A resenha que não foi escrita
Eu já havia lido outros livros de Thomas Harris, da série do canibal Hannibal Lecter, e todos me pareceram sórdidos. Quando porém tentei ler "Hannibal" não consegui ir até o fim.
Esse escritor dá náuseas. Nesta obra ele chega ao supra-sumo da baixaria. No mundo de Thomas Harris não há nobreza nos personagens, nenhum deles, praticamente. Mesmo Clarisse Starling, que aqui reaparece (ela é a heroína de "O silêncio dos inocentes") é uma pessoa desbocada e antipática, de mal com a vida.
Há um oficial do FBI que é simplesmente asqueroso, um cineasta repulsivo, um milionário vingativo, cada personagem é pior do que o outro. Tem palavreado, indecências, crueldades requintadas e Thomas Harris consegue a lamentável façanha de levar os leitores a torcer pelo psiquiatra canibal, porque os seus inimigos são ainda piores.
Se ao menos o autor não acumulasse palavreado sórdido a cada passo eu teria chegado ao fim. Mas simplesmente não aguentei.
A edição é da Best Bolso, Rio de Janeiro, 2014.
Eu já havia lido outros livros de Thomas Harris, da série do canibal Hannibal Lecter, e todos me pareceram sórdidos. Quando porém tentei ler "Hannibal" não consegui ir até o fim.
Esse escritor dá náuseas. Nesta obra ele chega ao supra-sumo da baixaria. No mundo de Thomas Harris não há nobreza nos personagens, nenhum deles, praticamente. Mesmo Clarisse Starling, que aqui reaparece (ela é a heroína de "O silêncio dos inocentes") é uma pessoa desbocada e antipática, de mal com a vida.
Há um oficial do FBI que é simplesmente asqueroso, um cineasta repulsivo, um milionário vingativo, cada personagem é pior do que o outro. Tem palavreado, indecências, crueldades requintadas e Thomas Harris consegue a lamentável façanha de levar os leitores a torcer pelo psiquiatra canibal, porque os seus inimigos são ainda piores.
Se ao menos o autor não acumulasse palavreado sórdido a cada passo eu teria chegado ao fim. Mas simplesmente não aguentei.
A edição é da Best Bolso, Rio de Janeiro, 2014.