A BATALHA DO VÁCUO, resenha
A BATALHA DO VÁCUO, resenha
Miguel Carqueija
Resenha do romance “High vacuum” (Alto vácuo), de Charles Eric Maine. Tradução: Eurico da Fonseca. Título em português: “A batalha do vácuo”. Capa: Lima de Freitas. Editora Livros do Brasil, Lisboa-Portugal, sem data. Coleção Argonauta 116.
Este romance é de ficção científica clássica, sem detalhes fantasiosos e passado em futuro próximo, ainda que todos os personagens sejam fictícios.
É válido, embora a meu ver o autor tenha errado a mão. Trata da primeira expedição tripulada à Lua, com quatro astronautas. Só que ocorre um acidente que não deveria ter ocorrido e os astronautas vão morrendo um a um, enquanto aguardam um problemático socorro da Terra. Pior, havia uma clandestina, Janet Ross, esposa de um dos astronautas, Vaughan, que foi o primeiro a morrer. O peso extra é que causara o desastre.
Considerando o aspecto militar da expedição e todo o aparato que necessariamente envolve a Astronáutica, uma clandestina é algo assaz inverossímil.
O título se refere à disputa pelo oxigênio restante entre os dois sobreviventes, uma mulher e um homem, ela grávida do falecido. Mas o argumento básico poderia ter sido desenvolvido com mais habilidade. Charles Eric Maine, porém, é apenas um autor mediano. E ele ainda imagina um final água-com-açúcar onde EUA e URSS (a guerra fria existente na época em que o livro foi escrito) acabam se entendendo às mil maravilhas e unindo suas forças para colonizar a Lua. Isso além de ser o final algo onírico.
Dá para ler com reservas.
Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2020.
A BATALHA DO VÁCUO, resenha
Miguel Carqueija
Resenha do romance “High vacuum” (Alto vácuo), de Charles Eric Maine. Tradução: Eurico da Fonseca. Título em português: “A batalha do vácuo”. Capa: Lima de Freitas. Editora Livros do Brasil, Lisboa-Portugal, sem data. Coleção Argonauta 116.
Este romance é de ficção científica clássica, sem detalhes fantasiosos e passado em futuro próximo, ainda que todos os personagens sejam fictícios.
É válido, embora a meu ver o autor tenha errado a mão. Trata da primeira expedição tripulada à Lua, com quatro astronautas. Só que ocorre um acidente que não deveria ter ocorrido e os astronautas vão morrendo um a um, enquanto aguardam um problemático socorro da Terra. Pior, havia uma clandestina, Janet Ross, esposa de um dos astronautas, Vaughan, que foi o primeiro a morrer. O peso extra é que causara o desastre.
Considerando o aspecto militar da expedição e todo o aparato que necessariamente envolve a Astronáutica, uma clandestina é algo assaz inverossímil.
O título se refere à disputa pelo oxigênio restante entre os dois sobreviventes, uma mulher e um homem, ela grávida do falecido. Mas o argumento básico poderia ter sido desenvolvido com mais habilidade. Charles Eric Maine, porém, é apenas um autor mediano. E ele ainda imagina um final água-com-açúcar onde EUA e URSS (a guerra fria existente na época em que o livro foi escrito) acabam se entendendo às mil maravilhas e unindo suas forças para colonizar a Lua. Isso além de ser o final algo onírico.
Dá para ler com reservas.
Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2020.