A megera

A Megera, um romance contemporâneo, retratado em São José dos Campos/SP. O cenário cita poucas vezes o nome da cidade, entretanto, há cenas detalhadas do restaurante “Service Bem”, microempresa dos personagens principais e ambientes em que se deslancha a ficção.

A Megera possui sessenta páginas, formato A5, formato tradicional para romance e uma coletânea de dezesseis capítulos.

Fazem parte dos personagens: Elmano, Moabe, Cremilda, Valéria (irmã de Moabe), Davi (namorado de Valéria), Maria Helena (mãe de Elmano), Clarice (mãe de Moabe), Rodrigo (pai de Moabe), Luciano (ex-de Cremilda) e Marco Antônio.

É uma adaptação do primeiro livro de Rogério Rodrigues da Silva, “Menina dos seus olhos”, um romance por estar no formato de A4 com 575 páginas, dificultou publicá-lo devido a árdua revisão e trabalhos gráficos, acabando assim o engavetando.

A Megera retrata o triângulo amoroso entre: Elmano, Moabe e Cremilda. A megera é obsecada por Elmano e lutará de todas as formas para o reconquistar.

O que ela menos imagina, para conquistar o amado, terá que lutar contra a própria prima. Algo que surpreenderá a todos. Pois Cremilda e Elmano na verdade, não é que namoravam, mas levavam os momentos a sós nas escondidas. Algo que tomou um desfecho diferenciado, quando ela o trai com Luciano. Período que ele, Elmano, conhece Moabe.

Cremilda será a verdadeira Megera da obra, não é a toa que foi esse a escolha do nome da obra.

A megera se passará de coitada, dando de inocente aos fatos, só para não perder de vista o amado, cujo passará poucas e boas em suas mãos.

Possuída pela descontrolável obsessão, Cremilda abusará do misterioso personagem Marco Antônio, sócio do pai de Moabe, no restaurante “Service Bem” a fim de mostrar poder e audácia para o amado.

Na verdade, será um tiro no próprio pé. Marco Antônio tem uma sociedade com os pais de Moabe por fachada, pois na verdade, sua parceira seria para uma vingança, mas que Cremilda acabará o atrapalhando. Por esse deslize, Cremilda pagará um preço muito alto.

Moabe e Elmano enfrentarão cenas ardorosas em nome do bendito amor que acreditam sentir um pelo o outro. Enfim, nesse jogo vale tudo; só não vale entregar de bandeja a menina dos seus olhos à concorrente.

Em algumas situações, Valéria, irmã de Moabe, tentará abrir os olhos da irmã à generosidade de Cremilda pela proximidade, mas o cinismo da megera não a dará força para acreditar na irmã ou nas indiretas do próprio amado, pagando assim um preço injusto.

A megera é narrada na terceira pessoa, mas aos delírios da licença poética, o autor narra em detalhes poéticos o sentimento ou aflição dos personagens aos duelos enfrentados na ficção. São eles:

a) o desespero de Elmano vir a descobrir que Cremilda e Moabe são primas. Isso o apavora e o faz sofrer, pois acredita que quando a amada souber do seu passado, tudo virá à ruina.

b) O desespero de Cremilda por persistir em lutar pelo amado e descobrir que cada dia a mais, se torna difícil o conquistar.

c) O desespero de Moabe por algumas vezes se sentir o amado calado ou oculto demais em algumas cenas. Algo que a faz temer, pois do jeito que o ama, teme em ousar a pensar que poder haver uma concorrente na área.

d) O desespero dos pais de Moabe ao perceber que o restaurante estará entrando no sinal vermelho e que possivelmente estaria havendo um desfalque financeiro da parte do sócio.

e) O desespero de Luciano que no decorrer da história descobre ser cúmplice das maldades da megera. Quando cai na realidade decide parar, tarde demais, pois Cremilda o tem em mãos e o ameaça se a deixar. Situação que não restará saída, terá que ser unir com Elmano. Amizade que os surpreende, descobrindo coisas absurdas da megera.