuda do Espírito Santo podemos estabelecer a forma de pensar.

Revelar a luta a um amigo espiritual ou a um grupo de apoio. Precisamos de pelo menos uma pessoa com quem possamos abertamente compartilhar nossa luta. Precisamos da ajuda de outras pessoas. A comunhão honesta e verdadeira é o antidoto para a luta solitária contra os pecados, que não dão trégua.

“[...] confessem os seus pecados uns aos outros e façam oração uns pelos outros, para que vocês sejam curados” (Tiago 5,16). O orgulho nos leva a esconder nossos pecados. Queremos que os outros pensem que temos tudo “sob controle”. Tudo do que não podemos falar já está fora de nosso controle: problemas financeiros, casamento, crianças, pensamentos, sexualidade, hábitos secretos ou qualquer outra coisa. Se pudéssemos resolvê-los sozinhos, já o teríamos feito. Mas precisamos da ajuda dos irmãos e de Deus.

Resistir ao diabo. “Revista-se da salvação, como seu capacete e tomem a espada do Espírito Santo, que é a Palavra de Deus” (Efésios 10,17). Memorizar versículos bíblicos é absolutamente essencial para derrotar as tentações.

Estejamos cientes de nossa vunerabilidade. “ O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável [..]” (Jeremias 17,9). Não sejamos arrogantes. Somos bons em enganar a nós mesmos, nas circunstâncias adequadas, qualquer um de nós é a capaz de qualquer pecado. Não devemos jamais baixar a guarda e imaginar que somos imunes à tentação.

Não nos ponhamos por descuido em situações que atraiam tentações. Evitemos. É mais fácil manter-se fora das tentações que sair delas. A bíblia diz: “Não sejam tão ingênuos e autoconfiantes. Vocês não são diferentes. Podem fracassar tão facilmente como qualquer um. Nada de confiar em vocês mesmos. Isso é inútil! Mantenham a confiança em Deus” (1 Coríntios 10, 12)

Dia 28 – Isso leva tempo. “Tudo tem seu tempo próprio, seu momento apropriado” ( Eclesiastes 3,1) . Deus vê a nossa vida desde a eternidade até a eternidade., por isso nunca está com pressa.

“Temos a promessa de que [...] aquele que começou a boa obra em vocês, vai completa-la até o dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1,6). É pelo discipulado que tomamos forma de Cristo. Tornar-nos semelhantes a Cristo é nosso destino final, mas a jornada durará toda uma vida.

Vimos que essa jornada envolve acreditar (pela adoração), pertencer (pela comunhão) e transformar-se ( pelo discipulado) . Deus deseja que nos tornemos cada vez mais parecidos com Ele. “Você começou a viver um anova vida, na qual está sendo feito de novo e se tornando como aquele que o criou” (Colossenses 3,10).

Somos obcecados por rapidez, imediatismos, mas Deus se interessa mais por resistência e constância. Crescer é um processo gradual.

Por que demora tanto tempo?

Embora Deus possa nos transformar instantaneamente, Ele optou por desenvolver cada um de nós vagarosamente. Jesus é cauteloso no desenvolvimento de seus discípulos. Ele prefere trabalhar progressivamente em nossa vida.

Nosso aprendizado é lento. Deus nos ensina pacientemente, e nós com rapidez retornamos aos velhos padrões de comportamento. Por isso, Ele permite que repitamos as mesmas lições até que aprendamos a lição.

Temos muito a desaprender. A Bíblia diz: ”Despir-se do velho homem [e] revestir-se do novo homem” ( Efésios 4,22 -25). Embora recebamos uma natureza inteiramente nova no momento da conversão, ainda perseveram os antigos hábitos, padrões e práticas que precisam ser eliminadas e substituídas.

Temos medo de encarar a verdade acerca de nós mesmos. A verdade nos liberta, mas com frequência ela nos torna, infelizes. Somente depois de permitir que Deus resplandeça a luz de sua verdade sobre nossas faltas, fracassos e traumas é que podemos começar a trabalhar neles. Para crescer é preciso uma postura humilde e receptiva ao ensino.

Hábitos levam tempo para se desenvolver. O caráter é a soma total de nossos hábitos. Não existem hábitos instantâneos. Só há uma maneira de desenvolver os hábitos que resultam num caráter semelhante ao de Cristo: praticando, e isso leva tempo. Paulo exorta: “Pratique essas coisas. Dedique sua vida a elas, para que todos possam ver os eu progresso” (1 Timóteo 4,15).

Não nos apressemos. A medida que crescemos rumo à maturidade espiritual, podemos cooperar com Deus nesse processo de várias maneiras. Cremos que Deus está operando em nossa vida mesmo quando não o sentimos. Sempre no tempo de Deus e não no nosso imediatismo.

Manter um registro das lições aprendidas é uma dica de reconhecer o crescimento espiritual, esclarecimentos e lições da vida que Deus nos transmite a respeito dele, de nós, dos relacionamentos e de tudo o mais. Reaprender lições é porque costumamos esquecê-las. Reler o diário espiritual regularmente pode nos poupar muito sofrimento e desgosto.

Sejamos pacientes com Deus e conosco mesmo. Tenhamos paciência com o processo. Tiago aconselha: “Por isso, não desistam facilmente. Essa perseverança os ajudará a amadurecer e a desenvolver plenamente o caráter de vocês” (Tiago 1,4).

Não desanimemos. “Essas coisas que planejei não acontecerão porém imediatamente. Devagar, firmemente, e com certeza, vai se aproximando o tempo em que a visão será cumprida. Se parecer demorar muito, não se desespere, porque tudo vai acontecer mesmo! Seja paciente! O cumprimento dessa promessa não vai chegar nem um dia atrasado!” (Habacuque 2,3).

O atraso não é uma negativa de Deus. Deus ainda não concluiu a obra Dele em nós, então sigamos em frente!

Dia 29 – 4º Propósito – Fomos moldados para servir a Deus. Aceitando sua missão. Fomos postos neste mundo para fazer uma contribuição. Deus nos criou para que nossa vida fizesse diferença neste mundo. É certo, fomos criados para acrescentar alguma coisa à vida neste mundo.

Vamos entender esse propósito denominado “ministério” ou “serviço”:

Fomos criados para servir a Deus. A Bíblia diz: “Ele nos criou para que fizéssemos as boas obras que ele já havia preparado para nós.” ( Efésios 2,10). Sempre que servimos alguém, de alguma forma, estamos na verdade servindo a Deus (Mateus 25,34 -45) e cumprindo um de nossos propósitos.

Fomos salvos para servir a Deus. A Bíblia diz: “Foi Ele que nos salvou e nos escolheu para o seu trabalho, não porque merecêssemos, mas porque era o seu plano” (2 Timóteo 1,9). Não fomos salvos pelo serviço, mas para o serviço. No Reino de Deus há um lugar, um propósito, um papel e uma função a cumprir. Isso dá a nossa vida enorme importância e valor.

O coração salvo deseja servir. Se não sinto amor pelos outros nem desejo de ajudar as pessoas e me preocupo somente com minhas necessidades, devo questionar se Cristo está realmente em minha vida.

Somos curados para ajudar outros. Somos abençoados para ser benção. Somos salvos para servir, mas não para ficar sentados esperando pelo céu.

Somos chamados para servir a Deus. O chamado para a salvação inclui o chamado para servir: ambos são o mesmo chamado. Independentemente do emprego ou carreira, somos chamados para ser um cristão servindo em tempo integral. “Um cristão não servo” é uma contradição.

Estar vinculado a uma igreja é o cumprimento de nosso chamado para servir outros fiéis de maneira prática. Cada um de nós tem um papel a desempenhar e cada função é importante. Não existe serviço pequeno para Deus: todos são importantes.

A ordem é servir a Deus. “A atitude vocês deve ser igual a minha, porque Eu, o Messias, não vim para ser servido, mas para servir, e dar a minha vida por muitos” ( Mateus 20,28).

Servir é a essência da vida cristã. Serviço e doação resumem o quarto propósito de Deus para nossa vida. Madre Tereza disse certa vez: “Viver em santidade consiste em realizar a obra de Deus com um sorriso”.

Maturidade espiritual jamais será um fim em si mesmo. Maturidade é para o ministério. Crescemos para nos doar. Seguir aprendendo não é o suficiente. Precisamos agir de acordo com o que sabemos e por em prática o que afirmamos acreditar. Impressão sem expressão causa depressão. Estudar sem trabalhar leva à estagnação espiritual.

Preparando-se para a eternidade. A Bíblia diz: “Cada um de nós prestará contas pessoalmente a Deus” (Romanos 14,12). Deus vai comparar o tempo e a energia que gastamos com nós mesmos em relação ao que utilizamos para servir aos outros. “Ele derramará sua ira e seu castigo sobre os que vivem para si mesmos” (Romanos 2,8).

Só estamos plenamente vivos quando estamos ajudando outros. Jesus disse: “Se você insistir em salvar a sua própria vida, você a perderá. Somente aqueles que põem de lado a sua vida por minha causa e por causa da Boa Nova é que saberão realmente o que significa viver” (Marcos 8,35). Deus quer que aprendamos a amar e servir de maneira altruísta.

Serviço e importância. Servir é o caminho para quem quiser ser importante. É por meio do ministério que descobrimos o sentido da vida. O que importa não é a duração de nossa vida, mas a contribuição que oferecemos. Não o quanto vivemos, mas como vivemos. Servir não é uma opção, é uma ordem.

Dia 30 – Formado para servir a Deus. Fomos formados para servir a Deus.

Antes de Deus nos criar, Ele decidiu que papel queria que desempenhássemos no mundo e nos moldou com características essenciais ao cumprimento dessas tarefas. Fomos constituídos para exercer um ministério específico.

O Senhor não apenas nos moldou antes de nosso nascimento, mas planejou cada dia de nossa vida para favorecer o processo de formação. Nada em nossa vida é insignificante. Deus usa tudo o que acontece visando moldar-nos para o ministério e tornar-nos habilitados para a obra do Senhor. Deus jamais desperdiça alguma coisa. A Bíblia diz que somos “maravilhosamente complexos”. Somos uma combinação de múltiplos fatores e vamos tomando a forma de Deus.

A forma espiritual. A Bíblia diz: “Quem não tem o Espírito de Deus não pode receber os dons que vêm do Espírito Santo” (1 Coríntios 2,14).

Os dons são a expressão da graça de Deus para conosco. Deus aprecia a diversidade e deseja que sejamos especiais, por isso não há dom que seja concedido a todos (1 Coríntios 12, 29 -30), e ninguém recebe todos os dons. Os dons espirituais não foram concedidos para nosso benefício próprio, mas para benefício dos outros, exatamente como outros cristão receberam dons para nos beneficiar.

A Bíblia diz: “Assim como a água reflete o rosto, o coração reflete quem somos nós” (Provérbios 27,19). O coração revela o você verdadeiro – Não o que os outros pensam que somos ou o que as circunstâncias nos forçam a ser.

A Bíblia usa o termo “coração” para descrever o conjunto de desejos, esperanças, interesses, ambições, sonhos e afeições que possuímos. Ela nos manda servir a Deus “de todo o coração”( Deuterônomio 11,13); (1 Samuel 11,20).

Servir a Deus “de todo coração” é servir com entusiasmo. Não é preciso motivação, inspeção ou recompensa. Sentimos prazer em servir.

Servir a Deus “de todo coração” é ser eficiente. A paixão leva a perfeição. Somos movidos pela paixão, não por lucros ou obrigação.

Vivemos para servir. Não nos conformemos em apenas alcançar “uma boa vida”, porque uma boa vida não é boa o suficiente. No final das contas, ela não satisfaz. Podemos ter muito de que viver e ainda assim não ter para que viver. Almejemos “a vida melhor” – servindo a Deus de acordo com o que está em nosso coração, para a honra e glória do Senhor.

Dia 31 – Entendendo sua forma – Somente você pode ser você mesmo.

Somos únicos. Ninguém mais no mundo será capaz de desempenhar o papel que Deus planejou para nós. Nossa contribuição é individual para o corpo de Cristo, ela não pode ser feita por mais ninguém. A Bíblia diz: “Existem tipos diferentes de dons [...]. Existem maneiras diferentes de servir [...]. Há diferentes habilidades para realizar o trabalho” (1 Coríntios 12,4 -6).

Aplicando os recursos pessoais. Os recursos pessoais são os talentos com os quais nascemos. Habilidades naturais com as palavras, habilidades motoras ou matemática, música ou mecânica. Todas foram dadas por Deus. A Bíblia diz: “Deus dá a cada um de nós habilidade para fazer bem determinadas coisas” (Romanos 12,6).

Cada um de nós é um conjunto de habilidades incríveis, uma criação maravilhosa de Deus. Parte da responsabilidade da igreja é identificar e disponibilizar essas habilidades para servir ao Senhor. E é certo, qualquer habilidade pode ser usada para a glória de Deus. O Senhor tem um lugar na igreja para que cada um de nós possa se distinguir, fazer a diferença.

Deus quer que façamos aquilo que somos capazes de fazer. Por sermos únicos, somos as únicas pessoas capazes de empregar nossas habilidades. Ninguém pode assumir o que nos cabe, porque ninguém possui a constituição exclusiva que Deus nos deu. Ele jamais nos pede que façamos algo para o qual não temos talento. Não importa no que somos bons, devemos fazê-lo para nossa igreja.

Usando o modo de ser. Deus aprecia a diversidade, basta olhar em volta. Ele criou cada um de nós com uma combinação exclusiva de traços de personalidade. Como num vitral, nossas diferentes personalidades refletem a luz de Deus e muitas cores e padrões. Isso abençoa a família do Senhor com intensidade e variedade e também nos abençoa pessoalmente. É agradável fazer aquilo para o qual Deus nos preparou. Quando atuamos de forma coerente com a personalidade que Ele nos deu, sentimo-nos realizados, satisfeitos e produtivos.

Utilizando as áreas de experiência. Fomos formados pelas experiências que temos na vida, estando a maioria além de nosso controle. Mas Deus permitiu que acontecessem ou aconteçam para cumprir o propósito de nossa formação. Experiências familiares, educacionais, vocacionais, espirituais, ministeriais ou dolorosas.

Devemos entender uma verdade poderosa: as mesmas experiências que mais nos trouxeram arrependimentos ou ressentimento na vida, aquelas que gostaríamos de esconder ou esquecer, são as que Deus quer usar para ajudar os outros. Elas são nossos ministérios.

Chegar ao profundo reconhecimento de Deus e obter uma ideia clara de como Ele nos preparou para o seu propósito de servi-lo. Utilizar a forma é o segredo tanto da frutificação quanto da realização no ministério.

Seremos realmente eficientes quando utilizarmos nossos dons espirituais e habilidades na área de interesse de nosso coração, de modo que obtenhamos a melhor expressão de nossa personalidade e de nossas experiências. Quanto mais adequada a combinação, mais bem sucedido seremos.

Dia 32 – Usando o que Deus nos deu. A Bíblia diz: “Não procedam imprudentemente, mas procurem descobrir e fazer tudo que o Senhor quer que vocês façam” (Efésios 5,17). Não deixe se passar outro dia. Comecemos hoje a averiguar e a esclarecer quem Deus quer que sejamos e o que Ele quer que façamos.

Deus merece o nosso melhor. Nos formou para um propósito e espera que façamos o máximo como o que recebemos. O Senhor não que nos preocupemos ou ambicionemos talentos que não possuímos. Em vez disso, quer que nos concentremos em utilizar os talentos que já possuímos. O melhor uso de nossa vida é servir a Deus de acordo com a nossa formação. Para isso, devemos descobrir a forma, aprender a aceita-la e apreciá-la para depois desenvolvê-la ao seu potencial máximo.

Comecemos avaliando nossos dons e habilidades. Paulo aconselha: “Procurem fazer um juízo correto de suas capacidades” (Romanos 12,3). Dons espirituais e habilidades naturais são sempre confirmados por outros. Não tente entender seus dons até que se apresente para servir voluntariamente em algum lugar. Apenas comece a servir. Descobrimos nossos dons ao se envolver no ministério. Ensinando, liderando, organizando, tocando um instrumento ou trabalhando com adolescentes. Não conhecemos nossas aptidões enquanto não tentamos. E quando não der certo, chamemos isso de “experiência” e não “fracasso”. Em algum momento descobriremos o que somos capazes de fazer bem.

Examinemos nossas experiências e lições já aprendidas. Experiências esquecidas são inúteis. Extrair lições de experiências leva tempo. É preciso olhar para dentro de si. Deus sabe o que é melhor para nós, por isso devemos aceitar com gratidão a forma que ele nos deu. A Bíblia diz: “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus? Acaso pode a obra dizer ao artífice: Por que me fizestes assim? O oleiro não pode formar da sua massa seja um utensilio para uso nobre, seja outro para uso vil?” (Romanos 9,20-21).

Parte da aceitação de nossa forma está no reconhecimento de nossas limitações, Ninguém é bom em tudo que faz, e ninguém é chamado para ser tudo. Todos temos papeis definidos. Nossa forma determina nossa especialidade.

A Bíblia ainda nos adverte em jamais nos compararmos com os outros: “Faça bem o seu trabalho e então terá algo de que se orgulhar, mas não se compare com os outros” (Gálatas 6,4).

Continuemos desenvolvendo nossa forma. Estamos nos preparando para responsabilidades e recompensas eternas. Devemos cultivar nossos dons e habilidade, manter nosso coração em chamas, desenvolver nosso caráter e nossa personalidade e ampliar nossas experiências para que sejamos cada vez mais eficiente em nosso serviço. Paulo recomenda: ”Continuem crescendo em conhecimento e entendimento” (Filipenses 1,9). E relembra a Timóteo: “Mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você” (2 Timóteo 1,6).

Qual é a melhor maneira de usar o que Deus me concedeu? Pensemos nisso!

Dia 33 – Como agem os verdadeiros servos. “Quem quiser ser o maior deve se tornar servo” (marcos 10,43). “Vocês podem dizer o que eles são pelo que eles fazem” (Mateus 7,26).

Qualquer um pode ser servo. Caráter é a única coisa necessária. É possível servir na igreja a vida inteira, sem jamais ter sido servo. É preciso ter coração de servo. Ser servo é totalmente contrário a cultura egoísta que vivemos. E Deus costuma testar nosso coração, pedindo-nos que sirvamos em modalidade para as quais não fomos formados. A forma revela nosso ministério, mas o coração de servo revelará a maturidade. Qualquer um pode fazer tarefas simples, como juntar as cadeiras ou recolher o lixo depois de uma reunião.

Os verdadeiros servos estão sempre à disposição para servir. Na condição de servo, não podemos escolher lugar e momento para servir. Ser servo significa desistir do direito de controlar a própria agenda e permitir que Deus a interrompa sempre que precisar. Se ao iniciar cada dia nos lembrando que somos servos de Deus, as interrupções não nos causarão frustração, pois a agenda será organizada conforme o que Deus planejar para nossa vida. Os servos veem interrupções como compromissos divinos para o ministério, e ficam felizes com a oportunidade de servir.

Os verdadeiros servos estão atentos às necessidades. Os servos estão sempre interessados em saber como ajudar outros. A Bíblia nos ordena: “Sempre que tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família de fé” (Gálatas 6,10). Quando Deus põe alguém em situação de necessidade bem à nossa frente, ele está nos dando a oportunidade de crescermos como servos”.

Os verdadeiros servos fazem o melhor que podem com o que têm à mão. Deus espera que façamos o que pudermos com o que temos, onde quer que estejamos. Um serviço imperfeito é sempre melhor que a melhor das intenções. A Bíblia diz: “Se você ficar esperando por condições perfeitas nunca realizará nada” (Eclesiastes 11,4).

Os verdadeiros servos fazem qualquer tarefa com igual dedicação. Pequenas tarefas muitas vezes demonstram um grande coração. O coração de servo revela-se em pequenos atos, em que outros nem pensam em realizar. As pequenas coisas da vida determinam as grandes. Não busquemos realizar grandes tarefas para Deus, tão somente façamos as coisas não tão grandes assim, e Deus nos designará para algo que Ele queira que façamos.

Os verdadeiros servos são fiéis ao ministério. Os servos concluem as tarefas, cumprem as responsabilidades, mantém as promessas e honram os compromissos. Não deixam um serviço feito pela metade e não desistem quando perdem o incentivo. São confiáveis e dignos.

Os verdadeiros servos mantém a discrição. Servindo no anonimato, em um lugar pequeno, podemos nos sentir desconhecidos e sem valor, mas ouça: Deus nos colocou onde está nosso propósito. O serviço mais importante é, frequentemente, aquele que não é visto (1 Coríntios 12,22).

Servimos a Deus quando servimos aos outros. Façamos o nosso melhor.

Dia 34 – Pensando como Servo. “Tentem pensar como Cristo Jesus pensava” (Filipenses 2,5). Servir começa na mente. Ser servo requer uma mudança na maneira de pensar, uma mudança de atitude. Deus está sempre mais interessado no porquê daquilo que fazemos, que naquilo que fazemos. Atitudes contam mais que realizações.

O servo pensa mais nos outros que em si mesmo. O servo concentra-se nas outras pessoas, não em si mesmo. Esta é a verdadeira humildade: não pensar menos de si, mas pensar menos em si. O servo é abnegado. Paulo aconselha: “Esqueçam-se de vocês o suficiente para estender a mão e ajudar” (Filipenses 2,4). É isso que significa “perder a vida”, esquecer de si mesmo para servir outros. Quando deixamos de nos concentrar em nossas necessidades, ficamos conscientes das necessidades ao nosso redor.

O servo pensa como administrador, não como proprietário. O servo está consciente de que todas as coisas pertencem a Deus. O serviço e a administração caminham juntos (1Coríntios 4,1), pois Deus espera que sejamos dignos de confiança nas duas coisas. A Bíblia diz: “O que se exige de quem tem essa responsabilidade é que seja fiel ao seu Senhor” ( 1 Coríntios 4,2).

O servo medita sobre o próprio trabalho, não no que os outros estão fazendo. O servo de Deus não fica fazendo comparações, não critica nem compete com os outros servos ou ministérios. Está muito ocupado realizando a tarefa que Deus lhe designou.

O servo edifica sua identidade em Cristo. Por lembrar que somos amados e aceitos pela graça, o servo não precisa provar seu valor. Se pretendemos ser servos, precisamos depositar nossa identidade em Cristo. Somente pessoas seguras podem servir. Pessoas inseguras estão sempre preocupadas com a aparência. Temem a exposição de suas fraquezas e escondem-se sob camadas de orgulho e pretensão. Quanto mais inseguros somos, mais desejaremos que as pessoas nos sirvam e mais necessitaremos da aprovação delas. O Servo não precisa cobrir a parede com placas e troféus para confirmar seu valor. Ele não insiste em ser tratado por títulos nem se envolve em mantos de superioridade. O servo considera irrelevante os símbolos de status e não mede os próprio valor pelo que realiza. Paulo lembra: “Você pode gloriar-se de você mesmo, mas a única aprovação que conta é a do Senhor” (1 Coríntios 10,18). Quanto mais próximo estivermos de Jesus, menos precisaremos nos autopromover.

O servo considera o ministério uma oportunidade, não uma obrigação. O bom servo gosta de ajudar as pessoas, de suprir suas necessidades e de exercer o ministério. O bom servo, serve o Senhor com alegria. Por que ama o Senhor, reconhece sua graça, sabe que servir é a mais alta função da vida e tem ciência que receberá uma recompensa: “ O Pai honrará e recompensará quem me servir”(João 12,26). Paulo acrescenta: “Ele não se esquecerá do trabalho duro que vocês realizaram por Ele nem do amor que lhe demonstraram ao cooperar com os outros cristãos” (hebreus 6,10).

Deus nos usa logo que começamos a agir e pensar como servos.

Dia 35 – O poder de Deus na fraqueza. Deus realmente gosta de usar pessoas fracas. “Eu estou com você; isso é tudo que você precisa” (2 Coríntios 12,9).

Todos temos fraquezas, uma coleção de defeitos e imperfeições: físicas, emocionais, intelectuais e espirituais e é muito difícil admitir as fraquezas, nós as defendemos, damos desculpas, escondemos, negamos e tornamos a senti-las. Admitir as fraquezas é tornar-se forte com Deus. Imaginamos que Ele deseje usar apenas nossas virtudes, mas ele também quer usar nossas fraquezas para sua glória. A Bíblia diz: “Deus escolheu [...] para envergonhar os poderosos [...] o que o mundo acha fraco” (1 Coríntios 1,27). As fraquezas não são um acidente. Deus as permitiu em nossa vida, deliberadamente a fim de demonstrar seu poder por meio de nós.

Admitamos nossas fraquezas. Confessemos nossas imperfeições. Paremos de fingir que somos perfeitos e sejamos honestos a nosso próprio respeito. Se queremos que Deus nos use, devemos saber quem Ele é e quem somos nós.

Regozijemo-nos na nossa fraqueza. O regozijo é uma expressão de fé na bondade de Deus. É como dizer: “Deus, creio que tu me amas e sabes o que é melhor para mim”. Quando reconhecemos nossas fraquezas, nos colocamos como dependentes de Deus. Sempre que nos sentimos fracos, Deus irá lembrar-nos de que dependemos dele.

As fraquezas também previnem a arrogância. Elas nos mantêm humildes. A limitação pode agir como um instrumento controlador, que nos impede de nos apressar e passar à frente de Deus.

Nossas fraquezas também incentivam a comunhão. Enquanto a força gera um espírito independente (“Não preciso de mais ninguém”), as limitações demonstram quanto precisamos uns dos outros. As fraquezas nos tornam mais atenciosos e nos fazem sentir compaixão pelas fraquezas dos outros. Deus quer que tenhamos um ministério semelhante ao de Cristo. Isso significa que as outras pessoas deverão achar cura nas feridas e as nossas dores, constrangimentos e tudo que nos envergonha, aquilo que relutamos em compartilhar, são justamente os instrumentos que Deus usará com mais poder para curar os outros.

Compartilhemos nossas fraquezas de forma sincera. Quanto mais baixamos a guarda, tiramos a máscara e falamos sobre nossas lutas, mais Deus poderá usar-nos para servir outras pessoas. Pode ser assustador, quando expomos nossas frustrações, sentimentos, temores e fracassos, corremos o risco de ser rejeitados, mas os benefícios valem o risco. É o primeiro passo para a libertação. Somos agraciados, Deus reconhece nossas fraquezas e nos torna fortes. Quando outros veem Deus usando-nos apesar de nossas fraquezas, animam-se e pensam: “Talvez Deus possa me usar também”. Nossas fraquezas propiciam a vida em comunidade. Nos reconhecemos fracos e juntos, no amor de Deus, nos fazemos fortes.

Gloriemo-nos em nossas fraquezas. Paulo declarou: “Vou apenas gloriar-me de quão fraco sou e quão grandioso é Deus para usar uma fraqueza dessas para sua glória” (2 Coríntios 12,5). Somos um troféu da graça de Deus. E quando Satanás apontar nossas fraquezas, concorde com ele e deixemo-nos transbordar de louvores a Jesus, que “compreende todas as nossas fraquezas” ( Hebreus 4,15) e ao Espírito Santo, que “nos ajuda em nossa fraqueza” (Romanos 8,26). Sejamos dependentes de Deus e do seu amor, da sua misericórdia, da sua graça. Somos pequeninos, frágeis, e pela graça Deus nos faz Filhos amados.

“Minha graça é suficiente a você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12,9).

Dia 36 – Propósito 5 - Fomos feitos para uma missão. Deus está atuando no mundo e quer que nos juntemos a Ele. Essa atribuição é conhecida como missão. O Senhor quer que tenhamos tanto um ministério no corpo de Cristo quanto uma missão no mundo. O ministério é o serviço com os que creem e a missão é o serviço com os que não creem. Cumprir a missão no mundo é o quinto proposito de Deus para a nossa vida.

Ser cristão consiste em ser enviado ao mundo como representante de Jesus Cristo, que disse: “Assim como o Pai me enviou, eu também os envio” (João 20,21).

Nossa missão é apresentar Deus às pessoas! A Bíblia diz: “Deus [...] nos transforma de inimigos em amigos dele. E Deus nos deu a tarefa de fazer com que os outros também sejam amigos dele” (2Coríntios 5,18).

Deus quer resgatar o ser humano das mãos de Satanás e reconciliá-lo consigo, para que possamos cumprir os cinco propósitos para os quais ele nos criou: amá-lo, fazer parte de sua família, tornar-nos semelhantes a Ele, servi-lo e contar aos outros a respeito dele. Por pertencermos a Deus, Ele nos salva e nos envia. A Bíblia diz: “Fomos enviados para falar em nome de Cristo” (2 Coríntios 5,20).

Somos os mensageiros do amor de Deus e de seus propósitos.

Cumprir a missão aqui é parte essencial do que representa viver para a glória de Deus. A Bíblia apresenta várias razões pelas quais nossa missão é tão importante:

Nossa missão é a continuação da missão terrena de Jesus. Somos seguidores de Jesus. Devemos continuar o que Ele começou. Cristo nos chama não apenas para vir a ele, mas também para ir por ele. Essa incumbência foi dada a todos os seguidores de Jesus, não somente a pastores e missionários, não se trata de algo opcional. Se fazemos parte da família de Deus, a missão é obrigatória. Desprezá-la é um ato de desobediência.

Nossa missão é um privilégio formidável. Deus nos deu privilegio de insistir com todos para que se tornam aceitáveis diante dele e se reconciliem com Ele. Nossa missão envolve dois grandes privilégios: trabalhar com Deus e representá-lo. Somos parceiros do Senhor na construção de seu Reino. Paulo nos chama “colaboradores” e diz que somos “ companheiros de trabalho de Deus” (2 Coríntios 6,1).

Ensinar aos outros como obter a vida eterna é a melhor coisa que podemos fazer por eles. Não importa quanto as pessoas pareçam felizes e bem sucedidas, sem Cristo elas estão desesperadamente perdidas e destinadas à separação eterna de Deus. A Bíblia diz que “Jesus é o único que pode salvar o ser humano”( Atos 4,12).

Nossa missão tem alcance eterno. Levar outras pessoas conhecer a Jesus, influenciará o destino eterno delas. Logo, é mais importante que qualquer emprego, realização pessoal ou objetivo que possamos alcançar durante toda a vida. As consequências de nossa missão vão durar para sempre. Nada que façamos pode ser mais importante que ajudar as pessoas a estabelecerem um relacionamento com Deus.

Nossa missão dá sentido à vida. A verdade é que apenas o reino de Deus irá permanecer. Todo o restante acabará desaparecendo. É por isso que devemos ter uma vida dirigida por propósitos, uma vida empenhada na adoração, na comunhão, no crescimento espiritual, no ministério e no cumprimento de nossa missão no mundo. Os resultados dessas atividades vão durar para sempre. Quando falhamos em cumprir a missão que Deus nos atribuiu, teremos desperdiçado a vida que Deus nos concedeu. Paulo disse: “Minha vida não tem valor algum, a menos que eu a use para realizar a obra que me foi confiada pelo Senhor Jesus”.

O cronograma de Deus para a consumação da historia está vinculado à conclusão de nossa incumbência. Não nos compete saber quando Jesus vai voltar. Nos cabe apenas viver e cumprir nossa missão. “As Boas Novas acerca do Reino de Deus serão pregadas em todo muno e as todas as nações. Depois virá o fim” ( Mateus 24,14).

Quanto nos custará cumprir nossa missão. Cumprir a missão exige que abandonemos os planos pessoais e assumamos os planos de Deus para a vida. A Bíblia dia: “Entreguem-se inteiramente a Deus, o corpo todo, pois se voltamos da morte e desejamos ser instrumentos nas mãos de Deus, usados para seus bons propósitos” (Romanos 6,13).

Comprometendo-se em realizar sua missão, não importando o preço a pagar, experimentaremos a benção de Deus de uma forma que poucas pessoas experimentaram, não há quase nada que Ele não faça pelo homem ou pela mulher que se comprometa em servir o Reino de Deus. Jesus prometeu: “Deus, dará a todos vocês tudo de que precisam no dia a dia se vocês viverem para ele e fizerem do Reino de Deus a sua preocupação principal” (Mateus 6,33).

Nossa missão é levar “mais um para Jesus”. Se queremos ser usados por Deus, devemos nos importar com o que mais importa para o Senhor. E o que mais importa é a redenção das pessoas que ele criou. Ele quer que seus filhos perdidos sejam encontrados! Nada interessa mais para Deus. A cruz prova isso. Que alcancemos mais pessoas para Jesus e quando estivermos diante de Deus, possamos dizer: “missão cumprida”.

Dia 37: Partilhando sua mensagem de vida. Quem crê no Filho de Deus tem o testemunho de Deus nele (1 João 5,10). Sua vida ecoa a Palavra do Senhor [...] As notícias da sua fé em Deus correm soltas. Assim, nem preciso acrescentar nada – a vida de vocês é uma pregação! (1 Tessalonicenses 1,8).

Deus nos dá uma mensagem de vida para compartilhar. Quando nos tornamos cristãos, tornamo-nos mensageiros de Deus. Ele quer falar ao mundo nos usando. Possuímos um tesouro de experiências que Deus deseja usar a fim de trazer outras pessoas para a família da fé. A Bíblia diz: “Quem crê no Filho de Deus tem em si mesmo o testemunho de Deus” (1 João 5,10).

Podemos partilhar a mensagem de nossa vida a partir de quatro pontos:

Dando testemunho. A história de como iniciamos nosso relacionamento com Deus.

As lições de vida. As mais importantes lições que Deus nos ensinou.

As paixões devocionais: As questões pela quais nos interessamos segundo a forma que Deus nos deu.

As boas novas. A mensagem da salvação.

Dar testemunho de como Deus transformou nossa vida, é a mensagem mais linda e mais incrível que podemos levar. Esta é a essência do testemunho: simplesmente compartilhar as experiências pessoais no que diz respeito ao Senhor. Pedro nos diz que fomos escolhidos por Deus “ [...]Fazer sua obra e falar por ele, e para contar a todos quanta diferença ele fez na vida de vocês” (1 Pedro 2,9). Ele quer que contemos nossa história aos não cristãos. Dar testemunho é uma das principais tarefas de nossa missão neste mundo, porque é algo único.

A Bíblia diz: “Estejam sempre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquem a esperança que vocês têm. Porém, façam isso com educação e respeito” (1 Pedro 3,15,16).

A melhor forma de estar “pronto” é escrever nosso testemunho e então memorizar os pontos principais:

1- Como era a minha vida antes de conhecer a Jesus.

2-Como percebi que precisava de Jesus.

3- Como comprometi minha vida com Jesus.

4- A diferença que Jesus faz na minha vida.

Fazer um lista de todos os problemas, circunstâncias e crises nos quais Deus interveio a nosso favor, é outra dica para perceber o agir de Deus em nossa vida.

Situações diferentes pedem testemunhos diferentes. Temos uma vida de experiências com Deus. Basta estar sensível ao seu amor e cuidado, sendo grato e reconhecendo esse amor.

A segunda parte de nossa mensagem de vida são as verdades que Deus nos ensina a partir de nossas experiências. Trata-se de lições e discernimentos que continuamente aprendemos sobre Deus, envolvendo relacionamentos, problemas, tentações e outros aspectos da vida. Davi orou: “Ó Eterno, ensina-me lições de vida, para que eu possa permanecer no curso!” ( Salmos 119,33).

Algumas perguntas nos ajudam a avivar a memória e perceber o cuidado e amor de Deus:

. O que Deus nos ensinou com o fracasso?

.O que Deus nos ensinou com a falta de dinheiro?

. O que Deus nos ensinou com a dor, a tristeza ou a depressão?

. O que Deus nos ensinou com a decepção?

. O que aprendemos com a família, com a igreja, com os relacionamentos, o grupo a que pertenço e os que nos criticam?

A mensagem de vida inclui compartilhar a paixão pelas coisas de Deus. Deus nos ama, e nos faz sentir uma paixão por algo que realmente importa para ele, de modo que possamos ser seu porta-voz no mundo. Deus usa pessoas apaixonadas para promover o reino. E nós somos essas pessoas.

A mensagem de vida inclui as boas novas. “As boas novas revelam como Deus justificou a humanidade, isso tem seu início e seu fim mediante a fé” (Romanos 1,17). “Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo, não levando mais em consideração o pecado das pessoas contra ele”. Essa é a maravilhosa mensagem que ele nos deu para anunciar aos outros” ( 2 Coríntios 5,19). Quando confiamos na graça de Deus para nos salvar, pelo que foi realizado por Jesus Cristo, nossos pecados são perdoados, passamos a ter um propósito para viver e nos é prometido um futuro lar no céu.

Anunciemos a boa nova! Essa é a nossa missão. Somos testemunhas do amor de Deus. A bíblia diz: “Deus não quer que ninguém se perca, mas que todas as pessoas mudem seu coração e sua vida” (2 Pedro 3,9).

Deus quer dizer algo ao mundo por nosso intermédio. Estejamos sempre prontos para falar de nosso testemunho e do amor de Deus por nós.

Dia 38 – Tornando-se um cristão por excelência. Temos duas opções: ou nos tronamos cristãos por excelência ou um cristão relapso. Somos a grande comissão. Recebemos uma ordem. É uma incumbência levar a boa nova. Os cristão por excelência, sabem que foram salvos para servir e feitos para uma missão. Estão ávidos para serem usados por Deus.

Deus nos convida para participar da mais magnifica, ampla, diversificada e importante causa da História – o Reino. A História é a história de Deus.

O primeiro passo para se tornar um cristão por excelência, é pensar como gente madura. Crianças pensam somente em si, pessoas maduras pensam nos outros. São dependentes do amor de Deus. Ele não nos deixa lutar sozinhos: “Deus nos deu o seu Espirito. Por isso não pensamos como pensam as outras pessoas deste mundo” (1 Coríntios 2,12).

Deixar de raciocinar de forma restrita e raciocinar de forma global. Deus é um Deus global. Ele sempre se preocupou com o mundo inteiro. “Por que Deus amou o mundo [...] ( João 3,16). Deus fez tudo isso, para que nós o buscássemos e alcançando-o, o encontrássemos”. Cristãos com excelência, oram pelo mundo. A oração é a ferramenta mais importante em nossa missão no mundo. As pessoas podem recusar nosso amor ou rejeitar nossa mensagem, mas não tem defesa contra nossas orações.

Substituir o pensamento imediatista pela perspectiva eterna. Quem está em Deus, tem esperança. Deus cuida do coração esperançoso. Alimenta a alma, fortalece na fé, mantém na perspectiva eterna. Ajuda a percebermos e dar importância excessiva a questões menores, nossa ajuda a distinguir entre o urgente e o eterno. Paulo disse: “Assim, fixamos nossos olhos não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que não se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” ( 2 Coríntios 4,18).

Precisamos parar de arranjar desculpas e começar a pensar em formas criativas de cumprir nossa incumbência. Somos todos chamados para cumprir os cinco propósitos de Deus para nossa vida: Adorar, ter comunhão, tornar-se semelhante a Cristo, servir e sair em missão com Deus pelo mundo. Ele não quer usar apenas alguns no meio de seu povo: ele quer usar todos. Somos chamados para participar de uma missão para Deus. Ele quer “que a igreja inteira leve o evangelho integral ao mundo todo”. Se queremos ser semelhantes a Jesus, devemos amar o mundo inteiro. A grande comissão é nossa incumbência, e fazer cada um a sua parte é o segredo para uma vida que realmente vale a pena.

Dia 39 – Equilibrando sua vida. “Vivam com o devido senso de responsabilidade não como homens que não conhecem o significado da vida, mas como aqueles que o conhecem” (Efésios 5,15).

“Não permitam que os erros dos maus conduzam vocês pelo caminho errado e façam vocês perderem o equilíbrio” (2 Pedro 3,17).

Nossa vida é composta por cinco modalidades, como um pentatlo. São cinco propósitos, praticados pelos primeiros cristãos em Atos 2, explicado por Paulo em Efésios 4 e exemplificados por Jesus em João 17 e estão resumidos no Grande mandamento e na Grande comissão de Jesus. Essas duas declarações resumem este livro – Os cinco propósitos de Deus para nossa vida:

1- Amar a Deus de todo o coração, por meio da adoração.

2- Amar o próximo como a si mesmo, por meio do ministério.

3- Ir e fazer discípulos compartilhando a mensagem de Deus, por meio do evangelismo.

4- Batizá-los, nos identificarmos com a igreja do Pai, por meio da comunhão.

5- Ensinar-lhes todas as coisas, por meio do discipulado.

É preciso buscar um equilíbrio atendendo a todos os propósitos, sem exagerar em um ou negligenciar o outro. Uma dica para manter a vida equilibrada e estável é juntar-se a um grupo em que haja incentivo mútuo à responsabilidade, registar o progresso espiritual em um diário pessoal e transmitir o que aprendeu a outros.

Para manter a saúde espiritual é preciso examinar regularmente os cinco sinais vitais da adoração, da comunhão, do crescimento do caráter, do ministério e da missão.

Jesus nos ajuda a conhecer e amar a Deus (adoração) e a amarem uns aos outros (comunhão), dá-nos a Palavra para amadurecermos (discipulado), mostra-nos como servir (ministério) e envia-nos a pregar o evangelho (missão). Jesus é exemplo de uma vida dirigida por propósitos e também ensina outros como vivê-la. Essa é a “obra” que o glorificou a Deus e que nos glorifica também.

Deus hoje chama a cada um de nós para realizar a mesma obra. Ele não quer apenas que vivamos nossos propósitos, mas que ajudemos outras pessoas a fazer o mesmo. Deus quer que apresentemos Cristo às pessoas, trazendo-as para a comunhão, ajudando-as a amadurecer e a descobrir como servir, e em seguida que as enviemos para alcançar outras também.

É disso que se trata uma vida dirigida por propósitos.

Independente da idade, o restante de nossa vida pode ser a melhor parte dela e podemos hoje mesmo começar a viver com propósitos.

Dia 40 – Vivendo com propósitos. “Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor” (Provérbios 19, 21).

Viver com propósitos é a única maneira de viver de verdade. O restante é apenas existir.

A maioria de nós luta com três questões básicas da vida: “Quem eu sou?”; “Tenho algum valor?”; “Qual é o meu lugar na vida?”.

No último dia de seu ministério com os discípulos, Jesus lavou os pés deles, para dar o exemplo, e disse: “Agora que vocês já sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem” ( João 13,17). Depois de saber o que Deus quer que façamos, a benção igualmente chegará quando pusermos em prática o que aprendemos. Ao fim desta jornada de 40 dias, conhecemos os propósitos de Deus para nossa vida e seremos abençoados se os praticarmos. Sugiro que façamos uma declaração de propósitos para que não abandonemos o caminho.

Mas o que é uma declaração de propósitos?

É uma declaração que resume os propósitos de Deus para nossa vida. Afirmando com as próprias palavras nosso compromisso com os cinco propósitos de Deus. Uma declaração de propósitos não é uma lista de objetivos. Os objetivos são temporários; os propósitos são eternos. A Bíblia diz: “O que o Senhor planeja dura para sempre, as suas decisões permanecem eternamente” (Salmos 33,11).

É uma declaração que aponta o rumo de nossa vida.

É uma declaração que define o que é “sucesso”.

É uma declaração que esclarece o papel que iremos desempenhar.

Mas qual será a mensagem de nossa vida? A declaração de missão faz parte da declaração de propósitos. Ela deve incluir o compromisso de compartilhar nosso testemunho e as boas novas com as outras pessoas. Nossa vida deve sustentar e confirmar a mensagem que transmitimos.

Qual será a comunidade de nossa vida? A qual fazemos parte, somos membros ativos? Quanto mais amadurecemos, mais amaremos o corpo de Cristo e desejaremos nos sacrificar por ele. A Bíblia diz: “Cristo amou a igreja e deu sua vida por ela” (Efésios 5,25).

Deus quer nos usar. Nem as gerações passadas e nem as futuras podem servir ao Senhor nesta geração. Somente nós podemos.

Paulo teve uma vida dirigida por propósitos. Ele disse: “Corro direto para o alvo, com um propósito a cada passo” (1 Coríntios 9,26).

Dia 41 – A armadilha da inveja. “O coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos” ( Provérbios 14,30).

Não podemos cumprir o propósito de Deus para nossa vida se invejamos a vida de outra pessoa. Embora Deus tenha criado cada um de nós com os cinco propósitos eternos, o modo pelo qual cumprimos estes propósitos – tempo, lugar, planejamento e estilo, é totalmente distinto. Somos obras primas. Únicos. Deus nos moldou distintamente para uma vida diferente de todas as outras. Cada um deve viver a vida que Deus designou. É positivo quando apreciamos a variedade ilimitada de pessoas que Deus decidiu criar em vez de fazer-nos todos exatamente iguais. Porém, quando nos ressentimos de como Deus nos fez ou rejeitamos como ele nos fez e começamos a invejar o que os outros têm. A inveja é uma armadilha. A pior parte da inveja é que ela é um insulto a Deus! Todas as vezes que desejamos ser outra pessoa, desejamos ter o que os outros têm ou fazer o que os outros fazem, estamos dizendo: “Deus, você cometeu um grande erro comigo!”.

A inveja é uma forma de rebelião espiritual baseada na ignorância e na arrogância. Ela presume que nossos planos para a vida são melhores que a do Criador.

Os quatro efeitos prejudiciais da inveja:

A inveja rejeita nossa singularidade.

A inveja divide nossa atenção.

A inveja faz com que percamos tempo e energia.

A inveja leva a outros pecados.

Passos para erradicar a inveja:

Parar de se comparar com os outros.

Celebrar a bondade de Deus para com os outros.

Sejamos agradecidos por quem somos e por qualquer coisa que façamos.

Quando a vida parecer injusta, confiemos em Deus, sejamos gratos e sigamos em frente com a vida!

Dia 42 – A armadilha da aprovação. “Não estou buscando agradar as pessoas! Não, estou buscando agradar a Deus. Se ainda estivesse buscando agradar as pessoas não seria servo de Cristo” (Gálatas 1,10). Vivemos em busca da aprovação de quem?

Deus nos criou com uma necessidade de relacionamentos, cada um de nós carrega o desejo de ser amado, valorizado e apreciado. Ansiamos pela aceitação e aprovação dos outros. Esse desejo de pertencer, se encaixar e se sentir ligado as outras pessoas é uma força motriz por trás de muitas das nossas escolhas. Não há nada de errado com nosso desejo de ser aceito, apreciado e aprovado pelos outros. De alguma maneira, sem a afirmação das pessoas, não desabrochamos todo o nosso potencial. Nosso crescimento é interrompido. Só podemos nos tornar tudo o que Deus nos criou para ser com a ajuda das pessoas. Fomos moldados para necessitarmos uns dos outros. Precisamos de alguém que acredite em nós, que nos ajude, nos encoraje. O encorajamento é essencial para nossa saúde e desenvolvimento espiritual.

Contudo, o desejo de aprovação não pode ser mal empregado, abusado ou confundido. Ele pode ser uma obsessão que domina nossa vida e um medo que destrói a nossa alma. A doença da aprovação pode consumir todo nosso tempo e toda a nossa energia e felicidade.

A busca por agradar a todos é o outro lado da inveja. A inveja diz: “Preciso ser como você para ser feliz!”. Aquele que quer agradar a todos diz: “Preciso que você goste de mim para ser feliz!”. As duas armadilhas nos impedem de viver a vida com o propósito de glorificar a Deus.

A busca por aprovação pode gerar o medo da desaprovação. A Bíblia nos adverte de não deixarmos que o medo da desaprovação nos impeça de fazer o que Deus quer que façamos. Provérbios 29,25, diz: “Preocupar-se com o que as outras pessoas pensam a seu respeito é perigoso”.

Existem cinco perigos nocivos de buscar a aprovação de todos:

1 – Faz com que nos desviemos da vontade de Deus para nossa vida.

2- Impede a fé de crescer.

3- Leva-nos a outros pecados.

4- Leva-nos a hipocrisia.

5- Silencia a mensagem para nossa vida.

Para nos libertarmos do vício da aprovação, é pelo arrependimento, quando temos nossos pensamentos transformados por Deus. E Deus usa a verdade para transformar a nossa mente. Jesus disse: “’ E conhecerão a verdade e a verdade vos libertará’” (João 8, 32).

Quando somos tentados a ceder a pressão da aprovação nos lembremos de seis verdades:

1- Nem mesmo Deus agrada a todas as pessoas.

2- Não precisamos de aprovação de ninguém para ser feliz.

3- Lembremo-nos do que o que agora parece tão importante é somente temporário.

4- Lembremo-nos que temos que agradar a apenas a Deus.

5- Lembremo-nos que um dia iremos prestar contas de nossa vida a Deus.

6- Lembremo-nos que Jesus nos moldou para sermos nós mesmos e não outra pessoa.

Agarrar-se a essas seis verdades para chegar ao céu. A inveja e a aprovação são os dois maiores empecilhos para viver a vida que Deus nos designou. São armadilhas sutis, que distraem e nos desviam dos propósitos para os quais fomos criados.

Desfrutemos de tudo o que Deus tem preparado para cada um de nós. “Homem algum já viu, ouviu ou imagina as coisas maravilhosas que Deus preparou para aqueles que amam o Senhor” (1 Coríntios 2,9).

Conclusão.

Deus me encontrou. Fui encontrada por Deus. A beira do caminho. Porque não tenho o perfil de ficar parada. Este é o meu perfil. Estava no caminho. Não estava sem direção, sabia pra onde ir e pra onde olhar. Ciente de qual é o alvo para esta vida. Mas estava triste, chorosa, me sentindo fraca, frágil, desmotivada, desanimada, culpada, olhando para o caminho que venho deixando pra trás e isso vinha me impedindo de continuar caminhando. Ia devagar. Quase de arrasto.

E entre uma pregação e outra, ouvindo com ouvidos bem abertos, lendo, refletindo, conversando com Deus, pedindo, louvando, orando, agradecendo, clamando, acalmando o coração, secando as lágrimas, contendo o choro, abandonando a culpa, e olhando pra frente, parando de justificar, e testificando, provando da graça e fortalecendo a fé, estou mais forte.

E como Deus é bom, misericordioso, cuidadoso e como sempre e desde sempre, zeloso por mim e por todos nós, Ele não me deixou sozinha... Durante o caminho venho encontrando pessoas que me ensinam, que me encorajam, que me motivam, que me animam, que oram comigo, que se dispõe a me discipular... E as coisas foram se confirmando, primeiro no SILC em 2021 e depois na última passagem de ano, em um retiro espiritual, onde nada foi programado, poucas pessoas, em um deck, debaixo de um céu estrelado, entre cantos e louvores, homens e mulheres, com corações rasgados de amor por Jesus, eu tomei a decisão: preciso caminhar, preciso alcançar o propósito que Deus tem pra minha vida.

O convite para fazer parte deste projeto do Ministério Joquebede foi outro presente e obra de Deus para a minha vida, pra me mostrar de como posso ser usada para o serviço... Deus usou um livro pra chamar a minha atenção, mais uma vez, o tanto que Ele me conhece e sabe do que eu gosto. Nada foi planejado pela minha discipuladora, foi sim, o cuidado e amor de Deus comigo. E desde o início da leitura, e todos os questionamentos que se passaram na minha cabeça, as perguntas que me fiz e que fiz pra Deus, foram sendo respondidas uma a uma, justificadas e testificadas na Palavra e pela palavra, nos acontecimentos do dia a dia, nas conversas no trabalho, nas madrugadas que fui acordada pelo Espírito Santo para escrever, quando Deus sabia que eu teria um dia cheio e atribulado, quando depois de escrever eu deitava e dormia novamente, como se não tivesse passado duas ou três horas na frente do computador, na EBD, na celebração do culto... tudo e todos que estiveram ao meu redor foram testificando o que foi escrito durante esses mais de 40 dias.

Encerro hoje, dia 23 de maio de 2022, de madrugada, acordada pelo Espírito Santo, incomodada com as ideias fervendo na minha cabeça, me levantei e aqui estou: escrevendo a conclusão deste projeto. Que não foi nada espetacular, caro ou super articulado, planejado, projetado, mas foi algo simples, um livro, uma pessoa disposta a escrever as resenhas de cada um dos capítulos, uma pessoa disposta a criar a arte e outras três que gravaram os áudios, um projeto proposto por um grupo de mulheres, de mães que confiam em Deus que se propuseram a levar a Palavra de Deus através de mensagens de áudio em grupos de whatsApp para outras mulheres.

Não sei até onde tudo isso chegou, não sei quantas pessoas ouviram, quantos acolheram essa proposta de pensar sobre o seu propósito de vida e para que estão nesta Terra, não sei quantos foram transformados, quantos se sentiram amados... ou para quantos isso fez sentido, mas o que sei, é que Deus sabe e isso é maravilhoso e se você guardou em seu coração uma palavra, um versículo, uma verdade... O propósito foi alcançado, porque o tempo é de Deus, a obra é de Deus e eu sou insignificante, só fui usada por Ele, sou Dele, e tudo que sou e faço pertence a Ele.

E se você está curioso pra saber onde estou e como estou, saiba que estou no caminho, buscando viver o propósito de Deus para minha vida, melhorando, evoluindo a cada dia, acreditando que posso ser diferente, que quero algo novo, me esforçando, pedindo a cada minuto a sabedoria e discernimento de Deus para o meu espírito, desejando ardentemente a vida eterna... E pra isso tudo, lendo a Palavra, vivendo a palavra, aprendendo, louvando, agradecendo, congregando, me preparando para o meu batismo, olhando para o alvo que é Jesus, e Deus está comigo.

Um grande abraço e que Deus abençoe.

Viviane Arteman Sidor.

Viviane Sidor e Rick Warren
Enviado por Viviane Sidor em 27/05/2022
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