Outra resenha que não foi escrita

De uns tempos para cá muitos escritores não se conformam mais em ser simplesmente ruins, chatos e medíocres. Fazem questão de ser sórdidos. Eu já não consigo ler tais obras. Agora foi a vez de "A maldição do cigano", do Stephen King.

Honestamente não consigo entender que muita gente o considere um dos grandes autores de literatura de terror, chegando a compara-lo a mestres como Edgar Allan Poe e H.P. Lovecraft. Ora, leiam as obras desses dois, ou de Robert Louis Stevenson ou Robert Howard, não acharão as baixarias de King, nada comparavel. Stephen King é um adepto da contra-cultura, o seu mundo é um mundo de pessoas reles, materialistas e de hábitos vulgares, de famílias altamente desajustadas e tudo isso narrado com detalhes e diálogos repulsivos. A mim esse tipo de leitura faz mal.

A premissa desse romance até tem seu grau de interesse. Um sujeito, norte-americano de classe média, de caráter reles, atropelou e matou, talvez sem culpa, uma mulher cigana. Absolvido por um juiz que era seu amigo e não se declarou suspeito, não contava que um cigano lancasse maldição sobre ele e que essa maldição funcionasse. Em resumo o sujeito pesava no início 113 quilos e começa a emagrecer rapidamente, para espanto da esposa. Era a maldição do emagrecimento. Mas depois de alguns capítulos desisti de ler o livro emprestado por causa do baixíssimo nível do texto, dos diálogos, inclusive King se compraz em descrições teratologicas e diálogos extremamente vulgares. É romance que não recomendo.