Fim do Jejum, Início da Lenda
O ídolo e craque palmeirense Evair cita em seu livro a volta por cima que deu em sua gloriosa carreira. Ocupando desde 12 de junho de 1993 o status de Palmeiras. Em um noite em um jantar, o mesmo relatou em algumas de suas inúmeras entrevistas que ouviu dois funcionários conversando e que a seguinte frase o chamou a atenção: esse ai chegou para ser só mais um. E o mesmo pensou: eu não quero ser mais um. E realmente não foi, alguns anos mais tarde se tornou ídolo, em um time repleto de estrelas, fazendo um gol de pênalti contra o arqui-rival Corinthians, decretando o final do jejum de 16 anos, 10 meses e 26 dias. Evair aborda no livro que chegou ao Palmeiras considerado um jogador "bichado" por conta de uma hérnia de disco em troca de um outro atacante de nome Careca Bianchesi. Durante a trajetória do campeonato paulista em questão, o caminho até o dia 12 de junho de 1993 não foi tão fácil. E o "El Matador" percebeu isso logo em sua chegada ao clube, em 1991.
No ano de 1992, chegou a ser afastado pelo técnico, assim que o mesmo caiu, integrou o time que perdeu a final do Paulista para o São Paulo.
E na mesma semana o Palmeiras fez o acordo com a Parmalat, que prometeu reforços de peso.
A equipe de 1992, reforçada por Edmundo, Roberto Carlos, Antônio Carlos e comandada por Vanderlei Luxemburgo, encaixou mesmo e, como Evair havia previsto, chegou à decisão do Campeonato Paulista de 1993. No primeiro jogo da final, no entanto, sinal de alerta ligado: vitória do arquirrival Corinthians por 1 a 0(aquele jogo que o Viola imitou o porco e serviu de combustível para a vitória do Palmeiras no segundo jogo).
Uma semana depois, no dia 12 de junho, no Morumbi e ganhou no tempo normal por 3 a 0. Na prorrogação, gol de pênalti de Evair, que já havia marcado um tento nos 90 minutos: 4 a 0. Delírio alviverde.
O momento do pênalti sofrido por Edmundo, parece que foi feito mesmo para o Evair, parecia flutuar em campo chutou com classe no canto direito do goleiro Wilson (que havia entrado no lugar do Ronaldo). O Palmeiras entrou em campo com as meias brancas, superstição, porque o mesmo havia acontecido com o último título em 1976. E na hora da famosa foto que não vai para lugar nenhum, os 11 jogadores estavam com cara de mau, como alguns definiam com "caras de leões com fome".
O nome do livro é Sociedade Esportiva Palmeiras 1993 – Fim do jejum, início da lenda.
E como disse á época o saudoso jornalista Roberto Avallone, Palmeiras 1,2,3, 4 exclamação