As Contribuições Pedagógicas e seus Pensadores: Montessori, Freinet e Dewey

O objetivo central deste texto é o de sintetizar o conteúdo apresentado na disciplina História do Pensamento Pedagógico referente a três importantes nomes na história do pensamento pedagógico, Maria Montessori, Célestin Freinet e John Dewey, e suas influências na ação docente.

Talvez fosse prudente ao iniciar uma dissertação de tamanha abrangência, definir o termo pedagogia em sua origem etimológica. A palavra “pedagogia” tem origem etimológica na Grécia antiga sendo originada da combinação das palavras: pais, paidos = criança; agein = conduzir; logos = tratado, ciência. Como ciência, a pedagogia tem como objeto de estudo a educação, ou seja, o processo de ensino e aprendizagem onde o ser humano é o sujeito enquanto educando. Além de dar significado etimológico à palavra, a Grécia antiga pode ser considerada o berço da pedagogia, pois lá ocorreram as primeiras impressões sobre a ação pedagógica advinda da prática utilizada no acompanhamento das crianças por escravos a escola. Neste contexto, os escravos mesmo submissos as crianças, desenvolveram habilidades que possibilitaram valer sua autoridade perante a criança quando necessário. Daí a visão ocidental de vincular o pedagogo à formação da criança.

Dentro deste rico universo, temos que relacionar diferentes concepções para fazer valer a ciência pedagógica enquanto ferramenta que possibilite a aquisição de conhecimento para o desenvolvimento do individuo. Essas concepções estão relacionadas com a ideia de criança, o papel da escola, a sociedade e o papel professor.

Com a crise do sistema feudal na Europa na Baixa Idade Média em meados do século XV e com o renascimento comercial e urbano culminando com a emergência do capitalismo mercantil, a pedagogia passa a ser uma ciência não só a serviço da aprendizagem e do desenvolvimento humano, mas principalmente, uma ciência a serviço do capital. Os métodos utilizados objetivando a formação de mão-de-obra obtiveram êxito e adesão temporária da sociedade como um todo. Aqui então podemos inferir que inicia-se uma linha cronológica que definira a evolução das ideias e as práticas pedagógicas como pedagogia tradicional e pedagogia nova. Essas, por sua vez, nada mais são do que diferentes formas de fazer a escola.

A pedagogia tradicional vem a ser uma forma de atuar no ensino carregada de conceitos, valores advindos do Estado sendo este representado através do clero e como consequência, elaborada e conduzida pela igreja como um monopólio que serve a um propósito. Traduzindo a pedagogia tradicional para escola, verificou-se as seguintes abordagens e finalidades: a direção moral tinha como meta o convertimento do individuo ao cristianismo, sendo esta a pratica amplamente utilizada pelos jesuítas, principalmente, na América colonial; tinha o conhecimento como foco no ensinar; o ensino mutuo; a figura do professor como autoritária; a disciplina; a escola servindo para um objetivo comum tendo a imagem de um meio moral organizado.

A pedagogia tradicional tem como finalidade formar o individuo, moldá-lo. Adota o método de educar de fora para dentro tendo o foco no objeto de ensino. Na pedagogia tradicional a criança, a infância tem pouco valor em relação à idade adulta. O conteúdo a ser ensinado à criança não contempla os interesses da criança. A escola tem um papel de reprimir as emoções, tornando-se assim, um ambiente artificial vislumbrando um preparo futuro dessa criança.

O professor tem o papel centralizador da autoridade sendo ele o centro da ação doando o seu saber. É o modelo a imitar.

A ações disciplinares impõe parâmetros de punição e recompensas tendo aqui o seu teor autoritário. Por tudo, podemos concluir que a pedagogia tem uma ordem mecânica por focar no objeto, na cultura do transmitir e não no aprender.

Diante deste cenário nefasto da educação, no fim do século XIX e início do século XX, surge uma corrente para contestar a tradição: a escola nova ou pedagogia nova.

Em uma oposição à fé, a razão tem o seu papel assegurado neste período. Tendo Rousseau como o seu grande inspirador, o ponto de partida desse movimento é a concepção da infância e da educação por ele refletida estipulando uma tendência que vem influenciando os moldes da educação até os dias atuais. Diante de cenários devastadores das guerras, dá-se a necessidade ou a inspiração de educar no intuito de salvar a humanidade, criando um novo tipo de ser humano a fim de suprimir definitivamente as causas da guerra, criando como consequência, um mundo melhor. Assumindo uma visão inatista por definição, o movimento da educação nova é fazer frutificarem todos os dons que a criança traz consigo ao nascer, ocupando-se da totalidade dos aspectos do ser humano. Podemos destacar as características deste movimento. A educação tem como finalidade primordial o desenvolvimento das forças imanentes da criança onde procura transmitir a partir das forças vivas das crianças. Há a preocupação em cultivar a subjetividade, os valores individuais.

O método adotado procura agir no sentido de trabalhar com os interesses da criança, uma educação funcional.

A concepção de criança, conforme já mencionada, é o ponto de partida deste movimento. Vê a criança como um sujeito munido de interesses, necessidades e energia criadora. A infância tem um valor em si mesma, onde todo o programa gira em torno da criança. Com efeito, os temas abordados consideram os campos de interesses das crianças dando um enfoque realista ao programa.

A escola na visão da escola nova deve ser um meio natural e social no qual decorre a vida da criança, criando condições para o aparecimento da espontaneidade da criança, focada no ato presente para a resolução das problemáticas do cotidiano.

O papel do professor dentro desse contexto deve ser considerado como a de um guia que auxilia a criança em suas descobertas, suas experiências, despertando-a para o saber. É uma pessoa-recurso.

A disciplina é tratada como aquela que vem do interior, do pessoal, deixando de lado a abordagem autoritária, aniquiladora.

Temos como consequência desta mudança de concepção uma pedagogia voltada ao individuo para que possa se desenvolver espontaneamente, de forma natural.

De posse do teor teórico destes dois movimentos, devemos nos ater na fonte de conhecimento advinda da Escola Nova. É de capital importância aprofundar-nos nas contribuições de alguns teóricos e pensadores deste movimento. Dentre eles, podemos citar Maria Montessori, Célestin Freinet e John Dewey.

Maria Montessori

Antes de nos atermos as contribuições de Montessori à pedagogia, devemos elucidar a concepção de criança na opinião desta pesquisadora.

Ao contrário de alguns expoentes da Escola Nova, Montessori foi muito influenciada pelas ideias de Rousseau. Com isso elaborou uma concepção de criança a partir de suas observações como neurocientista. Ela afirmava que a “criança verdadeira” era a prova viva do processo continuo de criação, de renascimento e de renovação, munida de vontade. Sendo assim, o conceito fundamental de sua reforma educacional e importante contribuição ao entendimento da infância é de que as crianças deveriam se beneficiar de um ambiente apropriado no qual tenham a possibilidade de viver e aprender. Aqui justifica-se a preocupação de Montessori em criar espaços projetados para acolher as crianças possibilitando a manipulação de dados sensoriais para educar e transformar os seres humanos.

Além do espaço minuciosamente planejado para as crianças, Montessori desenvolveu materiais didáticos, composto de várias séries de objetos padronizados objetivando a abstração que, como ganho das interações com esses objetos, despertasse o senso de responsabilidade e autodisciplina nas crianças. Esse senso de responsabilidade nas crianças foi motivado também pela interação que as crianças tinham com o ambiente. Uma vez em contato com esses ambientes especiais, a criança poderia transformá-los, aprimorá-los, exercendo assim seu senso de responsabilidade.

Na formação moral das crianças, Montessori considerava que a ajuda fornecida aos fracos, idosos e doentes era um dever importante a ser cumprido na fase do desenvolvimento pessoal sendo que essas relações morais definem e marcam o começo de uma nova vida enquanto pessoa moral.

Os períodos sensíveis no desenvolvimento das crianças para Montessori são aqueles que a criança possui uma sensibilidade especial que desperta um poderoso desejo espontâneo para aprender e adquirir mestria em alguma habilidade ou conceito. Pode ser considerado também um período de duração transitória e variável, podendo ser característico de uma época da fase do desenvolvimento infantil devotada à aquisição de uma característica particular. Uma vez que a característica seja adquirida, a sensibilidade desaparece. Os adultos por sua vez, não têm influência direta nesse período sendo o papel destes apenas preparar um ambiente que encoraje e nutra o desenvolvimento espontâneo. Logo, trata-se de momentos de maior receptividade do ponto de vista da aprendizagem por interação com o entorno. Daí a importância dos espaços planejados e dos materiais didáticos. Dentro deste contexto, os materiais didáticos devem agir como uma “escada” permitindo que as crianças tomassem a iniciativa e fizessem progressos na via de sua plena realização. Montessori concebeu seu material didático com a ideia de permitir a criança transcender a situação concreta e imediata, para favorecer a abstração.

Conforme comentado sobre o papel dos adultos nesta fase de desenvolvimento da criança, o professor deve atuar a partir da periferia deixando o centro do processo educativo na criança. Sua tarefa, todavia, consiste em praticar uma observação científica e empregar sua intuição para descobrir diferentes possibilidades assim como novas necessidades da criança. O professor deve dirigir o desenvolvimento das crianças de maneira responsável, de acordo com o espírito científico.

Uma outra contribuição de Montessori ao contextualizar a infância pode-se encontrar no conceito de “mente absorvente”. Resumindo, trata-se da capacidade e a vontade de aprender simultaneamente. Isso quer dizer que o intelecto é orientado em direção aos acontecimentos do mundo circundante sendo que a relação com diversidade diante de seus aspectos, garante um valor educativo que diferem de acordo com cada caso particular tendo um vínculo estreito à ideia de períodos sensíveis da aprendizagem.

Sendo assim, Montessori além de representar a Escola Nova como poucos, suas contribuições verificaram-se no papel do professor dentro da educação mediante sua proposta educacional, os conceitos de períodos sensíveis e mente absorvente, a relação com o entorno e o desenvolvimento de materiais didáticos que auxiliassem a criança na exploração do ambiente.

Célestin Freinet

Professor de formação, Freinet nasceu em 15 de outubro de 1896 na França. Suas inovações pedagógicas têm como natureza a troca de lugar habitualmente ocupada pelo professor ao aluno. Freinet fundou a própria escola onde pôde aplicar seus conceitos pedagógicos objetivando a ruptura com a escola tradicional na reprodução de padrões sociais. Sua pedagogia foi pensada como uma atividade concreta, vivenciada como “técnicas de vida” a serviço da libertação do ser humano, uma atividade emancipação política a serviço dos trabalhadores, camponeses e outras pessoas do povo.

Dentre suas técnicas pedagógicas, podemos citar a leitura-trabalho, a escrita e a imprensa, o cálculo vivo, as ciências práticas e a arte, sempre tendo uma relação de utilização concreta no ambiente de sala de aula.

Podemos então destacar alguns pontos exclusivos da obra de Freinet: a imprensa escolar, a correspondência interescolar, a cooperativa escolar e, em nível nacional, a Cooperativa de Ensino Laico (CEL).

Mediante suas constatações, a escola idealizada e fundada por Freinet tinha em sua essência a ideia de uma escola livre e experimental. Sua escola consistia em prédios construídos de modo artesanal, do tipo de moradia sem patamares. No meio do pátio, uma piscina sombreada para que as crianças pudessem brincar. As salas de aula eram espaçosas com a predominância das cores verde e branca. Os alunos, por sua vez, eram na maior parte internos provenientes de camadas sociais desfavorecidas ou de famílias em dificuldade.

A originalidade de suas técnicas estavam impregnadas de um conhecimento profundo filosófico. Ele expressava uma desconfiança escolástica a tudo o que fosse formal, voltando-se à natureza com suas “técnicas de vida”. O tateio experimental dentro deste contexto, coloca como o essencial deve provir do próprio educando. As necessidades do saber diante de obstáculos, a busca de soluções deve ser espontânea motivada pela necessidade interior daquele que procura. Aqui o erro é parte do processo de aprendizagem, sendo que é tateando, experimentando o caminho retificando as tentativas infrutíferas é que a criança e o adulto aprendem realmente. Dentro da teoria clássica das tentativas e erros de Palov, Freinet acrescenta dois pontos essenciais: primeiro, a tentativa deve ser feita para responder a uma necessidade; e, por outro, o acerto implica a memorização espontânea do processo bem-sucedido e sua repetição ulterior em situações similares. Para ele essa é a essência da aprendizagem.

Nesse sentido, a genialidade de Freinet expressa-se pelo simples fato de compreender, viver, antes de teorizar sendo o isomorfismo indispensável entre a prática tanto dos alunos como dos professores. Cria-se aqui um movimento em que alunos e professores de forma cooperativa, compartilham voluntariamente reflexões e produções. Define-se então o Movimento Freinet que tem na CEL (Cooperativa de Ensino Laico) um instrumento de produção e difusão de documentos e materiais didáticos dando um aspecto concreto ao Movimento.

O teor pratico da pedagogia de Freinet expandiu-se para as aprendizagens especificas e indispensáveis como a leitura, escrita, ortografia e cálculo.

As inovações introduzidas por Freinet tem como base as premissas da Escola Nova.

A primeira inovação será a aula-passeio com a finalidade de observar o ambiente natural e humano cujo ecos orais e, em seguida, escritos, são levados de volta à sala de aula sendo influenciado por Decroly e seu estudo do entorno. Para Freinet, o estudo do entorno só faz sentido quando há um esforço para agir sobre ele e transformá-lo. Nesse sentido, Freinet irá rapidamente ampliar e enriquecer esse conceito com duas dimensões complementares: por um lado, o recurso aos relatos individuais levados para a sala de aula pelos alunos que, diante dos acontecimentos que lhes causaram impressão e dos quais participaram, têm o desejo de compartilhar tal experiência com os colegas dando origem ao chamado texto livre. Depois, surgiu o diário escolar distribuído no âmbito familiar e também a correspondência interescolar onde uma escola comunica a outras o essencial dessas experiências individuais, escolhidos de forma democrática em sala de aula e editados coletivamente para sua comunicação. Então, a comunicação dessas experiências nas diversas esferas, o que equivale à socialização, torna-se instrumento por excelência do acesso à escrita. A finalidade de transmitir algo a pessoas estranhas àquele ambiente identificará e criará o recurso técnico capaz de tornar possível essa comunicação. Surge então a imprensa na escola constituindo um dos instrumentos da revolução pedagógica proposta por Freinet. Dessa forma, a comunicação se torna o objeto concreto da aprendizagem da escrita e da edição de textos. Acrescentando, as técnicas de comunicação escolar tornam-se o instrumento de uma formação cívica mediante a ação e não mediante o discurso sobre as instituições longínquas às quais será atribuída uma significação concreta unicamente pelo funcionamento cotidiano da escola.

Essa preocupação com a comunicação implicará em uma prática original do aprendizado da leitura. Ler é ir à procura do sentido. Decroly contribui com o conceito de que a percepção do texto não é sintética, ou seja, uma letra após a outra, mas global apropriando-se da propriedade natural da percepção. Das palavras às silabas e por fim dos sons. Assim, seria possível elaborar a composição de novas palavras e a escrita. Define-se então o método analítico-sintético no qual Freinet ira se inspirar. Logo, o acesso ao texto escrito deve começar por ser a busca de seu sentido. Sendo assim, o texto é o produto de uma vontade que pretende-se comunicar.

Caberia ao professor a documentação sistemática dos relatos dos alunos, produzindo assim fichas autocorretivas que os alunos utilizavam espontaneamente ou sob a orientação do mestre para corrigir as dificuldades constatadas.

O papel do professor converge a uma concepção de sociedade e de ser humano na qual a defesa e o respeito à individualidade da criança vem contribuir para a formação de indivíduos críticos que busquem a superação das mazelas oriundas do sistema capitalista, pois entende que este traz como pano de fundo uma proposta pedagógica difusora dos ideais presentes nas correntes pedagógicas liberal-burguesas, tradicionais.

Atualmente, o método desenvolvido por Freinet persiste principalmente no que tange ao ensino de línguas maternas ou estrangeiras aprofundando as diretrizes pedagógicas de Freinet. A elaboração do pensamento científico atual segue a lógica de Freinet quando construído em sucessivas retificações de intuições espontâneas onde a experimentação e o debate são os vetores de qualquer progresso.

John Dewey

Nascido em 1859, nos Estados Unidos, o filosofo John Dewey elaborou uma proposta pedagógica que propunha a integração entre teoria e prática influenciado pela teoria evolucionista de Darwin e do pensamento pragmatista de Willian James.

Dewey criticou tanto os tradicionalistas como os escolanovistas por não serem capazes de conseguirem associar os interesses e as atividades das crianças aos temas de estudo.

No comando do departamento de Pedagogia da Universidade de Chicago, Dewey criou uma escola experimental dentro do próprio campus da universidade.

A pedra angular da pedagogia de Dewey consistia em fornecer à criança uma experiência de primeira mão sobre situações-problema que haviam sido criadas por elas próprias. Para ele era necessário criar condições às crianças que obrigassem elas de participarem ativamente da construção personalizada de seus próprios problemas e a colocar a implementação dos métodos que permitissem resolvê-los através de múltiplas tentativas e erros. A utilização de métodos empíricos de solução de problemas evidencia o erro como um fator importante da aprendizagem. Todavia, os objetivos pedagógicos de Dewey mantinham-se convencionais sendo somente seus métodos inovadores e radicais.

Como reformador da educação, o objetivo mais ambicioso de Dewey foi o de transformar os estabelecimentos escolares dos EUA em outros tantos instrumentos de democratização radical da sociedade americana. De acordo com Dewey, o individuo se realiza usando seus talentos peculiares a fim de contribuir para o bem-estar da comunidade; então, a função crucial da educação em uma sociedade democrática consiste em ajudar a criança a adquirir o caráter que lhe permitirá realizar-se plenamente nesse objetivo. Para esse fim, a escola deveria organizar-se como uma comunidade cooperativa uma vez que tem-se o objetivo de tornar a educação como um instrumento de preparação do individuo para a democracia, dando à criança um lugar, mesmo que provisório, como membro da sociedade na qual ela deseja contribuir.

A escola para Dewey seria a única forma de vida social a funcionar na abstração e em meio controlado para ter um sentido experimental onde poderiam ser aplicados hipóteses oriundas da psicologia funcional da ética democrática por ele preconizada.

As características idealizadas por Dewey no que se refere ao professor define o último como um profissional bem qualificado, conhecedor abalizado da matéria ensinada, formado em psicologia da criança e gabaritado na utilização de técnicas destinadas a proporcionar os estímulos necessários à criança para leva-la a integrar o tema de estudo em sua experiência de crescimento. Tem também como incumbência, fornecer as referências do saber e as ferramentas do método às crianças.

Concluindo, a concepção educativa de Dewey tem como base, por um lado, a visão pragmatista da aprendizagem e, por outro, a concepção política onde a educação e a escola lapidam o individuo em suas virtudes para a atuação em uma sociedade democrática.

Conclusão

Diante de um enorme desafio, o pedagogo deve criar, mediante subsídios teóricos e empíricos, uma visão critica que condicione suas ações. Para tal, é de vital importância que consiga elaborar objetos, ou seja, metas a serem alcançadas pela educação, mediante a analise da situação e realidade no qual esta inserido. Só assim teremos objetivos factíveis.

Todos os teóricos e pensadores aqui analisados contribuem para a aquisição de um repertório teórico para a formação de um pedagogo responsável e comprometido com os objetivos a serem alcançados tendo com pano de fundo de suas ações o compromisso com a promoção do ser humano.

A educação é vital. Forjamos homens pelo meio da educação. A educação constrói o aspecto humano do homem, e, nas contradições do ato de ensinar e aprender, é que essa construção ocorre.

O pedagogo enquanto educador deve ter uma visão política, desapegada de ingenuidade, para que possa atuar na mudança da estrutura social com a promoção do individuo. Ao mesmo tempo, temos que ser técnicos para dar eficácia aos métodos, planos, etc.

A perda da ingenuidade deve estar acompanhada com a noção dos limites de atuação. É esta noção que permite ao educador adquirir o poder necessário para a transformação estrutural.

Referências Bibliográficas

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KULMANN JR., Moisés. Infância e Educação Infantil – uma abordagem histórica. Porto Alegre: Editora Mediação 3a edição, 2011.

GAUTHIER, Clermont, e TARDIF, Maurice (orgs.). A Pedagogia – Teorias e Práticas da Antiguidade aos nossos dias. Tradução: Guilherme João de Freitas Teixeira. Petrópolis: Editora Vozes, 2013.

CÉLESTIN FREINET. Coleção Educadores MEC. Recife: Fundação Joaquim Nabuco/Editora Massangana, 2010.

JOHN DEWEY. Coleção Educadores MEC. Recife: Fundação Joaquim Nabuco/Editora Massangana, 2010.

MARIA MONTESSORI. Coleção Educadores MEC. Recife: Fundação Joaquim Nabuco/Editora Massangana, 2010.