É possível domar o tempo?
Resenha do livro "Como o homem domou o tempo", de Hernâni Donato. Edições Melhoramentos, São Paulo-SP, sem data. Série "O homem e o universo", 14. Subtítulo: "O romance do calendário".
(Reparem na capa já despencada e no carimbo da livraria)
Faz pena ver tão danificado por muitas mudanças este pequeno tratado sobre relógios e calendários assinado por um grande autor nacional, e que ainda exibe na primeira página o carimbo da Livraria Eldorado da Rua Conde de Bonfim, na Tijuca (Rio de Janeiro). Foi adquirido no início dos anos 60, quando eu, adolescente, tentava, com a ajuda de minha mãe, colecionar a série "O homem e o universo", que era interessantíssima e muito apropriada para os jovens.
Donato conta em largas pinceladas a história da medição do tempo desde os seus primordios pré-historicos passando por diversas civilizações como os sumerianos, assírios, hebreus, romanos, gregos, egípcios, chineses, aztecas, maias, incas, arabes, pasando pelos calendários Juliano e Gregoriano. Fala também dos relógios desde os mais primitivos - de sol, água (clepsidra), areia (ampulheta) até os de mecanismos complicados, com molas, ponteiros e demais acessórios.
Fala da difícil contagem dos anos por causa das sobras dos dias exatos de 24 horas, pois o ano completo não dá exatos 365 dias; e dos muitos artifícios para acertas as diferenças acumuladas. Civilizações seguiam o ano lunar, o solar ou combinavam os dois. Quando o Papa Gregório XIII realizou com uma grande equipe científica a reforma do Calendário Juliano mandou eliminar dez dias para acertar tudo, o que gerou muitos protestos. Ao que parece algumas pessoas acharam que estavam perdendo tempo de vida (li em algum lugar que se formaram grupos encolerizados nas ruas, que marchavam aos gritos de "Devolvam os nossos dez dias!").
Nunca consegui localizar o outro livro de Hernâni Donato nesta coleção, "A palavra escrita e sua história", que também deve ser muito interessante.
Resenha do livro "Como o homem domou o tempo", de Hernâni Donato. Edições Melhoramentos, São Paulo-SP, sem data. Série "O homem e o universo", 14. Subtítulo: "O romance do calendário".
(Reparem na capa já despencada e no carimbo da livraria)
Faz pena ver tão danificado por muitas mudanças este pequeno tratado sobre relógios e calendários assinado por um grande autor nacional, e que ainda exibe na primeira página o carimbo da Livraria Eldorado da Rua Conde de Bonfim, na Tijuca (Rio de Janeiro). Foi adquirido no início dos anos 60, quando eu, adolescente, tentava, com a ajuda de minha mãe, colecionar a série "O homem e o universo", que era interessantíssima e muito apropriada para os jovens.
Donato conta em largas pinceladas a história da medição do tempo desde os seus primordios pré-historicos passando por diversas civilizações como os sumerianos, assírios, hebreus, romanos, gregos, egípcios, chineses, aztecas, maias, incas, arabes, pasando pelos calendários Juliano e Gregoriano. Fala também dos relógios desde os mais primitivos - de sol, água (clepsidra), areia (ampulheta) até os de mecanismos complicados, com molas, ponteiros e demais acessórios.
Fala da difícil contagem dos anos por causa das sobras dos dias exatos de 24 horas, pois o ano completo não dá exatos 365 dias; e dos muitos artifícios para acertas as diferenças acumuladas. Civilizações seguiam o ano lunar, o solar ou combinavam os dois. Quando o Papa Gregório XIII realizou com uma grande equipe científica a reforma do Calendário Juliano mandou eliminar dez dias para acertar tudo, o que gerou muitos protestos. Ao que parece algumas pessoas acharam que estavam perdendo tempo de vida (li em algum lugar que se formaram grupos encolerizados nas ruas, que marchavam aos gritos de "Devolvam os nossos dez dias!").
Nunca consegui localizar o outro livro de Hernâni Donato nesta coleção, "A palavra escrita e sua história", que também deve ser muito interessante.