Mulherio das Letras é um importante projeto, de âmbito internacional, que tem dado voz e vez às escritoras. Em 2019 foi organizada a antologia POETRIX, por Aila Mag Magalhães que, ainda que tardiamente, chegou este mês às minhas mãos, pela generosidade de Andréa Abdala Frank. Transcrevo, aqui o prefácio que eu poderia ter escrito para esta bela coletânea:
TEM FÉ, MENINA!
Repetir clichê é démodé (a rima foi proposital). Acabemos com esse papo que mulher é sexo frágil. E tal e coisa, e coisa e tal. Já dizia Rita Lee, aqui e acolá: Nem toda feiticeira é corcunda. Nem toda brasileira é bunda.
O Brasil é varonil (palavra que vem de varão, macho), ou é ovaril? Bonitinho? No país do pau (brasil) uma mulher é assassinada a cada duas horas, uma mulher é estuprada a cada dez minutos, 97% delas já sofreram assédio em meios de transporte e 42% sofreram algum tipo de assédio sexual. Se não está fácil para ninguém, para a Mulher, muito menos.
Quando um governante diz que uma mulher nasceu de sua “fraquejada”, que elas deveriam ganhar salários menores que os homens e que os estrangeiros podem vir se divertir com nossas mães, irmãs e filhas, começamos a achar que tudo está perdido...
Mas elas se organizam, se juntam, não largam das mãos, resistem, seguem fortes, sobrevivendo. E escrevendo. E fazendo poesia. E fazendo poetrix. Poetrix que comemora 20 anos de nascimento, em 2019. Já foi criança, adolescente, já debutou, já menstruou, amadureceu, ganhou corpo. Poetrix que se expressa maravilhosamente nesta coletânea feminina, sedutora, feminista, valente, tudo que uma mulher é, porque ela pode ser o que ela quiser. Poetrix que, desde a sua concepção, esteve além das limitações de gênero: quem o produz é poetrixta, seja lá qual for seu gênero ou sua opção sexual.
O que tod@s precisam@s é de Poesia. Inundar nossas almas de versos e celebrar a Vida e a União, em todas as suas formas de expressão. Melhor presente não poderia ganhar o Poetrix, em seu aniversário, que esta bela celebração. Pois se cada mulher é uma estrela, juntas elas se tornam uma constelação, iluminando nossas vidas .
É tudo o que pode um homem, desejar.
Goulart Gomes
TEM FÉ, MENINA!
Repetir clichê é démodé (a rima foi proposital). Acabemos com esse papo que mulher é sexo frágil. E tal e coisa, e coisa e tal. Já dizia Rita Lee, aqui e acolá: Nem toda feiticeira é corcunda. Nem toda brasileira é bunda.
O Brasil é varonil (palavra que vem de varão, macho), ou é ovaril? Bonitinho? No país do pau (brasil) uma mulher é assassinada a cada duas horas, uma mulher é estuprada a cada dez minutos, 97% delas já sofreram assédio em meios de transporte e 42% sofreram algum tipo de assédio sexual. Se não está fácil para ninguém, para a Mulher, muito menos.
Quando um governante diz que uma mulher nasceu de sua “fraquejada”, que elas deveriam ganhar salários menores que os homens e que os estrangeiros podem vir se divertir com nossas mães, irmãs e filhas, começamos a achar que tudo está perdido...
Mas elas se organizam, se juntam, não largam das mãos, resistem, seguem fortes, sobrevivendo. E escrevendo. E fazendo poesia. E fazendo poetrix. Poetrix que comemora 20 anos de nascimento, em 2019. Já foi criança, adolescente, já debutou, já menstruou, amadureceu, ganhou corpo. Poetrix que se expressa maravilhosamente nesta coletânea feminina, sedutora, feminista, valente, tudo que uma mulher é, porque ela pode ser o que ela quiser. Poetrix que, desde a sua concepção, esteve além das limitações de gênero: quem o produz é poetrixta, seja lá qual for seu gênero ou sua opção sexual.
O que tod@s precisam@s é de Poesia. Inundar nossas almas de versos e celebrar a Vida e a União, em todas as suas formas de expressão. Melhor presente não poderia ganhar o Poetrix, em seu aniversário, que esta bela celebração. Pois se cada mulher é uma estrela, juntas elas se tornam uma constelação, iluminando nossas vidas .
É tudo o que pode um homem, desejar.
Goulart Gomes