Um batim nas memórias de um menino propriaense
Passados sete anos fora de Sergipe, ao dar "Um batim nas memórias de um menino propriaense", solidamente escrito por José Alberto Amorim, voltei ao meu berço. Viajei através de cada lauda que o livro contém porque esse professor, historiador, escritor, político e empresário que conheço desde o ano 2003 escreveu a minha história, a história do meu povo, a história da minha cidade, a história de Sergipe, a história do Brasil - quando nos fala sobre o regime da Ditadura Militar implantado com o golpe de 1964 -, tudo isso enquanto conta a sua própria história!
Ele proporcionou a mim, tanto através de imagens quanto dos fatos narrados, rever cada canto da Princesinha do Baixo São Francisco. De igual modo, fez-me docemente relembrar cada figura ilustre que hoje são patrimônio cultural da cidade, a exemplo de Zé de Rosália, Rosário, Jorge Doido, Baixinho da Lanchonete - tive sorte de conhecer esses.
Cada cidadão propriaense, independente de sua idade, deveria dar um batim nas memórias desse menino, pois elas informam a nossa história com verdade e muita beleza. Amorim foi um menino humilde, bem criado e, deveras, muito educado; hoje é um homem honesto, trabalhador, lutador e inteligente. No passado foi um aluno exemplar, no presente é um modelo de pai de família; no futuro, será o nosso legado! Cada página de seu livro representa um mergulho. Nele há 155 páginas, eu dei cento e cinquenta e cinco batins prazerosos que me fizeram refrescar a alma como refrescava o corpo nos banhos que há sete anos não tomo nas águas doces e fresquinhas do nosso caudaloso Opará. Se a biblioteca pública municipal "Dr. Jessé Trindade" fosse algum dia recriada, não poderia faltar em seu acervo o livro do meu conterrâneo Amorim, por contribuir significativamente com a cultura literária e com a história de Propriá.