RESENHA - GRACE: A PRINCESA DE MÔNACO
Quem vê a capa de Grace - A Princesa de Mônaco, escrito por Jeffrey Robinson (amigo da família nobre), traduzido por Rosemarie Ziegelmaier e editado pela portuguesa LeYa, pensa que se trata exclusivamente da biografia da atriz norte-americana que largou uma promissora carreira no cinema, em Hollywood, para se casar com o príncipe de Mônaco, Rainier III, então um dos solteirões mais cobiçados da Europa.
Mas o livro, que inspirou o filme Grace of Monaco, estrelado por Nicole Kidman (que, inclusive, escreveu o prefácio), é muito mais que isso. Em 375 páginas, divididas em 33 capítulos com o prefácio de Nicole, mais dois prólogos e um epílogo, conta a história, não só da princesa, como também da cidade-estado - sinônimo de riqueza e isenção fiscal e famosa pelos cassinos, joalherias e o Grande Prêmio de Fórmula 1 - encravada na França, do principado que a governa e da dinastia dos Grimaldi, da qual Rainier III e de seus descendentes fazem parte. Ele também pincela as tragédias que ocorreram com Caroline (que perdeu o marido Stefano Casiraghi em um acidente de lancha em 1990) e os escândalos com seus irmãos Albert e Stephanie, além da morte da própria Grace.
O prólogo começa com dois momentos após a morte da princesa, um nos dias de hoje e outro com o resumo de sua vida. O primeiro capítulo, de fato, começa com o galanteio de Rainier para Grace, mas logo nos parágrafos seguintes já conta a história do pai de Grace Kelly, John Brendon Kelly, um filho de imigrantes irlandeses nascido na Filadélfia. A partir de então vai passando pelo seu enriquecimento, o nascimento de Grace e seus irmãos, até chegar a sua carreira de atriz e seu sucesso em filmes como Ladrões de Casaca e Mogambo.
Em relação ao conteúdo, o livro é ótimo, completo e de linguagem objetiva, além de incluir um álbum de fotos. Recomendo a leitura para quem quiser estudar sobre Mônaco e a dinastia dos Grimaldi. Mas, com tantas histórias de Mônaco e da família nobre, Grace Kelly acabou se tornando uma coadjuvante da história.
TEXTO: GUSTAVO DO CARMO