O primeiro livro de Adão e Eva.

PRIMEIRO LIVRO DE ADÃO E EVA.

(resenha)

Eu sempre tive fascínio pela Bíblia sagrada e suas maravilhosas histórias. Do primeiro ao último livro, de Gênesis a Apocalipse, cada história tem a sua particularidade, sua beleza e grandiosidade. A literatura Bíblica é sem dúvida excepcional, cada livro foi muito bem construído, ligando-se uns com os outros. A riqueza espiritual, intelectual e literária da bíblia me fez lê-la três vezes, e certamente terá outras mais. Hoje desejo falar de outros livros, considerados 'apócrifos'. Não quero adentrar no mérito teológico dizendo isso ou aquilo se é, ou não é, enfim… Meu desejo é apenas em me aprofundar na história é em seus personagens, mergulhar em cada detalhe. Não desejo levantar teses ou teorias, nada disso, certas opiniões as guardarei para mim, vou expor apenas a impressão que tenho de cada livro destes, 'três volumes', intitulados de (Apócrifos e pseudo-epígrafos da Bíblia sagrada). Tenho plena convicção de que não será uma leitura tão fácil, porém, extremamente enriquecedora. O primeiro livro dessa lista é este.

(O PRIMEIRO LIVRO DE ADÃO E EVA)

O primeiro livro de Adão e Eva, mostra nos 73 dos 79 capítulos que compreende o primeiro volume o conflito do casal com Satanás, sendo este, vencido no capítulo 73. Logo no quinto versículo do capítulo Inicial temos a descrição de que Adão, havia sido expulso do Jardim de Deus. No oitavo versículo encontra-se possível autor deste livro, dando a entender ser um de seus filhos.

O que fica evidente nestes primeiros livros, a meu ver, é o conflito do próprio Adão com sua nova natureza. Antes, conforme descrito, vestido de corpo de luz, cercado pelas delícias e facilidades do Jardim, dotado de visão e inteligência muito além do que um humano possa ter. Cometido o pecado, expulso, Adão perdeu o seu corpo de luz, seus direitos e regalias no Jardim. Vestido em corpo de carne, conhece os limites tão frágeis da própria condição. A sua luta maior passa a ser consigo mesmo, a adaptação da nova condição em contraste com o mundo fora do Jardim, tendo como adversário a serpente, enfurecida na tentativa de aniquilação do casal, se não fosse misericórdia de Deus, já o teria feito. Deus é descrito aqui como o misericordioso — e não é para menos. Adão agora se vê fraco, desprovido, por inúmeras vezes buscando a própria morte por não suportar a nova condição. A consciência pesada pelo erro quase o destrói, se não fosse, como já dito, as misericórdias divinas.

O livro é repleto de alusões a Cristo, sua vinda, seu sofrimento e morte na cruz. Cristo é descrito aqui, nas inúmeras vezes que interveio a favor de Adão, como (A palavra) são muitas as ocasiões em que, a palavra, aparece falando com Adão, bem como referências a Jesus é sua vinda ao mundo e a morte na cruz como ato de salvação da raça humana. Não vou detalhar todos os pontos que fazem tais referências, seria alongar e muito a resenha. Nos últimos capítulos vemos Adão adaptado a sua nova condição, a formação da primeira família, e, a conhecida é primeira tragédia humana no seio familiar de Adão, onde Caim por ciúmes, movido pela malignidade da serpente, mata o seu irmão.

Sem sombra de dúvidas que a leitura desse livro me deixou boquiaberto, por vezes, sem paciência com certas atitudes de Adão. Gostei muitíssimo, confesso estar ansioso para continuar a leitura do segundo livro e descobrir o que será de Adão e sua jornada puramente humana.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 28/12/2020
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