Quase Memória.

Quase memória, de Carlos Heitor Cony, é sem dúvida um belíssimo livro, dessas leituras que te prende, arrebata, levando-o a viajar pela imaginação de um mundo e um tempo que não existe mais. Essa foi a minha primeira experiência de leitura com o autor. Posso dizer sem medo que foi uma das melhores do ano. Mergulhar nessas páginas foi maravilhoso.

Cony recebe um embrulho misterioso, tudo naquele pacote, cada detalhe, o faz relembrar de seu pai, morto já há anos.

Como seria possível tal coisa? Era como se o próprio pai estivesse enviado, todo o conjunto do envelope, a forma que foi amarrado, papéis, tudo tinha a assinatura dele. Nesse ponto, nós leitores já corroídos pela curiosidade queremos saber o que está ali dentro. O que mais me surpreendeu - é vai te surpreender também - é de saber que o presente recebido, cheio de mistérios, não trazia exatamente coisas materiais, mas, um conjunto de recordações, uma verdadeira viagem ao passado de pai e filho. A cada página vivenciamos fatos importantes da vida de cada um deles.

O importante não é o que está dentro do embrulho, mas, tudo aquilo que ele representa na vida do escritor.

Recomendo fortemente a leitura desse livro.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 24/10/2021
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